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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Rumo a Plutão: o gigante entre os anões



Plutão e CaronteEm coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (13), o comando da missão em Laurel anunciou que obteve a melhor medida para o diâmetro de Plutão: 2.370 km (com incerteza de 20 km para mais ou para menos). Isso acaba com o debate de quem seria o maior dos planetas anões, já que havia uma discussão se seria Éris, que tem um diâmetro de 2.336 km (com incerteza de 12 km para mais ou para menos).
Apesar de ser menor, Éris é mais massivo, uma vez que ele é majoritariamente rochoso. Plutão possui uma quantidade muito grande de gelo, além de rocha. Quanto de gelo, quanto de rocha? Isso vai ter de ser rediscutido, já que esse aumento nas medidas muda as proporções entre os dois materiais.
Outra coisa que vai ter que ser avaliada é a altura da troposfera de Plutão, que é a camada mais baixa da atmosfera. Neste caso, ela precisa ser mais estreita do que se imaginava antes. Aliás, outros resultados divulgados agora há pouco mostram que foi detectado nitrogênio escapando de Plutão, mais cedo do que havia sido previsto pelos modelos. Ou os modelos precisam ser revisados ou o nitrogênio tem velocidade de escape maior do que o previsto.
Outro resultado: a calota polar de Plutão é composta de gelo! Óóóó. Nenhuma surpresa, gelo de nitrogênio e metano. Mas uma coisa interessante é que a composição da calota polar é bem diferente da composição química das regiões escuras vistas na superfície, inclusive as misteriosas bandas escuras do hemisfério sul. A identificação dessas zonas escuras deve acontecer com o sobrevoo de amanhã.
Sobre isso, quando a sonda vai passar a apenas 12.500 km de distância da superfície de Plutão, segundo o investigador principal da missão Alan Stern, as chances da New Horizons colidir com um destroço no caminho são de uma em dez mil. Mais alta que o usual para missões planetárias, mas Stern terminou sua fala dizendo: sei dos riscos, mas amanhã eu estarei aqui na comemoração!
Para finalizar a coletiva, o comando da missão divulgou essa imagem colorida (veja acima) do par Plutão e Caronte, riquíssima em detalhes. Essa seja talvez a última imagem dessas antes do encontro de amanhã, mas de repente surge mais alguma que eles estão segurando.

Crédito da imagem: NASA/JHU-APL/SwRI

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Terra sofre ameaça potencial de impacto de 500 asteroides, diz agência

Cálculo é da Agência Espacial Europeia, que tem departamento para o tema.

Cientistas afirmam que, em caso de perigo real, há dois tipos de soluções.

Da France Presse
Ilustração feita pela Agência Espacial Europeia mostra asteroides passando próximo da Terra (Foto: ESA/P.Carril)Ilustração feita pela Agência Espacial Europeia mostra asteroides passando próximo da Terra (Foto: ESA/P.Carril)
Cerca de 500 asteroides ameaçam potencialmente a Terra, um problema para o qual especialistas da Agência Espacial Europeia (ESA) encontraram soluções que parecem ter saído de um filme de ficção científica.
"Temos cerca de 500 objetos próximos à Terra identificados que poderiam, dentro de 100 anos, eventualmente tocar a terra, mas a probabilidade é muito baixa, em alguns casos de 1 em 1 milhão", disse Detlef Koschny, chefe do setor de NEO (Near-Earth Objects) na ESA.
"Seguimos seus caminhos, tentamos prever o que poderiam ser e se, eventualmente, representarão um risco", explicou Koschny a partir do centro operacional dos NEO na cidade italiana de Frascati, perto de Roma.
"Em caso de perigo real, temos duas soluções atualmente viáveis", acrescentou o especialista. "O primeiro é o acidente de movimento cósmico", disse.
"Imagine um veículo, que é o asteroide, e um outro veículo, que é a nossa ferramenta, colidindo com ele e o deslocando de sua trajetória. Por conta da pressão, é possível desviá-lo gradualmente da Terra", afirmou.
"A segunda solução é destruir o asteroide com a ajuda de uma explosão nuclear", acrescentou Koschny.
Ação à distância
A questão é: como mirar um objeto espacial viajando a 3.600 km/h com um outro objeto lançado para interceptá-lo com a mesma velocidade?
"A partir de uma experiência americana chamada 'Deep Impact', sabemos que é possível alcançar todos os objetos maiores que 100 metros de diâmetro. Nos encaminhamos provavelmente aos satélites autoguiados por uma câmera, porque não teríamos tempo para dirigi-los a partir da Terra", explica o cientista.
"É mais fácil quando é Bruce Willis quem faz isso", diz, brincando, Richard Tremayne-Smith, copresidente da Conferência de Defesa Planetária (Planetary Defence Conference, PDC), realizada em Frascati. A alusão é ao filme americano "Armageddon", em que o ator destrói um asteroide que ameaça a Terra.
A defesa planetária era um hobby há dez anos. Hoje, tornou-se uma preocupação global"
William Ailor, da Conferência
de Defesa Planetária
"A defesa planetária era um hobby há dez anos. Hoje, tornou-se uma preocupação global", aponta William Ailor, segundo copresidente do PDC.
Simulações
A PDC é coisa séria e envolve especialistas da Nasa, da ESA e de outras instituições, mas também há lugar para jogos de RPG.
"O jogo consiste em simular uma crise [provocada] por uma possível queda de um asteroide na Terra, com três pessoas desempenhando o papel de autoridades políticas, seus conselheiros científicos, representantes das populações ameaçadas e a imprensa", explicou Debbie Lewis, especialista em gestão de catástrofes.
"Precisamos de acordos de comando, controle, coordenação e comunicação em nível internacional", insistiu a especialista. É que os danos causados pela queda de um asteroide podem ser gigantescos em função do tamanho.
Segundo vários especialistas, 75% das diferentes formas de vida na Terra, inclusive os dinossauros, desapareceram por causa da queda de um enorme asteroide há 65 milhões de anos.
"Devemos estar preparados. O despertador já tocou, mas teimamos em desligá-lo", afirmou Lewis.

sábado, 21 de março de 2015

Três maneiras que o universo poderia acabar

Três maneiras que o universo poderia acabar
Nada é eterno nessa vida, certo? Nem mesmo o universo.

Mas, enquanto sabemos que ele vai acabar um dia, não sabemos (exatamente) como. Os cientistas já criaram várias hipóteses, e três delas são as mais aceitas atualmente para explicar o que pode acontecer no fim do mundo: o Big Rip (Grande Ruptura), o Big Freeze (Grande Congelamento) e o Big Crunch (Grande Colapso).

Grande Ruptura

Você deve saber que nosso universo está expandindo. Por enquanto, no entanto, as galáxias não estão se afastando muito umas das outras como resultado dessa expansão porque a gravidade mantém os objetos espaciais juntos. No cenário do Big Rip, a aceleração da expansão é tanta que a gravidade já não consegue mais manter tudo junto. O resultado é uma grande ruptura e o dilaceramento do universo.

Grande Congelamento

Nesse cenário, também chamado de morte térmica, enquanto o universo cresce e expande, a matéria decai e se espalha – graças a uma coisa chamada entropia. Aos poucos, as estrelas e buracos negros vão morrer, e não haver nada para os substituir. Só gás e partículas de luz ainda estarão por aqui, mas estes também vão eventualmente decair. Em certo ponto, toda a atividade no universo vai cessar, a entropia vai chegar ao seu máximo, e o mundo estará morto para sempre.

Grande Colapso

Se há menos energia escura (a misteriosa força que os cientistas ainda estão tentando compreender) no universo do que imaginamos, a gravidade será a força dominante um dia. Assim, a expansão deve desacelerar e parar. E então, o inverso acontecerá: galáxias irão se fundir, e o universo ficará cada vez mais compacto e quente. Tudo que existe irá colapsar em uma massa só, e um gigantesco ultraburaco negro irá devorar tudo, inclusive si mesmo.

Vídeo

Se você quiser saber mais detalhes de cada teoria e seus desdobramentos, uma equipe de designers de informação da Alemanha fez um vídeo no YouTube que descreve todas as três hipóteses. As legendas estão em português. [IFLS]


sexta-feira, 20 de março de 2015

Novo exoplaneta gigante é o mais escuro já visto


Cientistas da NASA descobriram o planeta extraterrestre mais negro já visto.
O planeta em questão é um gigante do tamanho de Júpiter, conhecido como TrES-2b. A sonda Kepler o detectou rondando uma estrela amarela, parecida com o sol, chamada GSC 03549-02811 cerca de 750 anos-luz de distância, na direção da constelação de Draco.
Os pesquisadores descobriram que o gigante de gás reflete menos de 1% da luz solar que cai sobre ele, tornando-o mais escuro do que qualquer outro planeta ou lua visto até agora.
“É simplesmente absurdo o quão escuro este planeta é, incomparável a qualquer coisa do nosso sistema solar”, disse o astrônomo David Kipping.
Júpiter tem nuvens que refletem mais de um terço da luz solar que o alcança, mas TrES-2b, aparentemente, não tem nuvens reflexivas. Ele é superaquecido, com uma atmosfera de mais de 980 graus Celsius por uma estrela apenas 5 milhões de quilômetros de distância dele.
“Ele não é completamente escuro. É tão quente que emite um brilho vermelho fraco, como uma brasa”, diz o coautor do estudo, David Spiegel.
Os pesquisadores propõem que substâncias químicas que absorvem luz, como sódio vaporizado ou potássio na atmosfera do planeta poderiam ajudar a explicar porque ele é tão escuro. Ainda assim, nada disso pode explicar por que o mundo é tão sombrio. “Há uma boa chance de ser por causa de um produto químico que ainda não pensamos”, diz Kipping.
Os astrônomos pensam que TrES-2b está “preso” à sua estrela, como a nossa lua, de tal forma que um lado do planeta enfrenta sempre a estrela. Isto o levaria a mudar de fases, uma vez que orbita a sua estrela, assim como nossa lua, fazendo com que o brilho total dos dois varie um pouco ao longo do tempo.
Os cientistas dizem que, apesar de TrES-2b, atualmente, ser o planeta mais escuro conhecido, mundos semelhantes, sem dúvida, esperam para ser descobertos. Por enquanto, os resultados reforçam a ideia de que nosso sistema solar pode não ser tão típico como se pensava, com uma extraordinária variedade de mundos.
A missão Kepler continua até 2012. Novas investigações em mais de 1.200 possíveis mundos poderiam transformar-se em outros planetas invulgarmente escuros.[LiveScience]

Encontrado o exoplaneta mais parecido com a Terra até agora


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pela primeira vez, os cientistas da NASA encontraram um planeta com praticamente o mesmo tamanho da Terra e dentro da zona habitável de sua estrela, uma combinação de fatores que faz com que ele seja praticamente um “primo” da Terra.
A descoberta foi feita usando o Kepler Space Telescope, e vem a confirmar que existem planetas de tamanho próximo à Terra orbitando a zona habitável de suas estrelas. Os outros planetas encontrados na zona habitável eram pelo menos 40% maiores que a Terra.
diagram-kepler-186f

O planeta chama-se Kepler-186f, o que significa que ele orbita a estrela Kepler-186, e é o quinto mais próximo da sua estrela. Por enquanto, não se sabe qual a sua massa ou composição, mas sabemos que ele tem 1,1 vezes o tamanho da Terra, e tem uma órbita de 130 dias.
diagram-kepler-186f
Apesar de estar na zona habitável, Kepler-186f recebe de sua estrela apenas um terço da energia que a Terra recebe do sol, o que coloca o planeta quase na borda da zona habitável. A luz do meio-dia neste planeta deve ser comparável à luz na Terra uma hora antes do pôr-do-sol.
Mesmo recebendo 1/3 da energia e tão pouca luz, não dá para dizer qual a temperatura na superfície do planeta, já que esta depende da composição da atmosfera, que é ainda desconhecida.
A estrela Kepler-185 é uma estrela anã e está a 500 anos-luz do sol, na constelação de Cygnus. Cerca de 70% das estrelas da Via Láctea são deste tipo. Com idade estimada em mais de 4 bilhões de anos, as perspectivas do planeta poder sustentar vida são boas.
Foram encontrados até agora cinco planetas orbitando Kepler-186, os quatro primeiros com órbitas durando 4, 7, 13 e 22 dias – eles estão muito próximos da estrela para que a água permaneça líquida na sua superfície. Também são muito quentes e tem tamanho não maior que 1,5 vezes o tamanho da Terra. [Nasa JPL, NASA Ames, Space.com]

Brilho misterioso é fotografado no planeta Ceres

pontos luminosos em ceres
Uma imagem tirada pela sonda Dawn, da agência espacial norte-americana NASA, encontrou dois pontos brilhantes no planeta anão Ceres.
Ceres encontra-se em um cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. A área brilhosa foi vista anteriormente em 2004, em uma imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble. Porém, novas fotografias mostram que há, na verdade, dois pontos luminosos, e os cientistas não sabem o que os está causando.

“Os pontos podem ter origem vulcânica, mas vamos ter de esperar por uma [imagem de] melhor resolução antes de podermos fazer essas interpretações geológicas”, disse Chris Russell, principal pesquisador da missão Dawn baseado na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (EUA).
A imagem mais recente foi feita em 19 de fevereiro de uma distância de cerca de 46 mil quilômetros. Dawn deve entrar em órbita em torno de Ceres em breve, o que promete imagens ainda mais nítidas das manchas misteriosas.

“O ponto mais brilhante continua a ser demasiado pequeno para nossa câmera, mas, apesar de seu tamanho, é mais brilhante do que qualquer outra coisa em Ceres. Isso é verdadeiramente inesperado e ainda um mistério para nós”, disse Andreas Nathues, do Instituto Max Planck para a Investigação do Sistema Solar em Göttingen, Alemanha.

O jeito é esperar até que possamos ter uma melhor visão da região. A previsão é de que Dawn chegue em Ceres dia 6 de março.

O planeta anão

Ceres tem 950 quilômetros de diâmetro.
De acordo com informações da NASA, o pequeno objeto tem mais em comum com a Terra e Marte do que seus vizinhos rochosos. Há sinais de que Ceres contém grandes quantidades de água congelada abaixo de sua superfície.

Usando o Observatório Espacial Herschel, cientistas encontraram evidências de vapor de água no planeta anão. O vapor pode ser produzido por criovulcões ou por sublimação do gelo perto da superfície. Isto prova que Ceres tem uma superfície e uma atmosfera geladas. Os astrônomos estimam que, se Ceres for composto de 25% água, pode ter mais água do que toda a água doce da Terra. [NPRNASA]