quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Com 6 meses de água e luz atrasados, Prefeitura vai pagar servidor após dia 12

Dívidas somam R$ 12 milhões em água e luz

  • (Midiamax/Anny Malagolini)


  • Como já havia previsto no último domingo (1º) durante cerimônia de posse, o prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) não vai pagar os salários dos servidores até a data prevista por lei, ou seja, 5º dia útil, neste caso 6 de janeiro. Durante coletiva na tarde desta terça-feira (3) ele explicou que o antecessor Alcides Bernal (PP) deixou apenas R$ 37 milhões em caixa para tal finalidade, sendo que a folha total gira em torno de R$ 110 milhões.
    O plano para tentar sanar o problema é utilizar a verba arrecadada com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para completar o valor necessário. O prazo para a população quitar o tributo com desconto é até 10 de janeiro. Marquinhos espera arrecadar R$ 150 milhões dentro deste período.
    Para acelerar o processo, equipe da Prefeitura vai trabalhar em esquema de plantão no próximo final de semana para atender o contribuinte. Sendo assim, a previsão é de que na quinta-feira (12) a remuneração seja depositada. “Vamos fazer uma ginástica”, disse o prefeito.

    Já em relação ao 13º não há boas notícias. Ao todo são R$ 19 milhões a serem pagos. Nessa segunda-feira (2) houve reunião com profissionais da saúde que vão receber integralmente para os que recebem até R$ 3 mil. Ainda não há previsão para o restante.
    O secretário de Planejamento, Finanças e Controle, Pedro Pedrossian Neto, explicou que a situação financeira deixada pela gestão anterior é delicada. Dos R$ 252 milhões que Bernal falou ter guardado, somente os R$ 39 milhões estão disponíveis para debitar os salários. O restante são as chamadas verbas carimbadas, que têm destinação certa.
    O titular da Seplanfic elucidou que o acordo foi feito com o pessoal da saúde para não comprometer a área, para não haver paralisação de serviços de primeira necessidade, sem citar quais.

    Dívidas

    Outra ‘herança’ deixada por Bernal, segundo Marquinhos, são contas atrasadas há seis meses de energia elétrica e água que somam cerca de R$ 12 milhões. As faturas são dos prédios do Executivo. “Vamos tentar negociar com as concessionárias”, disse.
    “Devo não nego, pago quando puder”, brincou. A dívida ativa da Prefeitura é de R$ 2 bilhões e têm várias origens. “Mas essa situação nós vamos resolver com o tempo”.

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