sexta-feira, 26 de junho de 2015

"cada vereador que votou pela cassação de Bernal teria recebido R$ 1 milhão"- ouça o áudio

Ex-assessora de Bueno, indiciado por pedofilia, assume hoje comando do PSL

Anny Cristhina também foi testemunha do Gaeco durante Operação Adna e é flagrada em escuta telefônica contando a uma amiga que cada vereador que votou pela cassação de Bernal teria recebido R$ 1 milhão
Ex-vereador Alceu Bueno e Anny CristhinaEx-vereador Alceu Bueno e Anny Cristhina
Mais um capítulo na história política de Campo Grande. Hoje, acontece a solenidade de posse da nova presidente regional do PSL (Partido Social Liberal), Anny Cristhina.
Anny assume PSL no lugar do ex-vereador Alceu Bueno, que renunciou ao mandato depois de ser indiciado indiretamente por ato libidinoso, ou seja, prática sexual com adolescentes, popularmente conhecido como pedofilia. Alceu foi descoberto pela Polícia Civil que desarticulou esquema de exploração sexual na Capital. Ele teve dois encontros com duas adolescentes de 15 anos.
Curioso é que Anny era assessora de Alceu Bueno quando ele era vereador, ou seja, fica no ar a dúvida sobre quem estará de fato no comando do PSL em Mato Grosso do Sul. A proximidade de Anny com Alceu é facilmente comprovada em postagens dela em sua rede social Facebook. Em 17 de julho de 2014, por exemplo, Anny publicou foto dela com Alceu Bueno com legenda “Meu candidato a deputado estadual”.

Marly também depôs ao Gaeco na condição de testemunha, pois segundo ela mesma havia postado em seu Facebook, o prefeito Gilmar Olarte possuía uma dívida com ela. Neste áudio que traz conversa entre as amigas, Anny diz claramente a Marly que cada vereador teria recebido R$ 1 milhão para votar pela cassação do então prefeito Alcides Bernal (PP), cassado em 12 de março de 2014. Depois, Anny ainda faz uma espécie de críticas aos vereadores e afirma que Bernal é inocente. “Olha Deus vai fazer justiça, o homem não roubou, não fez nada”, finaliza. 
?Outro fator interessante acerca de Anny é que ela foi testemunha do inquérito do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Em escutas telefônicas feitas pelo Gaeco, com autorização judicial durante operação Adna, que resultou na denúncia do prefeito Gilmar Olarte e mais duas pessoas, entre elas, Ronan Feitosa, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, Anny conversa com amiga Marly Deborah Pereira de Campos, nomeada em abril de 2014 como assessora parlamentar no gabinete do vereador Herculano Borges (SD), porém exonerada em julho do mesmo ano.
Confira áudio:

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