terça-feira, 17 de maio de 2016

Na mira da Lama Asfáltica, dono da Alvorada tramou contra deputado

Empresário foi indiciado na Operação Vintém


Além da Gráfica Alvorada estar sendo investigada por supostos desvios de recursos e distribuição de propina, o nome do sócio proprietário da empresa, Mirched Jafar Júnior aparece em outro escândalo envolvendo o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli.

Em janeiro de 2007, durante a Operação Vintém, também da Polícia Federal, Jafar foi um dos indiciados pelos policiais, na ação que desvendou um esquema contra a candidatura a deputado estadual, em 2006, do ex-secretário de Infraestrutura de Campo Grande, Semy Ferraz.

Escuta telefônica feita pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, registra uma conversa do ex-governador com Mirched, denunciado pelo Ministério Público Federal sob a acusação de ter participado da montagem de uma farsa para incriminar um adversário político de Puccinelli, o ex-deputado estadual Semy Ferraz.

Também foram denunciados o filho do governador, André Puccinelli Júnior, e o secretário estadual de Obras, Edson Giroto. Segundo o Ministério Público, o grupo teria articulado a colocação de "santinhos" de Semy, grampeados com notas de R$ 20, no interior do carro do coordenador da campanha do deputado, Benoal Sobral.

Em depoimento à Polícia Federal, o executor da operação, Edmilson Rosa, o Rosinha, assumiu a responsabilidade exclusiva da montagem da fraude, eximindo de culpa os outros três denunciados. A operação aconteceu em 29 de setembro de 2006, dois dias antes das eleições gerais. A procuradora regional da República Luiza Frischeinsen afirma na denúncia, oferecida em 15 de julho deste ano, que os quatro denunciados, "em comunhão de esforços e conjugação de vontades", praticaram o crime de denunciação caluniosa, já que "encarregaram-se de colocar no veículo de Benoal Sobral materiais que poderiam incriminar o coordenador de campanha e o próprio candidato, posteriormente providenciando 'denúncia' anônima à Polícia Federal".

Frischeinsen considerou importante acrescentar que, no momento em que conversava com Edminson, Mirched "encontrava-se na residência de André Puccinelli, juntamente com André Puccinelli Júnior". A procuradora afirma que isso fica confirmado nos diálogos entre Mirched e o próprio governador (dia 29, às 18h16) e depois com Edmilson (às 18h29, 18h36 e 18h45 do mesmo dia). Na conversa das 18h16, Mirched fala primeiro com André Júnior. De repente, o filho do governador interrompe o diálogo, dizendo: "Só um pouquinho!". Surge a voz de André Puccinelli: "Oi!". Mirched responde: "Fala, meu chefe!". André pergunta: "Você pode vir aqui em casa?". Em seguida, André Júnior retoma o telefone. Mirched pergunta: "Quem falou? Foi seu pai?". André Júnior confirma: "É, vem aqui no apartamento".

A Operação Vintém da PF teve início por acaso. No mesmo período, a polícia monitorava os telefones do escritório dos advogados André Puccinelli Júnior e Félix Nunes da Cunha, procuradores de um empresário acusado de contrabando de cigarros. Era a Operação Bola de Fogo. As escutas acabaram revelando o plano para tentar incriminar Ferraz, que acabou não sendo reeleito deputado. Em 29 de setembro, por volta das 19h30, outros agentes da Polícia Federal encontraram os santinhos grampeados em cédulas de R$ 20 no interior do Fiat Uno, de cor verde, placas BLH 4429, pertencente a Benoal. Somente mais tarde a fraude foi esclarecida pelas gravações feitas com autorização judicial.

No depoimento à PF, Edmilson afirmou que André Júnior , Giroto e Mirched só teriam tomado conhecimento da montagem que ele fez "após o ato concretizado". Disse que o ato da implantação do dinheiro e da lista no carro foi "exclusivamente" seu. E acrescentou que o dinheiro utilizado era seu. Edmilson afirmou que foi repreendido por Mirched quando o mesmo tomou conhecimento do fato. "Não é desse jeito que se faz política. Tinha que ser feito pelos caminhos certos" , teria dito Mirched. O executor da fraude acrescentou que também teria sido repreendido por André Júnior no dia seguinte. "Ô, doutor, não devia ter sido feito, abre precedente para eles fazerem contra a gente numa próxima ocasião. A eleição está praticamente definida, não tem essa necessidade", teria afirmado o filho do governador.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Ministro diz que pílula do câncer só será distribuída se Anvisa comprovar efeito

Não será distribuída no SUS mesmo liberada por projeto de lei

 

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou hoje (16), durante visita à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que, caso o resultado dos estudos sobre os efeitos da fosfoetanolamina, conhecida como pílula do câncer, não comprovarem sua eficácia, a droga não será incluída na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) e não será distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo estando liberada por projeto de lei.
“A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está fazendo os estudos. Pedi agilidade à Anvisa não só nesse caso, mas em vários outros nos quais precisamos rapidamente aprovar medicamentos novos e princípios ativos. A Anvisa precisa nos garantir mais agilidade, com segurança e proteção ao consumidor”.
O secretário estadual de Saúde, David Uip, informou que, assim que o laboratório responsável por produzir a fosfoetanolamina entregar o material, o governo paulista encapsulará rapidamente a droga e em prazo de seis meses já haverá resultados.
“É a primeira pesquisa que há e daqui a pouquíssimo tempo teremos os resultados definitivos”. Uip declarou ainda que deve ter reuniões com o ministro quarta (18) e quinta-feira (19).

Casal agride enfermeiro de UPA após dificuldade para colher sangue de criança

Funcionário foi ameaçado

 Arlindo FlorentinoArlindo Florentino

Entre a noite de domingo (15) e a madrugada desta segunda-feira (16), enfermeiro da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon, de 34 anos, foi vítima de agressões. Um casal teria agredido o homem e ameaçado também outros enfermeiros após os funcionários terem dificuldade para colher sangue da filha, de 5 anos.
De acordo com relato do enfermeiro, a mulher de 31 anos chegou ao local com a criança, que apresentava problemas de saúde. Uma enfermeira a atendeu e foi colher sangue da menina, mas teve dificuldades em achar a veia. A mãe então teria se oferecido para retirar sangue da filha, disse que trabalhava na área da saúde e que a mulher estaria judiando da criança.

A enfermeira não deixou a mãe fazer o procedimento, que deve ser feito por profissionais da UPA, e então as duas iniciaram discussão. Outros enfermeiros foram até o local, e uma funcionária então conseguiu colher sangue da criança. Mãe e filha foram embora e aproximadamente 40 minutos depois, a mulher retornou com o marido.
Ainda segundo o enfermeiro, o homem entrou na UPA, o empurrou contra a parede e iniciou série de agressões com socos e chutes, provocando ferimentos no rosto do funcionário. Ele afirma que o homem o ameaçou e disse saber o horário que os enfermeiros sairiam do posto de saúde e que voltaria ao local para vingar todos que teriam 'judiado' da filha.
O casal saiu, tomando rumo ignorado pelo enfermeiro, que foi até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga registrar o caso de lesão corporal e ameaça.

Caravana da Saúde ultrapassa 40 mil atendimentos e 2,5 mil cirurgias

Nesta segunda-feira (16), o atendimento no pavilhão Albano Franco se volta para as consultas oftalmológicas

Alberto Dias
Coordenador da Carava, Marcelo Mello, contabiliza  mais de 40 mil atendimentos e 2,5 mil cirurgias de cataratas já realizadas. (Foto: Marcos Ermínio)Coordenador da Carava, Marcelo Mello, contabiliza mais de 40 mil atendimentos e 2,5 mil cirurgias de cataratas já realizadas. (Foto: Marcos Ermínio)
O número de procedimentos oftalmológicos na edição de Campo Grande da Caravana daSaúde ultrapassa 40 mil, segundo a organização, incluindo consultas, exames e procedimentos cirúrgicos. Nesta segunda feira (16), enquanto 620 novas cirurgias para retirada de cataratas movimentam o pavilhão Albano Franco, em outro local, onde funciona o "pós-operatório", a ansiedade dava lugar à alegria em enxergar de novo.

"Já consegui operar os dois olhos pela Caravana da Saúde", comemorava Maria da Glória Domingues, de 64 anos, após passar pelo médico, 24 horas depois de ter o segundo olho operado. Junto com dona Maria, outras 600 pessoas passaram esta manhã pelo pós-operatório, que acontece na Escola Evangélica Pastor Hilario Colognese Shalon, localizada na Rua Arapuã, 254, no bairro Guanadi.
No local, o movimento começa por volta das 5 horas da manhã e às 10 horas todos já tinham recebido o atendimento. Agora, eles devem retornar no sétimo dia após a cirugia para mais uma consulta de rotina. "Eu já não enxergava quase nada sem óculos e tinha muita dor de cabeça", complementou dona Maria. Ela é uma das 1.255 pessoas que foram operadas durante o fim de semana na Capital.
Segundo a organização do evento, até o momento já passa de 50 mil o número de procedimentos realizados pela Caravana da Saúde em Campo Grande, incluindo consultas em 11 especialidades médicas, exames e cirurgias já concluídas.
Até o meio-dia desta segunda-feira (16), 1.200 crachás foram expedidos para novos pacientes que buscam tratamento oftalmológico e cirurgia para retirada de catarata. "Hoje devem passar por aqui cerca de 1600 pessoas até o fim do dia", estimou o coordenador da Caravana, Marcelo Mello.
Segundo ele, as cirurgias para retirada de cataratas já somam 2,5 mil e seguirão todos os dias, até o final da Caravana da Saúde, que vai até 29 de maio. O atendimento nas outras 11 especialidades oferecidas acontecem sempre aos finais de semana.

Justiça solta sete dos 15 presos na segunda fase da Lama Asfáltica

Parte dos investigados cumpriram prisão temporária de cinco dias e foram soltos


(Foto e montagem: reprodução e TopMídiaNews)Justiça solta sete dos 15 presos na segunda fase da Lama Asfáltica
(Foto e montagem: reprodução e TopMídiaNews)
Após decretar prisão preventiva de oito investigados na segunda fase da Operação Lama Asfáltica- Fazendas de Lama, a Justiça concedeu a liberdade para os outros sete, que cumpriram apenas a prisão temporária, de cinco dias, que sequer chegou a ser renovada.

De acordo com a assessoria de comunicação da Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande, André Luiz Cance, Ana Lúcia Amorim, Renata Amorim Agnoletto, Ana Cristina Pereira da Silva, Maria Vilma Casanova, Hélio Yudi Komiyama e Evaldo Furrer Matos estão em liberdade desde o último sábado (14).

Já Edson Giroto, João Amorim, Flávio Henrique Garcia e Wilson Roberto Mariano de Oliveira continuam presos na Denar (Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico), cumprindo prisão preventiva decretada pela juíza federal Monique Marchioli Leite.

A esposa de Edson Giroto, Rachel Giroto, que estava em uma sala especial na sede da Superintendência, por ser advogada, aguardando para ser levada ao Presídio Militar, conseguiu uma nova liminar e voltou a cumprir prisão domiciliar

Assim como Rachel, Elza Cristina, Ana Paula Amorim, e Mariane Mariano também cumprem regime domiciliar. Todas tiveram a preventiva decretada.

Aos 85 anos, morre em São Paulo o cantor Cauby Peixoto


Ana Lúcia Caldas, da Agência Brasil
Cauby eternizou clássicos, como Conceição. (Foto: Divulgação)Cauby eternizou clássicos, como "Conceição". (Foto: Divulgação)
Um dos maiores cantores da música brasileira, Cauby Peixoto morreu na noite desse domingo (15), aos 85 anos, em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 9 de maio no Hospital Sancta Maggiore, no Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo. Segundo o fã clube do artista, ele morreu por volta da meia-noite de ontem. O hospital informou que o cantor teve um quadro de pneumonia.

Cauby Peixoto Barros nasceu em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, em 10 fevereiro de 1931. Cresceu em uma família de artistas. Trabalhou no comércio até começar a participar de programas de calouros no rádio, no fim da década de 40. Gravou o primeiro disco em 1951. Foi um dos grandes nomes da chamada "era de ouro do rádio" no Brasil.
Em 65 anos de carreira, teve grande sucesso com músicas como Blue Gardenia, Conceição, Mil Mulheres, Bastidores, New York, New York e Nada Além.
Cauby Peixoto estava em turnê pelo Brasil com a cantora Angela Maria. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório e o enterro do artista.

Greve de servidor suspende vistorias e exames de habilitação no Detran

Fernanda Mathias e Guilherme Henri

Pelo menso 200 servidores protestam em frente ao Detran (Foto: Marcos Ermínio)Pelo menso 200 servidores protestam em frente ao Detran (Foto: Marcos Ermínio)
A greve de servidores do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) deflagrada na manhã desta segunda-feira (16) suspendeu as vistorias e exames para obtenção de CNH (Carteira Nacional de Habilitação), que são conduzidos por servidores de carreira. Tanto na sede, na saída para Rochedo, quanto no Bosque dos Ipês, as vistorias estão paradas e o mesmo ocorreu com os exames, que foram suspensos, deixando os candidatos revoltados. Inicialmente, o órgão havia informado que o atendimento ocorreria, ainda que reduzido, em todos os setores.

Segundo o Sindetran (Sindicato dos Servidores do Detran), a adesão à greve na Capital é de 80% e no interior várias agências terão de suspender o atendimento.
Em Anastácio, Nioaque, Coxim, Ponta Porã, Dois Irmãos do Buriti e Aral Moreira, 100% dos servidores aderiram. Em Dourados, 70% e em Aquidauana, 90%.
O Detran informou, via assessoria de imprensa, que o esforço é para manter atendimento em todas as áreas com os funcionários comissionados, ainda que com capacidade reduzida. 
Em frente à sede do Detran, um grupo de aproximadamente 200 servidores vestidos de camiseta preta fazem piquete. Nos primeiros momentos de atendimento na sede do Detran, o movimento ainda era tranquilo.
Dentre os pleitos da categoria está abono de R$ 250,00 mais 10% de reajuste, além da revisão do plano de cargos e carreiras. O Detran informa que o governo não está fechado para negociações, já foram ofertados R$ 200,00 de abono mais 6% de reajuste linear. Sobre o PCC, de acordo com o órgão, a definição é que a negociação seja concluída até 2018. O Detran informa, ainda, que no fim do ano passado foi feita revisão no cálculo de produtividade e de outros benefícios.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Servidores do Detran decidem entrar em greve a partir de segunda-feira



Hoje servidores trabalham de camisetas pretas, em protesto (Foto: Divulgação/SIndetran)Hoje servidores trabalham de camisetas pretas, em protesto (Foto: Divulgação/SIndetran)
Na próxima segunda-feira, 16 de maio, servidores do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) cruzam os braços por não entrarem em acordo com o governo quanto ao reajuste salarial. A greve pretende atingir todos os 810 servidores do órgão em 79 municípios, paralisando o atendimento em todo Estado. Nesta sexta-feira (13), os servidores trabalham com camisetas pretas, em protesto.

Sindetran (Sindicato dos Servidores do Detran) informa que a greve foi aprovada em assembléia no último sábado e todos os órgãos do governo competentes, inclusive o Detran, foram oficiados ontem. Às 16 horas haverá reunião na Secretaria de Administração do Governo em mais uma tentativa de negociação, mas o presidente do Sindicato, Jonas Correa da Costa, informa que, até segunda ordem, a greve está mantida.
A negociação com o governo se arrasta há dois meses. A categoria pede abono de R$ 250,00 mais 10% de reposição salarial. O governo já avançou na contraproposta, de R$ 200,00 passou a R$ 250,00 a oferta de abono e vale alimentação sem valor definido.
Outra demanda da categoria é a convocação de concursados. “Somos em torno de 800 funcionários e há dáficit de pessoal. Há pessoas concursadas aguardando serem chamadas. Que estão aprovados em concurso, se for o caso que demitam os comissionados”, diz.
Ele explica que há “conversas nesse sentido com o Governo do estado, mas o assunto não está na pauta de negociação”.
O Detran informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não recebeu uma posição oficial definitiva sobre a greve e, por enquanto, não irá se manifestar sobre o assunto.
Outras categorias – Na quinta-feira (12) policiais militares e bombeiros decidiram aprovar, em assembleia convocada pela ACS-MS (Associação de Cabos e Soldados da PM e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), contraproposta de reajuste apresentada pelo governo do Estado, que concede aumento de 13,1% para o soldado em início de carreira. E assim desistiram de deflagrar greve.
No dia 05, os policiais civis decidiram aceitar parcialmente a proposta oferecida pelo Governo do Estado. Com isso, a categoria definiu também que, por enquanto, não entrará em greve.
No mesmo dia, os agentes penitenciários estaduais decidiram suspender a greve e retornar ao trabalho, aceitando reajuste de 5,5%, mais abono de R$ 170,00.

Para vereador, Bernal é a Dilma de Campo Grande

Waldemar Gonçalves

Bernal é nossa Dilma – O presidente da Câmara Municipal, João Rocha (PSDB), comparou o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) à cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março de 2014. "Agora se repete o mesmo rito, a mesma tramitação está acontecendo em nível nacional. Infelizmente o chefe do Executivo cometeu um crime de responsabilidade e uma das atribuições do Poder Legislativo é atuar fortemente. O Congresso está agindo da mesma maneira que a Câmara de Vereadores agiu".

Nem é – Bernal não mostrou ter o mesmo entendimento, ao menos publicamente. Ao comentar a situação política no Palácio do Planalto, falou que o Brasil passa por uma séria crise e, especificamente sobre Dilma, trata-se de uma situação já definida e espera que haja harmonia. Para Bernal, “o Brasil precisa de paz e justiça”, enquanto ele, diz, continua focado na administração da cidade, sem falar de eleições.
Dieta do Executivo – Durante reunião com empresários do Indubrasil, ontem pela manhã, o prefeito ressaltou que governar a cidade não é fácil. "É uma pressão constante, demandas infinitas e recursos escassos", disse aos presentes, ressaltando que tinha 106 quilos quando assumiu a Prefeitura e hoje pesa 94. Um dos motivos de tanta pressão seria, segundo ele, é "uma Câmara Municipal que não representa o povo".
Amigo governador – "Querem que eu brigue com o Reinaldo (Azambuja). Mas eu não vou brigar com ninguém", disse Bernal. "Só não tenho sangue de barata. Quando xingam tua mãe, aí não tem como", pontuou, referindo-se ao vereador Roberto Durães (PSC), que disse conhecer sua genitora "no silêncio dos edredons".
Cadê ele? – Por falar em Durães, nesta quinta-feira (12) completou a terceira sessão em que o vereador do PSC anda sumido. Nas duas anteriores ele apareceu rapidamente e, dizem, "fugiu com medo dos protestos". Durães sequer compareceu às atividades da Câmara Comunitária, onde é “especialista” em procurar focos do mosquito Aedes aegypti em obras abandonadas.
Luz para Bernal – Os empresários do Indubrasil fizeram várias reclamações ao prefeito. Uma delas era sobre a iluminação pública da região, ao que Bernal respondeu: "vou mandar trocar todas as lâmpadas". Logo ele foi corrigido por um empresário: "Prefeito, o senhor não entendeu. Não tem lâmpada, não tem poste. É só escuridão".
À luta, companheiros – Questionado sobre o afastamento de Dilma, o vereador Marcos Alex (PT) pondera que agora "o povo vai sentir na pele, no bolso, na sua condição de vida, o significado real do governo Temer". Para ele, a nova gestão não será favorável para a massa, "que só começou a andar de avião, comprar carro e moto, frequentar universidades" com o PT no poder. "Tudo isso que conquistamos não se acaba numa noite de votação".
Não ajudaram – Para o deputado estadual Cabo Almi (PT), o “golpe” contra Dilma tem caráter estritamente político, envolvendo políticos que não permitiram as reformas tributária, política e previdenciária. “Se eles tivessem ajudado, o País estaria melhor, mas o PMDB preferiu enviar cartinhas e recadinhos, vamos aguardar para ver o que eles vão fazer”.
Erraram – Na verdade, está difícil para os aliados de Dilma reconhecerem seus erros, contrapõe o deputado estadual Renato Câmara (PMDB). Segundo ele, a presidente não deu ouvidos às vozes das ruas e do Congresso Nacional. “Ainda é complicado colocar o dedo na ferida, as pessoas ainda ficam acuadas, mas a presidente não conseguia administrar o país depois de tantos problemas”.
Fé e esperança – Já o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) elogiou a maioria dos discursos feitos na sessão do Senado que decidiu pelo afastamento de Dilma. Citou a fala do ex-presidente Fernando Collor, que contou que no seu impeachment não houve tanto espaço para defesa e que sua denúncia tinha dois parágrafos em meia lauda. “Fiquei até o dia amanhecer assistindo (à sessão do Senado), agora teremos novos ares, fé e esperança com o novo governo”.
(com a redação)

Temer promete manter programas sociais e pede união pelo crescimento

Michel Faustino

Michel Temer falou pela primeira vez como presidente em exercício na tarde desta quinta-feira. (Foto: Reprodução/NBR)Michel Temer falou pela primeira vez como presidente em exercício na tarde desta quinta-feira. (Foto: Reprodução/NBR)
Michel temer (PMDB) falou pela primeira vez como presidente em exercício, durante cerimonia de posse de ministros, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), no fim da tarde desta quinta-feira (12). Durante o discurso, o presidente prometeu manter os programas sociais e falou que o momento exige união de esforços para retomar o crescimento do país.

“Temos que trabalhar na recuperação da economia nacional e elevar o potencial do nosso país e suas instituições constitucionais e políticas. Sabemos que juntos vamos poder enfrentar os desafio. É necessário, com urgência, unificar a nação para tirar o país dessa grave crise”, disse.
Temer reiterou que esse processo deve ser feito através do diálogo entre todos os setores. “Com isso, tenho a absoluta certeza que vamos resgatar a credibilidade do Brasil no contexto interno e internacional. E ai, empresário e trabalhadores tenham segurança”, disse.
O presidente em exercício argumentou que, para tanto, deve haver incentivo maior nas chamadas PPP (parceria-Público-Privada).
“Ao estado compete cuidar da Segurança, Saúde e Educação, ou seja, dos espaços e setores fundamentais que não podem sair da ordem pública. O restante terá que ser compartilhado com a iniciativa privada em ação conjunta”, disse.
Temer mostrou preocupação com os altos índices de desemprego registrado no país nos últimos anos, reflexo da instabilidade financeira.
O presidente ressaltou que o Brasil ainda é um país pobre e diante dessa situação garantiu que irá manter os benefícios do Bolsa-Família, Pronatec, Fies, Prouni, Minha Casa Minha Vida entre outros que, em sua avaliação deram certo e precisam ser aprimorados.
Lava Jato e Cortes– Michel Temer falou durante o seu discurso sobre o andamento da Operação Lava Jato. O presidente repudiou qualquer tentativa de enfraquecer as investigações.
O presidente prometeu demitir comissionados e anunciou corte de gastos. A primeira medida, segundo ele, foi reduzir o número de ministério que passou de 30 para 23.
Por fim, Temer conclamou novamente todos os esforços para retomar o crescimento do país e pediu a confiança do povo brasileiro.

Conheça os 23 ministros da equipe de Michel Temer

Os nomes foram anunciados ontem pelo presidente peemedebista


Veja os nomes escolhidos por Michel Temer para assumir o primeiro escalão do governo interino:

Gilberto Kassab - ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
 Kassab foi prefeito de São Paulo duas vezes, entre 2006 e 2012. No primeiro mandato, assumiu a prefeitura da capital paulista depois da renúncia de José Serra, de quem era vice-prefeito. Serra deixou o cargo para se candidatar ao governo do estado. Kassab tem 55 anos e é formado em economia e em engenharia civil.

Em 2011, Kassab foi um dos fundadores do Partido Social Democrático (PSD), ao lado de dissidentes de partidos como o DEM, ao qual era filiado desde 1995, PSDB e PPS. Atualmente, é o presidente nacional do PSD.

Kassab iniciou a vida política aos 25 anos, no Fórum de Jovens Empreendedores da Associação Comercial de São Paulo.

No Congresso Nacional, foi deputado federal por duas legislaturas (de 1999 a 2003 e de 2003 a 2007). Em 1º de janeiro de 2005, renunciou ao mandato parlamentar para ocupar o cargo de vice-prefeito em São Paulo.

Raul Jungmann - ministro da Defesa
Filiado ao PP, Raul Jungmann está no seu terceiro mandato como deputado federal. No seu primeiro mandato como deputado federal,  foi vice-presidente da CPI Mista dos Sanguessugas, que investigou fraudes em emendas parlamentares para a compra de ambulâncias superfaturadas, e um dos autores da proposta de emenda constitucional, aprovada em 2006, que colocou fim ao pagamento de salários extras aos deputados e senadores quando ocorriam as convocações extraordinárias do Congresso Nacional.

No governo de Fernando Henrique Cardoso, foi ministro do Desenvolvimento Agrário, presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Apesar de defender o impeachment de Dilma, não participou da votação do processo na Câmara, já que é suplente.

Romero Jucá - ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão 
Romero Jucá é senador pelo PMDB de Roraima. Foi eleito senador pela primeira vez em 1994 e assumiu o terceiro mandato consecutivo em fevereiro de 2012. Foi líder do governo no Senado, designado pelos presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT). Assumiu a presidência do PMDB em 5 de abril deste ano. Foi relator-geral do Orçamento da União nos anos de 2005 e 2013.

Pernambucano, Jucá nasceu no Recife, estudou Economia na Universidade Católica de Pernambuco e fez pós-graduação em Engenharia Econômica. Em 1985, presidiu a Fundação Projeto Rondon e, no mesmo ano, foi secretário-executivo da Comissão Interministerial de Educação e Desenvolvimento Regional.

Em 1986, Romero Jucá presidiu a Fundação Nacional do Índio (Funai). Em 1988, foi nomeado pelo presidente José Sarney e aprovado pelo Senado para ser governador do então território de Roraima. Em 1992, compôs a diretoria de Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e ocupou o cargo de secretário nacional de Habitação do governo federal.

Geddel Vieira Lima - ministro-chefe da Secretaria de Governo
Geddel Vieira Lima é uma das principais lideranças do PMDB. Em março deste ano, foi eleito primeiro-secretário da Comissão Executiva Nacional do partido, ficando responsável pela articulação política da gestão Temer.

Administrador de empresas e pecuarista, começou a carreira política em 1991, quando foi eleito deputado federal pela Bahia pela primeira vez. Foi reeleito por mais quatro vezes para o cargo na Câmara dos Deputados.

Geddel foi ministro da Integração Nacional no governo Lula (2007 a 2010) e vice-presidente da Caixa Econômica Federal no governo Dilma, deixando o cargo em 2013. No início deste ano, foi citado na Operação Lava Jato por suspeita de negociar propina com a construtora OAS. Ele nega as acusações.

Sérgio Etchegoyen - ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
O general Sérgio Westphalen Etchegoyen, 63 anos, é natural de Cruz Alta (RS). Ingressou no Exército em março de 1971, na Academia Militar das Agulhas Negras e foi declarado aspirante-a-oficial da arma de Cavalaria em dezembro de 1974.

No exterior, foi oficial do Estado-Maior da Missão de Verificação das Nações Unidas em El Salvador, entre 1991 e 1992, e Chefe da Comissão do Exército Brasileiro em Washington, Estados Unidos, de 2001 a 2003.

Em março de 2015, passou a ocupar o cargo de chefe do Estado-Maior do Exército. O oficial assumiu o posto após a saída do general Adhemar da Costa Machado Filho, que foi para a reserva. Antes disso, ocupava o cargo de chefe do departamento-Geral do Pessoal, em Brasília.

Bruno Araújo - ministro das Cidades
Está no terceiro mandato como deputado federal e passou a ganhar destaque a partir de 2012, quando se tornou líder do PSDB na Câmara. Até fevereiro daquele ano, ele desempenhou o papel de líder da oposição e foi defensor ferrenho do impeachment de Dilma.

Nos quase dez anos de atuação legislativa, Araújo conseguiu aprovar apenas um projeto de lei de autoria exclusivamente sua: a criação do Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce da Retinoblastoma (câncer na retina), em 18 de setembro. Ele foi coautor, no entanto, da lei que criou o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Filho do ex-deputado Eduardo Araújo, Bruno começou cedo na política, elegendo-se em 1998 como o deputado estadual mais jovem de Pernambuco, aos 26 anos.

Blairo Maggi - ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
Conhecido por ser um dos maiores produtores e exportadores de soja do país, Maggi é senador desde 2002. Até ontem (11), ele era filiado ao PR, mas deixou a legenda para ingressar no PP.

Foi eleito governador de Mato Grosso em 2002 e reeleito em 2006. Em 2011, elegeu-se senador pelo estado de Mato Grosso.

Formado em Agronomia pela Universidade Federal do Paraná, Maggi é natural de Torres (RS) e tem 59 anos. Em 1973, fundou a empresa Sementes Maggi, que hoje transforou-se no Grupo Amaggi, com atividades que incluem, além da produção de soja e sementes, operações portuárias, transporte fluvial e geração de energia elétrica.

Em 2013, Maggi foi eleito presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, provocando críticas de movimentos ligados ao setor.

Henrique Meirelles - ministro da Fazenda
Henrique Meirelles, 70 anos, presidiu o Banco Central (BC) de 2003 a 2011, durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República.

Ao assumir o BC em 2003, Meirelles, que já tinha feito carreira em instituições financeiras internacionais, conseguiu atrair credibilidade para o governo junto ao mercado financeiro.

Natural de Anápolis (GO), foi eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás em 2002. Com 183 mil votos, foi o deputado mais votado no estado, mas não chegou a assumir o mandato porque aceitou a Presidência do BC. Na época, Meirelles deixou o PSDB, partido de oposição ao governo Lula.

Em 2011, filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD).

Atualmente, preside o Conselho de Administração da J&F, dona do Banco Original, JBS, Vigor. Também membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas.

Mendonça Filho - ministro da Educação e Cultura 
Recifense, José Mendonça Bezerra Filho é senador e o representante do DEM no governo de Michel Temer. Como deputado federal, Mendonça Filho foi o autor da emenda da reeleição em 1997, permitindo que o então presidente Fernando Henrique Cardoso conquistasse o segundo mandato.

Como governador de Pernambuco, liderou o programa Universidade Democrática, que permitiu que jovens de escolas públicas ingressassem na universidade.

José Mendonça Bezerra Filho foi, em 1986, aos 20 anos, o deputado estadual mais novo eleito no país.

Eliseu Padilha - ministro-chefe da Casa Civil
Advogado e empresário, Eliseu Padilha (PMDB-RS) é considerado um dos políticos mais próximos do presidente Michel Temer e atuou ao lado dele na articulação política no Congresso em nome da presidenta Dilma Rousseff, no ano passado.

Padilha se filiou ao antigo MDB, hoje PMDB, em 1966, e é considerado um dos melhores articuladores políticos do partido e do Congresso Nacional.

Foi prefeito de Tramandaí (RS), em 1989. Eleito pela primeira vez deputado federal em 1994, ele está no quarto mandato na Câmara.

Padilha foi ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso, de 1997 a 2001. Antes, foi secretário dos Negócios do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Rio Grande do Sul.

Osmar Terra - ministro do Desenvolvimento Social e Agrário
Nascido em Porto Alegre e filiado ao PMDB desde 1986, Osmar Terra está no quarto mandato consecutivo de deputado federal.

O peemedebista licenciou-se do mandato de deputado federal em diversas legislaturas para exercer o cargo de secretário de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul. Foi também prefeito de Santa Rosa (RS) no período de 1993 a 1996.

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados em setembro do ano passado, o parlamentar disse que as drogas são o pior problema de saúde e de segurança do Brasil. “A droga é responsável pela maior parte das mortes violentas e é a maior responsável pela morte de jovens no país. É uma epidemia de grande escala, que afeta todas as áreas da sociedade”, afirmou na ocasião.

Leonardo Picciani - ministro do Esporte 
Eleito pela primeira vez em 2002, quando tinha 22 anos, o deputado federal está em seu quarto mandato consecutivo na Câmara dos Deputados e deixa a vaga de líder do PMDB na Casa para assumir o cargo no Executivo.

Picciani nasceu em Nilópolis (RJ), tem 36 anos e é advogado. Foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara em 2007 e relatou projetos ao longo de seus mandatos, como a mensagem que criou o Programa Federal do Primeiro Emprego, o Marco Regulatório das Agências Reguladoras e a limitação do uso das Medidas Provisórias pelo Governo Federal.

De 2009 a 2011 foi secretário de Habitação do Rio de Janeiro, durante o governo de Sérgio Cabral (PMDB).

Ricardo Barros - ministro da Saúde
O deputado federal foi indicado pelo PP para o governo Temer. Engenheiro civil de formação, Barros participou da Comissão de Finanças e Tributação e no Conselho de Ética na Câmara dos Deputados.

Como relator do orçamento de 2016, Barros defendeu o corte de R$ 10 bilhões da verba destinada ao Bolsa Família, porém, a Comissão Mista de Orçamento vetou o corte.

O paranaense, de 56 anos, nasceu em Maringá, começou a vida política como prefeito na cidade natal e agora está no quinto mandato na Câmara dos Deputados.

José Sarney Filho - ministro do Meio Ambiente 
O maranhense José Sarney Filho (PV-MA) foi eleito para o seu primeiro mandato de deputado federal em 1982, e hoje está em seu nono mandato consecutivo na Câmara dos Deputados. O advogado de 58 anos é filho do ex-senador José Sarney.

O deputado, também conhecido como Zequinha Sarney, já comandou a pasta do Meio Ambiente durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2002, e foi secretário de Assuntos Políticos do Maranhão, de 1988 a 1990.

Sarney Filho tem atuação destacada na área do meio ambiente, sobretudo, nas discussões para prevenção de incêndios florestais e agressões a unidades de conservação e de ações de biopirataria. Em 1997, liderou a criação da Frente Parlamentar Ambientalista para o Desenvolvimento Sustentável, que coordenou até 1999. Atualmente, é membro do Conselho Consultivo da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).

Henrique Eduardo Alves - ministro do Turismo 
O peemedebista volta a ocupar a pasta que deixou quando o PMDB rompeu com o governo de Dilma Rousseff em março. Henrique Eduardo Alves presidiu a Câmara dos Deputados entre 2013 e 2014, e atualmente está sem mandato eletivo.

Alves foi lançado na política por seu pai, o ex-deputado, ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Norte Aluízio Alves (morto em 2006).

Alves foi citado na Operação Lava Jato como beneficiário do esquema de pagamento de propina. Ele nega as acusações e diz que as citações são absurdas

José Serra - ministro das Relações Exteriores
O senador é um dos defensores da adesão do PSDB ao governo de Michel Temer e integrou o grupo que ajudou na criação do plano proposto por Temer para tirar o país da crise. Serra foi ministro do Planejamento e Orçamento e da Saúde no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e governador de São Paulo em 2006.

Foi candidato a presidente da República, sendo derrotado por Lula (2002) e Dilma (2010).

No Senado, propôs, este ano, a revogação da participação obrigatória da Petrobras na exploração do petróleo da camada do pré-sal. A proposta foi aprovada pelos senadores e agora tramita na Câmara dos Deputados.

Nascido em São Paulo, José Serra atuou no movimento estudantil e militou contra ditadura militar. No Chile, Serra foi um dos presos após o golpe do general Pinochet, em 1973. Conseguiu refúgio na embaixada da Itália e partiu para os Estados Unidos. Voltou ao Brasil em 1978. Serra foi um dos fundadores do PMDB e relatou o primeiro programa do partido, antigo MDB. No governo de Franco Montoro, entre 1983 e 1987, foi secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo.

O primeiro cargo eletivo foi como deputado federal por São Paulo em 1986.

Ronaldo Nogueira de Oliveira - ministro do Trabalho
Natural de Carazinho (RS), o deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) foi vereador por quatro mandatos e secretário de Habitação e Assistência e de Obras e Serviços Urbanos do município. No governo do Rio Grande do Sul, em 2007, foi Diretor do Departamento de Transporte e, de 2008 a 2010, diretor da Fundação Gaúcha do Trabalho e Assistência Social.

Assumiu, como suplente, o mandato de deputado de 2011 a 2014 e, nas eleições de 2014, foi eleito novamente para o cargo. É especialista em Gestão Pública e pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus.

Alexandre de Moraes - ministro da Justiça e Cidadania
O advogado e jurista Alexandre de Moraes ocupou o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), nomeado por Geraldo Alckmin, desde dezembro de 2014. Antes, entre 2002 e 2005, na gestão anterior do governador tucano, ele ocupou a Secretaria de Justiça, Defesa e Cidadania paulista.

Moraes é livre docente da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), mesma instituição pela qual se graduou, em 1990, e se tornou doutor, em 2000.

Além dos cargos no governo estadual, ele ficou conhecido como “supersecretário” da gestão de Gilberto Kassab na prefeitura de São Paulo, quando acumulou, entre 2007 e 2010, os cargos de secretário municipal de Transportes e de Serviços. Ele presidiu, na mesma época, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a SPTrans, empresa de transportes públicos da capital paulista.

Mauricio Quintella - ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil
 Mauricio Quintella, 45 anos, está no quarto mandato como deputado federal por Alagoas.

Foi eleito vereador de Maceió em 1996 e em 2000. Foi presidente da Câmara de Vereadores e secretário municipal de Educação de Maceió e secretário estadual de Educação de Alagoas.

Na votação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, Quintella (PR-AL) deixou o cargo de líder do partido para votar favoravelmente ao afastamento da petista.

Marcos Pereira - ministro da Indústria e do Comércio
Marcos Pereira nasceu em Linhares, no interior do Espírito Santo, tem 44 anos, é advogado, presidente nacional do PRB e evangélico.

A partir de 1995, foi diretor administrativo e financeiro da TV Record do Rio de Janeiro, onde permaneceu até o final de 1999, quando assumiu a Rede Mulher de Televisão. Em 2003, tornou-se vice-presidente da Rede Record de Televisão.

Os 22 deputados federais filiados a legenda votaram a favor do processo de impeachmentde Dilma.

Fabiano Augusto Martins Silveira - ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)
 Bacharel em direito e doutor em ciências penais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é consultor legislativo do Senado Federal para as áreas de direito penal, processual penal e penitenciário, desde 2002. Está no segundo mandato como conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) onde também já ocupou a função de ouvidor-geral.

Foi membro da comissão redatora do anteprojeto de reforma do Código do Processo Penal e atuou como conselheiro do Conselho Nacional do Ministério Público de 2011 a 2013.

Fabiano Silveira atuou como professor substituto da Faculdade de Direito da UFMG e da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Fernando Coelho Filho - ministro de Minas e Energia
Fernando Coelho Filho foi eleito três vezes deputado federal pelo PSB. Desde 2007, era líder do partido na Câmara. Natural do Recife, sua primeira candidatura foi em 2006, aos 22 anos, quando obteve 117.720 votos. Fernando Coelho é filiado ao PSB desde 2005.

O parlamentar é formado em administração de empresas pela Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP, em São Paulo.

Helder Barbalho - ministro da Integração Nacional
Nascido em 1979, em Belém, filho do senador Jader Barbalho (PMDB) e da deputada federal Elcione Therezinha Zahluth, Helder Barbalho é formado em administração pela Universidade da Amazônia e começou a carreira política no ano 2000, quando foi eleito o vereador mais votado de Ananindeua, na região metropolitana da capital paraende.

Em 2002, elegeu-se deputado estadual. Aos 25 anos, foi eleito o prefeito mais jovem da história de seu estado e em 2008, foi reeleito prefeito de Ananindeua.

Em 2014, Barbalho candidatou-se ao governo do Pará pela primeira vez, mas perdeu para Simão Jatene (PSDB).