terça-feira, 22 de março de 2016

Investigação prossegue e fim da Coffee Break deve trazer surpresa

Paulo Yafusso

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Relatório da Coffee Break está sendo analisada pela assessoria do procurador-geral de Justiça, Humberto de Matos Brittes (Foto: Arquivo)Relatório da Coffee Break está sendo analisada pela assessoria do procurador-geral de Justiça, Humberto de Matos Brittes (Foto: Arquivo)


Até a primeira quinzena de abril o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e a PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) oferecem denúncia contra alguns dos investigados na Operação Coffee Break, iniciado no dia 25 de agosto do ano passado. As ações foram desencadeadas com o objetivo de apurar suposto esquema de compra de vereadores para a cassação do prefeito Alcides Bernal em 2014. Entre os alvos estão políticos e empresários.

No início de dezembro do ano passado, ao anunciar a conclusão do relatório preliminar da Coffee Break, o coordenador do Gaeco, promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, assegurou ter elementos suficientes para denunciar 13 pessoas pelo envolvimento na cassação de Bernal em março de 2014.
Campo Grande News apurou que, após a entrega deste relatório, as investigações prosseguiram. Foram requisitados mais documentos e realizadas novas perícias, inclusive de celulares de outros vereadores. Na primeira fase da investigação, 17 celulares de vereadores e empresários foram apreendidos e levados para serem periciados pelo Instituto de Criminalística.
Foram realizadas perícias contábeis e em contratos apreendidos. Ainda de acordo com o que foi apurado, alguns que num primeiro momento apareciam como prováveis denunciados deixaram de figurar como tal, e outros passaram a fazer parte dos potenciais suspeitos após as novas diligências e provas coletadas. A denúncia será assinada pelo Gaeco e pela PGJ.
A Operação foi chamada de Coffee Break, porque nas escutas telefônicas feitas com autorização da justiça, alguns alvos se referiam ao pagamento de propina como “cafezinho”. Esses pagamentos eram feitos a vereadores e outras pessoas envolvidos no esquema. O relatório final entregue no último dia 11 ao procurador-geral de Justiça, Humberto de Mattos Brites, está sendo analisado por promotores que fazem parte da equipe da assessoria especial do PGJ. Após essa análise é que serão definidos quem serão os denunciados, e o inquérito remetido ao Judiciário.

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