quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Professor se revolta com Vereadores e é retirado da Câmara

Professor chama vereadores de ladrão, bate boca e é retirado da Câmara

Filipe Prado e Aline dos Santos
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O professor saiu da tribuna e foi acompanhado para fora do plenarinho (Foto: Antonio Marques)O professor saiu da tribuna e foi acompanhado para fora do plenarinho (Foto: Antonio Marques)
O professor Antônio Alves Pereira, 57 anos, causou um tumulto durante a audiência pública no plenarinho da Câmara Municipal de Campo Grande, onde se discutia obras paradas do município. Antônio subiu no palanque e trocou “farpas” com o vereador Chiquinho Telles (PSB) e o Carlos Augusto Borges, Carlão, (PSB).

O secretário municipal de Obras, Amilton Cândido de Oliveira, havia acabado de discursar sobre o tema, apontando que os campo-grandenses deveriam se unir em um “gesto patriótico e ajudar Campo Grande”.
Foi dada voz para o público, momento em que Antônio subiu no palanque e, ao microfone, começou se desculpando pelo problema na fala. No entanto, ele acabou realizando o discurso contra a situação da Capital. “Patriotismo é o ultimo refúgio dos cafajestes”, iniciou a fala.
Após isso, ele dirigiu-se aos vereadores. “A crise saiu desta Casa. Eles são a crise. Não tem como parabenizar vereador denunciado pelo Gaeco”, disse, respondendo aos parabéns dado ao vereador Carlão pela liderança. “A sociedade vai esperar o que?”, questionou o professor.
Durante a fala, o Chiquinho Telles se levantou da plateia e, praguejando, começou a “trocar farpas” com o professor. “Vossa senhoria não vai me chamar de ladrão. Toda denúncia precisa de prova”, criticou. Carlão interrompeu Antônio e determinou que seu discurso fosse sobre o tema da audiência e ameaçou desligar o seu microfone.
“Vai esperar o que? Um ladrão para punir outro ladrão”, continuou o professor permanecendo na tribuna. Um guarda municipal se aproximou do rapaz, então Carlão o alertou que ele deveria sair ou seria retirado. Antônio desceu do palanque e foi acompanhado para fora do plenarinho.
Após o tumulto, a audiência continuou normalmente na casa de leis.

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