segunda-feira, 27 de abril de 2015

PARALISAR PARA VALORIZAR : ENFERMEIROS DO MUNICÍPIO EXIGINDO O QUE É JUSTO


Um novo capítulo está para entrar em cena na tão fatídica administração municipal.  Não bastasse o empasse com os professores municipais, que já esta no vigésimo terceiro dia, a Prefeitura terá que lutar com  eminente  Greve dos Enfermeiros e Técnicos que poderá começar na  próxima segunda-feira, dia 22 de Junho.  Para quem acompanhou a greve dos Médico sabe que as negociações na atual gestão são escassas e cheias de poréns, entre tantos e não podemos. A administração vem a público com um indicativo de crise , ao qual  foi sinalizado que em três meses acabaria. A CPI das contas públicas, que está no início, provavelmente trará o que todos sabemos: O dinheiro foi mal gerido!
Os apertos agora chegam nos postos de saúde.Comunicações internas solicitam diminuição de gastos em todos os setores uma posição até viável para quem se diz em deficit e Crise. Mas quem esta pagando a conta desses ajustes?
Em primeiro lugar, após a greve dos médicos , a população percebeu que na saúde, se as coisas não andam direito,  é ela quem sofre. Profissionais de saúde não podem ser marionetes de uma administração que não dá conta de seus gastos. As jornadas longas, exaustivas e até mesmo insalubres tem que ser remuneradas de forma justa e homogênea.
Depois do terrorismo das ameças de fim de plantão,  ajustes começaram a atingir os benefícios dos servidores. O que se observou foi uma baixa significativa nos valores salariais de uma gama considerável de servidores que movimentam a máquina da saúde. Apesar disso, os servidores ligados a Enfermagem e outras categorias estiveram na luta, respeitando seu compromisso com a população.
Toda a dificuldade causada pela diminuição do quadro nos plantões foi sentida, imediatamente, pelos usuários SUS. Não podemos esquecer que, antes da greve dos Médicos, já se esperava até  seis  para se conseguir um atendimento em UPAS e CRSs. Entre tanto nunca houve uma diminuição de trabalho , a diminuição foi de pessoal. O que se observava nos plantões era uma grande quantidade de trabalho, um efetivo beirando a insuficiência e longas esperas por parte dos Pacientes. A Prefeitura, que é o poder maior e que dispõe de grandes possibilidades em seu corpo judiciário, sempre consegue aparar as greves por meio de liminares e processos judiciais. Essas táticas opressivas não funcionaram com os médicos e provavelmente não funcionarão com os profissionais de Enfermagem.

POR QUE PARAR?

Todos nós, brasileiros, que a economia vai mal das pernas, de qualquer forma sempre existiu um compromisso, por meio das administrações, em repor os valores perdidos com a inflação. A sinalização da evolução da Crise esse ano promete que , mesmo com a reposição da inflação de 2014, o brasileiro irá sofrer perdas significativas no seu padrão de vida. Com o Servidor Público não é diferente. A reposição da inflação é o mínimo que a Administração Municipal poderia oferecer.
Outro ponto são as perdas relacionadas às medidas de contenção de gastos da Prefeitura, que afetaram todos os servidores, principalmente os da saúde. Ao "Enxugar a folha" a Prefeitura retirou benefícios que nunca foram mexidos por nenhuma administração. Os servidores da Enfermagem ( também os outros da mesma referência, como os farmacêuticos.) sentiram o peso dessa medidas e o aumento de responsabilidades que, em suma, deveriam ser divididas com um numero maior de profissionais. Convenhamos, trabalhar mais e ganhar menos não é o sonho de nenhuma pessoa.
Existe também um certo Tabu no serviço público, em que os médicos são tidos como os únicos necessários para a saúde funcionar.
O funcionamento de qualquer unidade de saúde depende, unica e exclusivamente, do corpo de enfermagem. Todos os procedimentos são realizados por eles e, sem eles não há saúde pública.
Se o cidadão vai a qualquer unidade de saúde, desde o acolhimento até uma simples aferição de pressão arterial, passando até mesmo pelas vacinas, são realizados por profissionais de enfermagem.
Um médico não realizará atendimento se não tiver enfermeiros e técnicos para administrar e organizar o corpo de saúde, ou seja, se a enfermagem parar, param todos os serviços.
Mesmo cumprindo os 30% exigidos por lei, não existe possibilidade do Sistema de Saúde da Capital conseguir funcionar de forma correta e viável.
Os desrespeitos proporcionados por Administrações ao longo do tempo e especialmente esta, fazem que seja inevitável tomar atitudes mais enérgicas. Profissionais que não aderirem a paralisação entrarão na contra mão do desenvolvimento social e das melhorias em Saúde Pública.

E a População?
Os usuários SUS serão , em primeira mão, prejudicados mas devem entender qualquer manifestação por melhores condições de trabalho como uma estratégia para a melhoria da própria Saúde Pública. A precariedade do Sistema, na atualidade, deve-se a uma falta de estruturação gestacional que atinge níveis alarmantes. Se por um lado, os Professores estão em uma luta por um direito garantido por lei, por outro lado, condições dignas de trabalho e salários dignos são direito dos servidores de qualquer classe na Prefeitura.
Os profissionais de Enfermagem não param por que querem mais que o justo, eles querem o mínimo : Em remuneração, dignidade e respeito profissional. A atual gestão deveria estar ciente disto desde que começaram as negociações. Ciente que os usuários SUS serão prejudicados a cada categoria que exigir o que lhes é de direito.
Parar escolas e dizer que o movimento enfraqueceu é apenas uma das estratégias da atual administração para poder  "tapar o sol com a peneira" , e não será diferente nas próximas paralisações que atingirão o sistema de saúde.
O cidadão tem que entender que, desde que a atual administração assumiu, muitas coisas mudaram em todos os sentidos, e infelizmente para pior. Basta dar uma volta pela cidade para ver que  esta longe de estar razoável.
Não é fácil ficar sem serviços de saúde porém, faz-se necessário para que a saúde e seus profissionais sejam valorizados.

A LUTA QUE VIRÁ...

A união da classe será decisiva para que algo aconteça e para que qualquer conquista ocorra. Classe dividida não tem força! Como é aconselhado, todas pessoas que quiserem mudança tem que mudar. O pensamento medíocre de que uma classe trabalhadora não tem força é que favorece administrações fora de esquadro a tomar atitudes como as que já foram tomadas na Rede Municipal.
Devemos entender que pressões virão de todas as partes. Ameaças, ordens judiciais e até mesmo contratações de emergência, que farão com que todos entrem em dúvidas.
Sabemos que as contratações ocorrem mesmo sem  paralisação e que os salários de alguns contratados são muito maiores que os de qualquer servidor de saúde que faça seus infindáveis plantões.
A verdade  é que, se você não agir, até maio do próximo ano ficará inviável ser servidor da prefeitura,
a defasagem salarial será tanta que os poucos benefícios não ajudarão , em nada, um servidor que estará endividado e doente ( toda a pressão diária ocasionará surtos de problemas de saúde). Então a hora de se mobilizar é  agora . Não se esqueça que foi o comodismo que levou o Brasil a esse buraco que estamos entrando.
VAMOS A LUTA!
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Decisão de 15 de abril determina que a ação popular volte a tramitar
A Justiça decidiu dar prosseguimento à ação popular que pede o retorno do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), cassado em março de 2014. A decisão publicada em 15 de abril informa a Câmara Municipal sobre o andamento da ação.

Conforme a determinação, ‘a ação popular com pedido de liminar, em face da Câmara Municipal e de Gilmar Olarte, para que seja declarada a nulidade do decreto legislativo 1.759/14 que decretou a cassação de Alcides Bernal e determinar que ele retorne ao cargo público, volta a seu trâmite normal no Judiciário da Capital’.
No ano passado, assim que Bernal conseguiu tutela antecipada, em 15 de maio de 2014, para recondução ao cargo de prefeito, a Câmara Municipal recorreu da decisão e entrou também com mandado de segurança que pedia a anulação das duas ações populares que corriam a respeito do retorno do ex-prefeito.
Ainda conforme a decisão, que detalha que o processo estava impedido de tramitar desde 23 de junho de 2014, em atendimento ao mandato de segurança, foi julgado extinto sem conhecimento do mérito. “Se é assim, não há outros motivos para se manter suspensa esta ação”, pontua a decisão.
O ex-prefeito afirma que a decisão de agora ‘é muito importante, pois dá o encaminhamento para que a democracia do município seja respeitada’. “Assim que eles [vereadores que votaram pela cassação] forem intimados, nós teremos toda a condição para ver esse processo ser julgado definitivamente”.

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