quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Empresa de ônibus quer elevar preço da passagem para R$ 3,50 na Capital

Edivaldo Bitencourt e Antonio Marques

Queda no número de passageiros pode elevar ainda mais o preço da passagem de ônibus (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)Queda no número de passageiros pode elevar ainda mais o preço da passagem de ônibus (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
O consórcio Guaicurus solicitou ajuste de 16,6% na tarifa do transporte coletivo de Campo Grande a partir deste mês. Em decorrência do aumento de 14,05% no preço do óleo diesel e da queda no número de passageiros pagantes, a empresa pretende elevar o valor da passagem de R$ 3 para R$ 3,50.

Segundo o prefeito Alcides Bernal (PP), as planilhas com o valor proposto pelo consórcio estão sendo analisadas pelo município. O trabalho é realizado por equipes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Delegados).
O maior peso no cálculo da tarifa é o óleo diesel, que acumula alta de 14,05% nos últimos 12 meses, de R$ 2,626 para R$ 2,995, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo). O produto foi contemplado com a redução na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), de 17% para 12%, mas continua mais caro por causa dos últimos dois reajustes praticados pela Petrobras.
Bernal admitiu que o principal problema para manter o valor congelado é a queda no número de passageiros pagantes. Segundo a Agetran, houve redução de 1,1% no volume total de passageiros transportados, de 218.313 para 215.860, considerando-se a média diária entre 2013 e 2014. No entanto, nos últimos 10 anos, o número de passageiros cresceu 9,27%, de 197,5 mil para 215,8 mil. A frota teve aumento de 14% no mesmo período, de 511 para 583.
A data-base do reajuste no transporte coletivo é outubro. O prefeito sinalizou que vai segurar o máximo que puder para autorizar o aumento.
Se autorizar o reajuste de 16,6%, o aumento será superior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, 9,82%, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) calculado pela Nepes da Uniderp.

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