sábado, 25 de abril de 2015

Namoro com Dilma termina e Puccinelli critica presidente

A principal mágoa foi com relação ao veto no Orçamento de R$ 3,9 bilhões feito pela presidente que restituiria os estados afetados pela Lei Kandir e Mato Grosso do Sul seria um dos atingidos

Foto: Geovanni Gomes

Foto: Geovanni Gomes
O ex-governador André Puccinelli, do PMDB, teceu duras críticas a presidente Dilma Rousseff durante evento realizado na manhã desta sexta-feira (24), na sede da Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul, que contou com a presença do presidente da Câmara Federal, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em 2014, o líder do PMDB apoiou veementemente a candidatura da presidente à reeleição retribuindo a dívida de gratidão que tinha com Dilma. Puccinelli chegou a declarar na época, que Rousseff seria 'madrinha do Estado', porque teria liberado recursos, mesmo após forças ocultas terem agido para que os investimentos não chegassem a Mato Grosso do Sul.

A principal crítica do peemedebista seria com relação ao veto no orçamento de R$ 3,9 bilhões de restituição que os estados receberiam da Lei Kandir. "Mato Grosso do Sul não vai receber nada, se exportasse todos os produtos primários e semielaborados, o Estado não teria um tostão de ICMS. Agora não vai trabalhar porque é o Reinaldo que está no governo? Errado é vetar o retorno do dinheiro dos estados. Mato Grosso do Sul vai perder com isso aí”.

No entanto, André não deixou de mencionar que apesar de ser do mesmo partido da presidente, um outro projeto aprovado neste mês está salvando a economia do Estado. O projeto de autoria do senador Delcídio do Amaral prevê que o ICMS de produtos adquiridos pela internet seja cobrado no Estado onde foi efetuado a compra, e não no Estado de origem do produto. "Mato Grosso do Sul vai se salvar por cerca de R$ 8 milhões a cada 20% de cada ano, ou seja, em 2019 vai ter R$ 40 milhões/mês, a valores de hoje. Ele (Cunha) está defendendo isso dentro do pacto federativo aos municípios e aos estados”.

Crítica ao PT - Durante o evento, Eduardo Cunha estava respondendo algumas perguntas dos presentes, mas, deixou passar uma a qual questionava quando o PMDB deixaria o PT para ouvir a população. O presidente da Câmara Federal preferiu não responder, uma vez, que o seu partido é vice no governo tendo Michel Temer como vice-presidente.

Porém, Puccinelli não se fez de rogado e respondeu pelo presidente afirmando que o PMDB deveria ser independente. "Tem quem queria e quem não queria [deixar o partido]. Eu sou da opinião que nós deveríamos entregar os cargos que temos e continuar apoiando o governo no que pertine. Não tem que ter a turma do fulano ou do beltrano, tem que ter a turma do PMDB. Está na hora, e com ele (Cunha) liderando parece que vai conseguir, reunir e confluir".

Reforma Política - Sobre o caso considerado polêmico, o ex-chefe de Estado comentou que defende a o voto distrital. André alegou que acha injusto um candidato com cinco mil votos ficar de fora, enquanto outro com dois mil que acaba eleito.
Durante a fala, o ex-governador aproveitou para alfinetar o vereador Waldecy Batista Nunes, do PP. "Chocolate só é bom na páscoa", finalizou.


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