segunda-feira, 18 de julho de 2016

Abandonada Campo Grande sofre sem planos emergenciais e infraestrutura

Se for feito um levantamento técnico e imparcial sobre a situação dos serviços básicos e as respostas às demandas urbanas de Campo Grande, o que se terá é a constatação que já faz parte do cotidiano da população: a cidade continua abandonada, aos remendos.
            A capital de Mato Grosso do Sul padece por falta absoluta de um tratamento gerencial competente e resolutivo. O poder publico não consegue oferecer nem o mínimo, que seria dispor de planos e ações emergenciais para solucionar desafios imediatos, quanto mais recuperar a tradição daquela que foi uma das referências nacionais em desenvolvimento e modernidade nos tempos em que era socorrida com investimentos na infraestrutura de trânsito, mobilidade, habitação, prevenção de enchentes e outros.
            Para garantir o funcionamento adequado dos postos de saúde, Centros de Ensino Infantil (Ceinfs) e Rede Municipal de Ensino (Reme) a Prefeitura deveria ter um prévio e consistente planejamento para operar o orçamento disponível dentro de intervenções com metas a curto, médio e longo prazos. Mas não existe sequer planejamento, ao que parece. Os postos de saúde sobrevivem basicamente por conta da boa-vontade dos servidores, que trabalham em ambientes onde se acumulam as reclamações contra as filas, a falta de medicamentos, “buracos” nos plantões e outras precariedades do sistema.
            Recentemente, o prefeito Alcides Bernal entregou unidades de saúde sem que estas pudessem funcionar de imediato. As inaugurações eram apenas para as imagens e a propaganda de um prefeito pré-candidato à reeleição e obrigado a não aparecer em atos dessa natureza a partir de 2 de julho. Quanto à educação publica, a insatisfação latente dos professores e servidores da área coincide com as agendas de atraso e trapalhadas que infelicitam alunos da rede, prejudicados pela entrega de uniformes e materiais fora do prazo e a falta de regularidade na merenda.
            Pelo conjunto da obra – ou da ausência delas – a administração de Alcides Bernal perde a cada dia o fôlego da aprovação popular que um dia o transformou na maior esperança de mudança política, social e administrativa de Campo Grande.
            As pesquisas mais recentes atestam a queda expressiva da pontuação aprovadora de Bernal. Em abril deste ano, segundo o Instituto Ipems, a avaliação positiva do prefeito havia caído, em três meses, de 41,34% para 19,30%. E em junho sua reprovação chegava a 33,86% da população, um índice sinalizando que a avaliação negativa já não se limita às classes A e B, começando a atingir os segmentos de menor poder aquisitivo e a população da periferia, onde se acham os núcleos da resistência eleitoral do prefeito

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