quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Preso na Lava Jato, Bumlai teria conexões com Puccinelli e Dagoberto

Autor: Dany Nascimento 

PF apreendeu cartões de visita com o nome dos políticos sul-mato-grossenses na casa do investigado

Cartões de apresentação com o nome do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), e do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) foram apreendidos durante a Operação Passe Livre da Polícia Federal, no quarto do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, em seu apartamento em São Paulo. Os documentos comprovam o relacionamento do investigado com figuras públicas sul-mato-grossenses.

No total, foram apreendidos 51 cartões de políticos, entre deputados e governadores de diversos estados, além de empresários e dirigentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobrás.

Os cartões foram anexados em um relatório de 58 páginas. De acordo com o Jornal Estadão, o documento não levanta suspeita contra os nomes com os quais Bumlai teria proximidade, mas ao formalizar a apreensão nos autos do inquérito, os investigadores apontam para a extensa rede de contatos do amigo de Lula, inclusive junto a empreiteiras que teriam montado cartel para fraudar licitações bilionárias da estatal petrolífera entre 2004 e 2014.

Bumlai,  amigo do ex-presidente Lula está preso desde 24 de novembro, pivô do polêmico empréstimo de R$ 12 milhões concedido a ele pelo Banco Schahin, que segundo o amigo do petista, seria destinado para o Partido dos Trabalhadores.
  
Além disso, a PF cita o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, um dos delatores da Operação Lava Jato, que revelou os movimentos de Bumlai para favorecer a contratação do Grupo Schahin pela Petrobrás, em 2009.

“Dentre os cartões de apresentação apreendidos é possível destacar empresas investigadas na Operação Lava Jato (Petrobrás, Odebrecht e Andrade Gutierrez), empresas estatais, empresários e políticos, o que, em tese, evidencia e corrobora o depoimento do colaborador Fernando Soares (Baiano), constante às fls 11 da manifestação encaminhada pelo Ministério Público Federal ao Juízo da 13ª Vara Federal, datado de 13 de novembro de 2015, sobre as influências políticas de José Carlos Costa Marques Bumlai, que levaram a contratação do Grupo Schahin para a Operação da Plataforma de Perfuração para Águas Profundas Vitória 10.000″, ressalta a PF.


No relatório a PF ainda afirma que a análise foi realizada de forma preliminar, ’em razão do prazo exíguo’, no intuito de se identificar questões relevantes, que posteriormente possam ser aprofundadas. O documento é assinado pelos agentes Cleber Eduardo A. da Silva, Vanessa B. Floriani e William C. Stoffels.

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