segunda-feira, 29 de junho de 2015

'Não buzine, o prefeito está trabalhando'; professores protestam de novo


Após a liminar do TJ/MS determinando silêncio em frente a prefeitura, a categoria pede para que os motoristas não usem as buzinas de seus veículos

Os professores mais uma vez se reuniram em frente à Prefeitura Municipal de Campo Grande na manhã desta segunda-feira (29). Depois do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul conceder uma  liminar determinando o pedido para os grevistas não bloquearem a rua em frente a prefeitura e para também não fazerem barulho, os educadores resolveram não levaram carro de som e estão com uma faixa pedindo para os motoristas que passarem pelo local não buzinarem. A faixa diz: 'Não buzine, o prefeito está trabalhando'.

A paralisação que já dura mais de um mês ainda não tem data certa para acabar. Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais em Educação), Geraldo Gonçalves, uma nova proposta  foi feita pela categoria na tarde do último dia (23), em uma reunião com o secretário de Governo, Paulo Mattos, que ficou de se reunir com o prefeito. Sem conseguir um acordo, o secretário marcou a reunião com Olarte e os professores. O encontro que a princípio estava marcado para amanhã (30), ainda não foi confirmado segundo o presidente do sindicado da  categoria.

"A prefeitura ficou de avisar os professores, mas até agora não ligaram informando horário e nem o local. Apenas nos informaram que seria terça-feira, dia 30", ressaltou Geraldo.

Os educadores pedem 13,01% de reajuste necessário para cumprimento de lei federal que estabelece o piso salarial dos professores. Eles estão em greve desde o dia 25 de maio e tentam fazer um acordo com o município que não atende a categoria.

Durante este um mês de greve, os professores  já fizeram muitas manifestações pela Capital, ocupando aproximadamente dez vezes o plenário da Câmara Municipal,  fizeram protestos em frente à prefeitura, passeatas pelas principais ruas de Campo Grande,  mas até agora nenhum acordo foi feito.

Com a intenção de barrar a greve, o município já chegou a entrar com recurso no TJ/MS ( Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), e ordenou que 66% dos professores da  Reme (Rede Municipal de Ensino), voltassem ao trabalho desde o último dia 8 deste mês. O desembargador Carlos Eduardo Contar, determinou multa de R$ 50 mil por dia, caso a classe não cumprisse a ordem.

 A multa, em caso de desobediência judicial, tem o valor de R$ 50 mil por dia, que não está sendo cobrada. Isso porque o advogado da ACP, Ronaldo de Souza Franco, entrou com o recurso, em uma ação de embargo.

Segundo  Geraldo cerca de 70% dos Ceinfs estão funcionando e 36% das escolas municipais estão com aulas. Ao todo, são 4.407 professores, segundo dados de 2014 do Educasenso, onde aproximadamente 1,5 mil estão no trabalho.

A categoria se mantém firme e com o lema de ''reivindicar os direitos também é educar'' eles prometem continuar com a paralisação até conseguirem o acordo do piso nacional de 13,01% com Olarte.

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