Apesar de ser menor, Éris é mais massivo, uma vez que ele é majoritariamente rochoso. Plutão possui uma quantidade muito grande de gelo, além de rocha. Quanto de gelo, quanto de rocha? Isso vai ter de ser rediscutido, já que esse aumento nas medidas muda as proporções entre os dois materiais.
Outra coisa que vai ter que ser avaliada é a altura da troposfera de Plutão, que é a camada mais baixa da atmosfera. Neste caso, ela precisa ser mais estreita do que se imaginava antes. Aliás, outros resultados divulgados agora há pouco mostram que foi detectado nitrogênio escapando de Plutão, mais cedo do que havia sido previsto pelos modelos. Ou os modelos precisam ser revisados ou o nitrogênio tem velocidade de escape maior do que o previsto.
Outro resultado: a calota polar de Plutão é composta de gelo! Óóóó. Nenhuma surpresa, gelo de nitrogênio e metano. Mas uma coisa interessante é que a composição da calota polar é bem diferente da composição química das regiões escuras vistas na superfície, inclusive as misteriosas bandas escuras do hemisfério sul. A identificação dessas zonas escuras deve acontecer com o sobrevoo de amanhã.
Sobre isso, quando a sonda vai passar a apenas 12.500 km de distância da superfície de Plutão, segundo o investigador principal da missão Alan Stern, as chances da New Horizons colidir com um destroço no caminho são de uma em dez mil. Mais alta que o usual para missões planetárias, mas Stern terminou sua fala dizendo: sei dos riscos, mas amanhã eu estarei aqui na comemoração!
Para finalizar a coletiva, o comando da missão divulgou essa imagem colorida (veja acima) do par Plutão e Caronte, riquíssima em detalhes. Essa seja talvez a última imagem dessas antes do encontro de amanhã, mas de repente surge mais alguma que eles estão segurando.
Crédito da imagem: NASA/JHU-APL/SwRI