terça-feira, 30 de junho de 2015

GREVE E CAOS NA SAÚDE PÚBLICA MUNICIPAL: O QUE FAZER?

CAOS NA SAÚDE NÃO PREOCUPA PREFEITURA


A crise municipal esta chegando ao seu auge, isso por que os limites da paciência dos habitantes da Capital foram alcançados com exito pela atual gestão. Não bastasse todos os problemas que a Gestão Federal conseguiu jogar no colo dos brasileiros ainda temos que lidar com uma Administração Municipal que anda dificultando, e muito, a vida dos moradores de Campo Grande.
A cada dia surgem fatos que reafirmam que é impossível fazer "vistas grossas " para a situação da Prefeitura e os caminhos aos quais ela esta trilhando sendo que , qualquer morador sabe que  a situação foi causada pela má ingerência dos recursos públicos.
Do outro lado o Gestor continua a "Lular", em uma verdadeira terra de faz-de-conta onde as pessoas, que viam em primeiro lugar, são avisadas que eles "estão trabalhando". Que assiste aos comerciais veiculados nas principais redes de televisão do MS se pergunta: - " Começaram a trabalhar agora?", pois se faz óbvio que , nesse momento, o cidadão Campo-grandense duvida de todas as informações advindas do Poder Municipal. 
A credibilidade do prefeito está quase nula e as ações tomadas diariamente fortalecem a ideia de que , perderam o rumo e as rédeas da situação. E quem paga somos nós, que estamos em uma cidade sucateada, sem educação, sem saúde, sem infraestrutura, sem segurança, sem nada.


A CRISE NA SAÚDE

Com o aumento da arrecadação pela prefeitura municipal em mais de 10 % e uma onda de demissões que atingem sempre o lado mais fraco , ficamos sem saber o que realmente está acontecendo. Se tem verba por que tudo está parado?
A PMCG informa que não há verba, o tribunal de contas diz que há. Quem estará falando a verdade?
A saúde entrou em colapso já no início do ano quando a Secretaria de Saúde resolveu fazer "ajustes" por conta do trabalho de uma tal senhora que, diziam ser " o melhor para a saúde do município" . A criação do CEMPE, contratação (sem limites) de funcionários comissionados e a ameaça de corte nos plantões fez com que os servidores entrassem em uma grande espiral decrescente que acuminou em greves, atendimento precário e Caos. Caos no sentido amplo da palavra pois , atualmente, a qualidade do atendimento é a mais precária em muitos anos.
Claro que fica mais fácil arranjar culpados para o ocorrido e , sendo os servidores a janela que liga o administrador à população, culpa-los foi a melhor forma que se achou para tapar os buracos que foram sendo cavados nos últimos meses. 
O servidor passou a ser " saco de pancadas" e logo , o mesmo  tornou-se o alvo de tudo o que acontecia de errado nas unidades de saúde. Como não poderia deixar de ser, a Administração ganhou força para fazer os cortes de plantão e outros que eram vinculados ao salário do servidor .Dado isso, a primeira categoria a parar foi a dos médicos. Os objetivos primários dos médicos eram apenas fazer com que as garantias que sempre foram dadas aos mesmos, fossem mantidas, e dessa forma , os profissionais continuaram até que a PMCG resolveu devolver-lhes o que já era de direito. 
A sinalização de paralisação dos profissionais de Enfermagem da Capital era anterior à greve dos médicos, portanto não pode ser tida como um desencadeamento da mesma. Hoje, além de não termos os serviços primordiais de enfermagem, corremos o risco de que os médicos paralisem suas atividades por estarem ligadas diretamente aos profissionais de enfermagem. Dito isto, ainda existe o fato de que muitos médicos estão esperando o pagamento para decidirem se continuam a clinicar pelo Município.


 A GREVE DOS ENFERMEIROS

Com a sinalização , por parte do prefeito, de que não tem planos para negociar com quaisquer categorias, a greve dos enfermeiros ganha força e promete continuar. Um jornal da capital veiculou que os Servidores não aceitavam negociar com a comissão formada pela secretaria de administração. Os enfermeiros vieram em sua defesa, nessa terça-feira para desmentir o fato, apontando documentos que comprovam que é a Prefeitura que não esta querendo negociar com os Profissionais. 
Ao ser confrontado com as informações verídicas sobre a greve dos enfermeiros, o Prefeito afirmou que " não adianta negociar o fim da greve" referindo não ter verba para qualquer tipo de aumento, ajuste ou melhorias no sistema de saúde de Campo Grande. 
O comando de greve sinaliza que, se não houver uma discussão sadia em torno da situação dos enfermeiros servidores municipais da capital , com uma proposta real  para a categoria, a greve continuará sem prazo previsto para o retorno.
A prefeitura promete acabar com a greve na justiça, por força de liminares, de forma que não necessite negociar com os servidores. Os enfermeiros em greve não conseguiram , até esse momento, qualquer tipo de diálogo com a PMCG e apontam as perdas que a população está tendo com a ingerência municipal. Se não bastasse isso, a prefeitura anunciou, por meio de C.I a suspensão do fornecimento de alimentos nos plantões, o que trará mais demora nos atendimentos nos serviços de urgência e emergência da capital.
Mesmo se houver o retorno das  categorias em greve, os prejuízos para a população são imensos, pois os profissionais estão tendo que fazer "milagre" com os poucos recursos que ainda restam 
nas Unidades.


O QUE FAZER?

Deve-se cobrar uma imediata atitude pró-ativa por parte da Prefeitura. Os cidadãos da Capital devem apoiar movimentos e mobilizar-se para que situações vexatórias , como o bloqueio de bens do prefeito por contratação de funcionários fantasma, não continue ocorrendo.
A vergonha do Campo-grandense passou a ser nacional já a alguns meses quando uma emissora de TV  de prestigio, fez uma matéria sobre improbidade na gestão atual. Em conversas telefônicas interceptadas pela GAECO, inúmeras são as suspeitas que recaem sobre o prefeito, incluindo a pedofilia. Um outro jornal eletrônico mostrou que a prefeitura continua na "farra dos comissionados " exonerando em um dia e recontratando em outro, sem nenhuma justificativa cabível.
Enquanto esse baderna ocorre, a saúde , educação e infraestrutura beiram ao abandono e a falência. Ao invés de gastar dinheiro com propagandas dizendo que eles estão trabalhando, a Administração Municipal deveria tomar uma posição correta e incisiva para que a população pare de sofrer e de sentir vergonha dos absurdos que ocorrem no município.
Todos os segmentos da capital estão sofrendo com o que está acontecendo na PMCG, do comércio aos serviços terceirizados, os prejuízos atingem cada um em cada parte da cidade. O Campo-grandense não pode demorar mais para dizer "basta" ao Gestor Público pois quanto mais o tempo passa, mais insustentável fica a situação, com perigo de não se poder fazer mais nada após a vampirização  da Cidade de Campo Grande MS.


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