domingo, 13 de março de 2016

Alckmin e Aécio são hostilizados na chegada à manifestação na Paulista

Políticos do PSDB foram chamados de 'oportunistas' por algumas pessoas.

'Não vi nenhuma manifestação contrária', afirmou Alckmin.

Do G1 São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) ao lado do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG) na manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, contra o governo Dilma Rousseff, neste domingo (13), pedindo o impeachment da presiden (Foto: Filipe Araújo/Estadão Conteúdo)O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) ao lado do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG) na manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, contra o governo Dilma Rousseff, neste domingo (13), pedindo o impeachment da presiden (Foto: Filipe Araújo/Estadão Conteúdo)
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves, ambos do PSDB, foram recebidos com xingamentos por alguns manifestantes quando eles chegaram na Avenida Paulista na tarde deste domingo (13), segundo relatos dos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e da rádio CBN. Os dois também foram aplaudidos por outros manifestantes.
Os dois políticos se encontraram no Palácio dos Bandeirantes e foram juntos para a Paulista. Desceram em uma van atrás do Museu da Arte de São Paulo (Masp) onde foram recebidos por manifestantes. Algumas pessoas gritaram "oportunistas" para eles. Uma mulher gritou "Fora Aécio! Fora vagabundo! Você é lixo também" (ouça o áudio da CBN).
Citado na Operação Lava Jato, Aécio Neves afirmou: "Todas as citações têm que ser investigadas, e todas elas são falsas", disse Aécio.
A reportagem da GloboNews perguntou para Aécio Neves: "O que o senhor achou da reação das pessoas?". O senador respondeu: "É extremamente poisitiva, hoje estamos unidos em um só objetivo, terminar o governo Dilma".
Aécio Neves e o governador Alckimin estiveram na manifestação da Av. Paulista, em São Paulo, contra o Governo Dilma Rousseff, neste domingo (13) (Foto: Marcelo D. Sants/FramePhoto/Estadão Conteúdo)Aécio Neves e o governador Alckimin estiveram na manifestação da Av. Paulista, em São Paulo, contra o Governo Dilma Rousseff, neste domingo (13) (Foto: Marcelo D. Sants/FramePhoto/Estadão Conteúdo)
A GloboNews perguntou para Alckmin: "Houve manifestações contrárias ao senhor, não é, governador?". Alckmin disse: "Não, eu não vi nenhuma manifestação. É uma grande manifestação popular, é preciso saber ouvi-la e agir para ajudar o país a mudar o mais rápido possível."
Os dois foram convidados pelo Movimento Brasil Livre para discursar no carro de som, mas não aceitaram. Eles deram entrevistas na avenida e logo foram embora.
Segundo nota do PSDB, "Aécio e Alckmin foram convidados por movimentos sociais e entidades. No entanto, nunca estiveram previstos discursos de qualquer um deles". Ainda acordo com o partido, "o governador Geraldo Alckmin, os senadores Aécio Neves e Aloysio Nunes e demais lideranças do PSDB ficaram extremamente satisfeitos com a recepção da população que compareceu na Avenida Paulista neste domingo".
Este é o primeiro protesto a favor do impeachment que conta com a presença do governadorGeraldo Alckmin. Já Aécio Neves participou de atos em Belo Horizonte, um deles na manhã deste domingo, antes de rumar para São Paulo. Nos últimos dias, o PSDB chegou a divulgar vídeo em que o senador convoca a população para participar dos atos deste domingo.
A comitiva também é integrada, entre outros, pelo senador Aloysio Nunes e pelos deputados federais Antonio Imbassahy e Paulinho da Força, do Solidariedade.
Alckmin afirmou que "é preciso uma solução rápida para retomar o crescimento" e chamou o dia de protestos de "dia da democracia". "Temos certeza de que vamos ter um show de civismo, de liberdade de expressão e de democracia", disse.
Paulista tem público recorde

Os manifestantes começaram a chegar à Avenida Paulista pela manhã.  na manhã deste domingo (13), para protestar e pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Por volta das 9h, carros de som foram estacionados ao longo de toda avenida. A Polícia Militar chegou às 10h para acompanhar o ato, que começou no início da tarde.
A manifestação reuniu o maior público desde 2015, quando começaram os atos na Paulista pelo impeachment de Dilma. Foram 1,4 milhão segundo a Polícia Militar; entre 2 milhões e 2,5 milhões segundo os organizadores; e 500 mil pelo instituto Datafolha.

Cartazes e faixas pedindo o impeachment de Dilma e em apoio ao juiz Sérgio Moro foram pregados nos postes. Ambulantes vendem bandeiras, apitos, camisetas e bonecos de ar do ex-presidente Lula e da Dilma como presidiários. Sob o Museu de Arte de São Paulo (MASP), manifestantes batiam panelas. Até o momento, a PM não informou balanço de participantes.
No começo da tarde, uma mulher foi detida pela Polícia Militar em frente ao Masp e houve um princípio de confusão (assista ao vídeo acima). O G1 apurou que a mulher arremessou uma garrafa de vidro contra um carro da PM e por isso foi retirada do ato.
Público
A aposentada Joana D'Arc disse que saiu de casa neste domingo para "protestar contra o PT radicalmente". Ela foi até a Avenida Paulista com amigos do prédio onde mora, da Vila Romana, carregando uma faixa escrito "fora PT".
Embrulhado em papel de presente, o protético Wagner Paiva foi fantasiado de "amigo do tríplex" para a manifestação. "O Brasil tem que lutar para melhorar", disse o manifestante quando chegava na Avenida Paulista.
Mulher é detida pela Polícia Militar após princípio de confusão na Avenida Paulista durante protesto contra o governo Dilma (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Mulher é detida pela Polícia Militar após princípio de confusão na Avenida Paulista durante protesto contra o governo Dilma (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)
Aposentada Joana D'Arc disse que saiu de casa para "protestar contra o PT radicalmente". Ela participa de ato na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)Aposentada Joana D'Arc disse que saiu de casa para "protestar contra o PT radicalmente". Ela participa de ato na Avenida Paulista, em São Paulo (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)
Manifestantes chegam à Avenida Paulista, em São Paulo, para pedir impeachment da presidente Dilma Rousseff (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Manifestantes chegam à Avenida Paulista, em São Paulo, para pedir impeachment da presidente Dilma Rousseff (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)
Manifestantes inflam boneco do ex-presidente Lula com roupas de presidiário na Avenida Paulista, em São Paulo, durante ato para pedir impeachment de Dilma Rousseff (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Manifestantes inflam boneco do ex-presidente Lula com roupas de presidiário na Avenida Paulista, em São Paulo, durante ato para pedir impeachment de Dilma Rousseff (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)
Camisetas e acessórios vendidos na Avenida Paulista, em São Paulo, durante ato para pedir impeachment de Dilma Rousseff (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Camisetas e acessórios vendidos na Avenida Paulista, em São Paulo, durante ato para pedir impeachment de Dilma Rousseff (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)

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