quinta-feira, 30 de julho de 2015

Ausência de campeões de votos deve facilitar vida de vereadores na Capital


Votos flutuantes podem favorecer quem tem mandato
Os vereadores que disputarão a reeleição em Campo Grande estão preocupados com a crise política, que pode dificultar a eleição. Eles temem que as várias crises com o ex-prefeito Alcides Bernal (PP) e com o atual, Gilmar Olarte (PP), possam dificultar a reeleição, mas podem contar com fator decisivo: a ausência de campeões de votos:

Dos cinco primeiros colocados na eleição passada, três não disputarão a eleição em Campo Grande no próximo ano. O mais votado, Zeca do PT, com 13.010 votos, virou deputado federal e não disputará a cadeira.
A segunda colocada, Rose Modesto (PSDB), 10.813 votos, também não disputará. Ela foi eleita vice-governadora. Quarto mais votado, Edil Albuquerque (PMDB), 8.426 votos, não estará na disputa. Todavia, ao contrário dos demais, decidiu dar um tempo na vida política.
A lista dos que não disputarão a eleição de vereador completa com Grazielle Machado (PR), eleita deputada estadual, e com Elizeu Dionízio (SD), que abriu mão do mandato para assumir a vaga de deputado federal, ainda que esteja como suplente de Márcio Monteiro (PSDB).
Juntos, os cinco veleitos somam 44.426 votos e sem herdeiro direto. Edil é o único dos cinco que já informou que indicará um substituto para tentar herdar seus votos. Os demais não anunciaram parente ou apadrinhado para tentar transferir os votos.
Os vereadores da atual legislatura enfrentaram uma relação conturbada com o ex-prefeito, Alcides Bernal (PP). Dos 29, 23 votaram a favor da cassação e enfrentam críticas até hoje. O caso voltou à tona com a Operação Lava Jato, onde a Polícia Federal flagrou ligações que, no entendimento dos investigadores, levantam suspeitas de compra de votos para cassar Bernal.
A própria permanência de Gilmar Olarte (PP) no cargo, mesmo em meio a diversas críticas, tem como justificativa a preservação da imagem dos vereadores. Eles temem reflexo ainda mais negativo com a derrubada de outro prefeito. A situação tem como entrave o que acontecerá no futuro, caso Olarte também caia. Isso porque caberá aos vereadores indicarem o próximo prefeito.

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