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segunda-feira, 17 de abril de 2017

‘Pupilo’ de Puccinelli amplia influência no governo e fatura R$ 26,1 milhões

Conhecido por atuar com o grupo do ex-governador André Puccinelli (PMDB), o empresário Marcelo Rosa Ribeiro vem ampliando sua influência no Estado e já recebeu R$ 26,1 milhões em contratos com o Poder Executivo Estadual. Ele é dono da Fortes Comércio e Serviços Ltda, de nome fantasia Fort Alimentos, que fornece alimentos e cestas básicas para as Secretarias de Assistência Social e de Segurança Pública.
A Fortes venceu ainda durante a gestão de Puccinelli, em 2013, e ficou responsável pela maior parte da entrega de cestas básicas no Estado. O primeiro contrato venceria em 2014, mas foi renovado no exato dia do prazo final, encerrando em 2015.
O processo foi conduzido sem nova licitação, e deixou Reinaldo Azambuja com a obrigação de pagar a empresa durante seu mandato. Mas o domínio continuou, com a terceira renovação ao contrato, hoje de R$ 9.250.900,00, com a Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho). A vigência vai até 1 de agosto de 2017.
Além disso, a Fortes ampliou seu poderio e passou a fornecer alimentos também para a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Foram cinco contratos, dos quais três ainda estão em vigor. O primeiro, feito diretamente com a pasta, é no valor de R$ 192.600,00 e com validade até 6 de agosto.
Com interveniência do Fundo Especial de Reequipamento da Sejusp, a Fortes ainda firmou dois contratos de R$ 180.873,00 cada, para fornecimento de alimentação preparada aos custodiados na delegacia de polícia de Costa Rica. O primeiro venceu em 24 de fevereiro deste ano e o segundo termina em 27 de agosto.
A empresa também fornece as refeições para os presos na delegacia de Camapuã. O primeiro contrato, no valor de R$ 76.477,50, foi finalizado em 7 de março, mas o segundo, de mesmo valor, tem validade até 07 de setembro. Todas as informações estão no portal de transparência do Governo do Estado.
Entre 2013 e 12 de abril de 2017, a Fortes já faturou R$ 26 milhões junto ao Poder Público, com aumento dos repasses em 2016, na era de Reinaldo Azambuja. Considerando os valores empenhados e não pagos, ela ainda deve receber cerca de R$ 2,8 milhões em serviços prestados para as duas secretarias. Confira a tabela abaixo:
Fort Alimentos também atua na prefeitura de Campo Grande. Chama a atenção a contratação da servidora estadual aposentada e ex-pregoeira do Governo do Estado, Natércia Maria de Souza Regasso, que passou a assinar a representação da empresa em alguns contratos com o município. Leia mais aqui.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Moka afirma que recebeu confissão de Puccinelli: ele não será candidato ao Governo

O senador Waldemir Moka (PMDB) afirmou que conversou com o ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli, que teria confessado que não será candidato na disputar pela sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), nas próximas eleições em 2018.
“Conversei com o André Puccinelli recentemente e, para mim, ele disse que não seria candidato”, afirmou o senador.
Para Moka, é precipitado começar a discutir as eleições de 2018. Mas, mesmo assim, ele já se colocou para disputar a reeleição ao Senado. O parlamentar destaca que a disputa por uma das vagas no senado, depende da conjuntura que o PMDB construir.
“Eu acho distantes as eleições de 2018. As conversas vão começar de verdade depois do meio do ano. Se o PMDB tiver candidato ao governo é um cenário. Se não vai ter é outro”, disse.
Sobre a candidatura de Puccinelli ao governo do Estado, Moka destacou que essa é uma definição que tem que partir do próprio ex-governador. “Não adianta o partido querer, se ele não quiser ou a família dele for contra. Ele que vai decidir”, explicou.
O senador afirmou que apesar de não ter tido reunião oficial do partido para discutir a candidatura própria, ele acredita que a maioria do PMDB gostaria que Puccinelli saísse candidato. Mas lembra que o partido não pode cometer o mesmo erro das eleição de 2016 em Campo Grande. “Na eleição passada André foi lembrado o tempo inteiro. Na última hora não quis sair e o partido não tinha outra alternativa”, disse.   

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O dia em que o ex-governador caiu no 'buraco do Bernal'

Waldemar Gonçalves
Gente como a gente – O ex-governador André Puccinelli (PMDB) não escapou da buraqueira nas ruas de Campo Grande. Caiu com seu Uno vermelho em uma cratera no asfalto da cidade. O resultado foi um furo no pneu dianteiro esquerdo e amassado na roda do carro.
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Uno vermelho – Quando saía de encontro com a equipe do prefeito eleito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), na saída para São Paulo, ontem de manhã, precisou parar em uma borracharia e arrumar o estrago no Uno vermelho que ganhou em 2014 de sua equipe, dias antes de encerrar seu segundo mandato no Executivo estadual.
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“Do Bernal” – Assim que viu a reportagem, logo disparou, aos risos: “caí no buraco do Bernal”. Depois de mostrar o estrago, com direito a roda amassada e pneu totalmente murcho, o ex-governador ‘corrigiu’ a brincadeira, tentando colocar às vésperas do término da gestão municipal um fim a rixas com o atual prefeito. “É brincadeira. Deixa ele em paz, está encerrando o mandato”.
Embaladinho – Na verdade, a ‘queda’ no buraco foi culpa dele mesmo, confessou, provocado porque Puccinelli estava “embaladinho”, correndo demais em uma rua de Campo Grande, que ele diz não lembrar o nome. Falou que não teve tempo de desviar. “Em seguida, caí em outro. Eu estava voando e eu nem devia estar também, né”, justificou-se.
Populismo – Se o prefeito eleito Marquinhos Trad (PSD) não fizer populismo, ele toca bem a cidade. A avaliação é de Puccinelli, que passou parte da manhã de ontem dando conselhos ao novo chefe do Executivo Municipal.
Trabalhador na cidade pujante – “Ele tem capacidade, é trabalhador, não é incompetente”, listou Puccinelli, que governou a cidade por dois mandatos consecutivos (de 1997 a 2004). Se ele “segurar a peteca”, a cidade corresponderá, diz o ex-governador. “Campo Grande é fantástica, pujante. Logo volta a crescer”, prevê.
Organização social – O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse ontem que convidará a imprensa para conhecer a administração do Hospital Regional de Ponta Porã, que está sob o comando de uma OS (Organização Social). A visita deve ocorrer em fevereiro. O hospital na fronteira é administrado pela empresa Gerir desde setembro deste ano.
Na prefeitura também – Às vésperas do fim, a atual gestão municipal de Campo Grande também indica planos de adesão às OSs. Conforme publicado ontem no Diário Oficial da Capital, será aberto no fim de janeiro credenciamento a organizações que tiverem interesse em prestar serviço à Prefeitura.
Só agora? – A três dias de encerrar o mandato, a gestão Bernal decidiu anular o contrato com a CG Solurb. Segundo o procurador do município, Denir Nantes, só agora conseguiram finalizar o processo de apuração, mesmo o laudo da Polícia Federal tendo sido entregue um ano antes. A justificativa é de que a decisão foi “extremamente técnica”.
Transição – Questionado se a equipe de transição de Marquinhos foi informada da possibilidade da anulação do contrato, Alcides Bernal (PP) limitou-se a dizer que “eles devem estar cientes disso”.
(com Alberto Dias, Leonardo Rocha, Mayara Bueno e Richelieu de Carlo)

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Filha de Puccinelli é inocentada em investigação ‘caça-fantasmas’

Jovem comprovou que trabalha regularmente na Assembleia Legislativa


Foto: Reprodução/André de Abreu
Foto: Reprodução/André de Abreu
O Ministério Público Estadual arquivou procedimento administrativo para apurar se a filha do ex-governador André Puccinelli (PMDB), Denise Puccinelli, seria “servidora fantasma” na Assembleia legislativa de Mato Grosso do Sul. Ela foi nomeada para o gabinete do também peemedebista, deputado estadual Eduardo Rocha.

A 30ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da comarca de Campo Grande informou que realizou as medidas necessárias para averiguar eventual ato de improbidade administrativa no fato de Denise supostamente estar recebendo salários sem a devida prestação de serviços ao órgão em que está cedida, mas nada encontrou.

“Comprovadamente a servidora compareceu ao serviço na Assembleia Legislativa, tendo a referida Casa de Leis encaminhado esclarecimentos relativos ao fato, juntamente com as folhas de frequência da funcionária dos meses de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2016. Assim, não há que se falar em ato de improbidade administrativa, tampouco em dano ao erário”, diz o MPE.

Denise Puccinelli é servidora concursada do Ministério Público Estadual e foi cedida para o gabinete do deputado Eduardo Rocha em 25 de fevereiro de 2015. A cedência é sem ônus para origem, logo Denise recebe o salário da Assembleia Legislativa no cargo de Assessora de Gabinete Parlamentar XIX’’, símbolo PLAP.07.19, com ganhos de R$ 7 mil.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Bloqueio de bens ‘enterra de vez’ André Puccinelli na Lama Asfáltica

Ex-governador teria recebido propinas de empresário para comprar livros de exclusividade da Gráfica Alvorada


Com o bloqueio total de bens, busca e apreensão em sua residência e diversas denúncias de irregularidades em contratos realizados durante a sua gestão, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) não pode mais negar que é o novo alvo da Operação Lama Asfáltica, conduzida pela Polícia Federal.

Sempre muito cauteloso, o peemedebista pouco entregou ‘o jogo’ durante as ligações interceptadas pelos investigadores. No máximo, revelou um possível recebimento da empresa Gráfica Jafar Ltda, também conhecida pelo nome fantasia Gráfica Alvorada. A referência ter um ‘bom alvorecer’ não passou despercebida.

Mas conforme a Polícia Federal se aprofundava nas investigações, todos os caminhos voltavam a apontar para o grande chefe de Mato Grosso do Sul. Assim o italiano foi flagrado em reunião ‘secreta’ no fim do mandato com o empresário João Alberto Krampe Amorim e também passeando no famoso avião ‘Cheio de Charme’.

O acúmulo de indícios de irregularidades culminou em ‘batida’ da PF, que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Puccinelli, em 10 de maio deste ano, e recolheu diversos documentos. Na ocasião, o ex-governador se apresentou voluntariamente para prestar esclarecimentos e até manteve o bom humor, dizendo que foi surpreendido em ‘roupas íntimas’.

Com o surgimento de novas provas, o MPF (Ministério Público Federal) conseguiu obter judicialmente o bloqueio de bens do peemedebista em ação que investiga desvio de recursos públicos na contratação da Gráfica Alvorada. A empresa recebeu R$ 13 milhões em aditivo realizado no dia 31 de dezembro de 2014, último dia de gestão do governo de Puccinelli.

Propinas
Áudios captados pela PF apontam que tanto o italiano quanto o ex-secretário-adjunto de fazenda, André Luiz Cance, e o proprietário da Proteco Construções Ltda, João Amorim, teriam recebido propinas do proprietário da Gráfica Alvorada, Mirched Jafar Junior, mais conhecido apenas como Junior, que também teve os bens bloqueados nesta quarta-feira (20).

Foto: Deivid Correia/Arquivo

Em ligação telefônica, realizada em 17 de dezembro de 2014, Cance pede que João Amorim empreste o “cheio de charme”, codinome para a aeronave do empresário, para que Junior viaje a Brasília, e destaca que o dono da gráfica seria o único disposto a cumprir o acordo, possivelmente o pagamento de propinas.

Em resposta, João Amorim garante que irá emprestar o avião desde que ele se responsabilize pelo combustível e ainda fala em “calote” dos demais envolvidos. Cance explica que ainda é possível receber o benefício, possivelmente a propina, mas não sabe se ela vai chegar até o dono da Proteco.

Boa Alvorada
Nas investigações, Cance é apontado como braço direito do ex-governador André Puccinelli e intermediário no recebimento de propinas. Em ligação interceptada pela Polícia Federal no dia 22 de dezembro de 2014, o peemedebista convoca uma reunião com o então secretário-adjunto para que “tenha uma boa alvorada”.

Segundo o MPF, Cance ligou para Junior, da Gráfica Alvorada, minutos depois e marcou um encontro para recebimento do dinheiro. Já no dia 26 de dezembro, Puccinelli cobrou os “documentos” da gráfica, que havia acabo de receber um reajuste milionário, para fazer a prestação de contas.

Uma quarta pessoa ainda não revelada também poderia estar envolvida, sendo que ela receberia parte do valor entregue ao ex-governador. O MPF considera que essa informação fica subentendida em conversa entre Cance e João Amorim, interceptada em 29 de dezembro de 2014.

O órgão de fiscalização também garante que Puccinelli tinha conhecimento da estrutura da organização e do seu modus operandi, contribuindo com as atividades ilícitas a partir do cargo que ocupava, inclusive intermediando pessoalmente a prorrogação de contratos que foram fraudados na origem e na execução.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Assim como Puccinelli, dono de gráfica teve R$ 43 milhões bloqueados

Eles são alvo da Operação Lama Asfáltica

O dono da Gráfica Alvorada, Micherd Jafar Junior, também teve os bens bloqueados devido ao mesmo motivo que atingiu o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB). Assim como no caso do peemedebista, o total bloqueado é de R$ 43 milhões, valor supostamente desviado conforme investigação da Operação Lama Asfáltica.
O pedido já havia sido feito a outros investigados, tanto que já vale para João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Elza Cristina Araújo dos Santos, Ana Paula Amorim Dolzan; Ana Lúcia Amorim, Renata Amorim Agnoletto, Tereza Cristina Pedrossian Cortada Amorim;., Edson Giroto, Flávio Henrique Garcia Scricchio, Rachel de Jesus Portela Giroto, Wilson Roberto Mariano de Oliveira, Mariano Mariane de Oliveira, André Luiz Cance, Ana Cristina Pereira da Silva, Evaldo Furrer Matos, Maria Wilma Casanova e Hélio Yudi Komyiama.

Bem como para as empresas Ase Participações e Investimentos Ltda; Kamerof Participações Ltda; Proteco Construções Ltda; Agropecuária Baia Participações Ltda; Idalina Patrimonial Ltda; Agropecuária Idalina Participações Ltda; Bosforo Participações Ltda e Raiz Participações Ltda.
A reportagem tentou falar com a defesa de Micherd, mas não conseguiu contato até a publicação desta matéria. Já Puccinelli (PMDB), não quis se pronunciar sobre o bloqueio de todos os seus bens proferido pela Justiça Federal na noite dessa terça-feira (19). De acordo com assessoria de imprensa, qualquer dúvida sobre o processo deve ser tirada com a defesa do peemedebista.
O advogado Renê Siufi reafirmou que vai entrar com recurso para reverter a situação o mais breve possível, porém não soube precisar data. “Estou examinando ainda. É um processo longo e o recurso tem que estar bem embasado. Não será hoje (quarta-feira), ainda não sei quando”, disse ao Jornal Midiamax.
Ele contou que a decisão partiu da juíza federal Monique Marchiolli Leite, da 3ª Vara Federal Especializada em Crimes de Lavagem de Dinheiro e o bloqueio inclui todos os bens de Puccinelli incluindo carros e dinheiro em conta, devido às investigações da Operação Lama Asfáltica. 
Alvorecer - O ex-governador manteve contratos milionários com a Gráfica Alvorada. Em 2011, ele comprou no local 102 mil exemplares do livro “Tosco”, ao custo de R$ 3,6 milhões. Em outra ocasião, gastou R$ 870 mil sem licitação para comprar livros didáticos. Em 2013, foram dois contratos de R$ 2,2 milhões e de R$ 2,9 milhões para compra de livros.
No fim da gestão de Puccinelli, exatamente no dia 31 de dezembro, foram pagos R$ 13 milhões para a gráfica, por “serviços gráficos prestados”. Durante a Operação Lama Asfáltica, o juiz federal Dalton Igor Kita Conrado ressaltou que o peemedebista foi citado por duas interceptações onde o secretário adjunto da Fazenda, André Luiz Cance, falava sobre a “alvorada e alvorecer”, que seria, segundo a Polícia Federal, referente a contrato com a Gráfica Alvorada, firmado no final da gestão dele.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Lama Asfáltica: Justiça federal determina bloqueio de bens de Puccinelli

Advogado do ex-governador confirmou a informação


A 3ª Vara da Justiça Federal determinou o bloqueio de bens do ex-governador André Puccinelli (PMDB), por improbidade administrativa em processo que entrou na esfera federal em maio deste ano, mês que foi realizada a segunda fase da Operação Lama Asfáltica. "Improbidade administrativa - atos administrativos - direito administrativo e outras matérias do Direito Público", diz o processo, que já se encontra na segunda instância.

O advogado do peemedebista, Renê Siufi afirmou ao TopMídiaNews que solicitou uma cópia do processo, já que o caso corre sob segredo de Justiça, mas confirmou o bloqueio na primeira instância. "Eu não consegui ter acesso ao arquivo e pedi uma cópia para a Justiça federal. Ainda não tomei conhecimento do caso, mas devo ter ele em mãos ainda hoje para verificar exatamente do que se trata".

Questionado sobre o valor que foi bloqueado do italiano, Renê destaca que ainda não tem conhecimento sobre o que e quanto de fato foi bloqueado. A decisão é da 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, e seria assinada pela juíza federal Monique Marchioli Leite.

A defesa de André confirma que o bloqueio faz parte das investigações da segunda fase Operação Lama Asfáltica - Fazendas de Lama, já que a juíza  3ª Vara Federal de Campo Grande, Monique Marchioli Leite, determinou o desmembramento individual do processo da segunda fase da operação na esfera federal.

De acordo com o despacho, a magistrada argumenta que devido o pedido de vistas do ministério Público Federal aos autos para análise do pedido de liberdade provisória dos investigados que tiveram a prisão preventiva decretada na semana passada e pedido de vistas feito Pela Polícia Federal.

 “Considerando o número de investigados, dentre os quais há presos, outros em regime domiciliar e soltos, e a complexidade da operação, revela-se conveniente para as investigações e, posteriormente, à instrução probatória de eventual ação penal, o desmembramento do inquérito, com fulcro no artigo 80 do Código de Processo Penal, de forma individualizada para cada investigado”, cita.

Nos documentos apurados durante as investigações da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União,Puccinelli é chamado de “chefão” e “ex-chefão”, demonstrando que mesmo fora do governo, mantinha influência e contatos dentro da Agesul.

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do ex-governador, onde recolheu duas mochilas com documentos diversos. Puccinelli se apresentou para depor espontaneamente na Sede da Polícia Federal. A motivação para o mandado foi contrato assinado entre o Governo do Estado e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em 2012.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Na mira da PF, Puccinelli teria fazenda em Bonito em nome de afilhada política


Suposta laranja do ex-governador possui rebanho de gado com iniciais do 'chefe'

Um dos sete pecados capitais, a vaidade pode ser o calcanhar de Aquiles de poderoso e, até agora, considerado ‘intocável’ político sul-mato-grossense. Marca encontrada em animais de uma fazenda localizada em Bonito lembram muito as iniciais de ex-governador atolado em investigações da Polícia Federal. 


Brand
O ‘AP’ gravado na pele dos animais poderia ser assinatura de muita gente, não fosse um detalhe intrigante: o rebanho teria ‘residência fixa’ em propriedade de afilhada política do ex-governador André Puccinelli (PMDB). Durante visita à sede da Polícia Federal, o peemedebista já se adiantou e garante que não possui laranjas. Comprovar se ele está falando a verdade ou blefando, isso é história para outro dia.

Lembrando
O uso de fazendas para a lavagem de dinheiro de suposto esquema de fraude em obras públicas seria tão importante que batizou a 2ª Fase da Operação Lama Asfáltica: Fazendas de Lama. Além da prisão de 15 investigados, que aos poucos deixam as celas para responder em liberdade, outro ponto interessante da nova investida da Polícia Federal está na rede familiar criada entre os suspeitos.

Corleone
Edson Giroto levou para o ‘xilindró’ consigo a esposa, Rachel Rosa, e o cunhado Flávio Henrique Garcia. João Amorim levou as três filhas, Ana Paula, Ana Lúcia e Renata, além da secretária e sócia, Elza Cristina. Já Beto Mariano levou a filha, a médica Mariane de Oliveira enquanto André Cance carregou a ex-esposa Ana Cristina Pereira, e um dos sócios, o ex-superintendente de Rio Negro Evaldo Furrer Matos. Apenas Maria Vilma e Hélio Yudi Komiyama entraram ‘sozinhos’ na fria.

Obstáculos
A agenda de maio, em Campo Grande, da Caravana da Saúde deve finalizar a primeira etapa do serviço itinerante realizado pelo Governo do Estado. O motivo? O início da corrida eleitoral, que já quase impediu a instalação do serviço na Cidade Morena. A gestão tucana quer evitar o uso eleitoral das conquistas da secretaria, que tem sido usada em gestões passadas como palanque de chefes do Executivo com baixa aprovação no interior de Mato Grosso do Sul.

Esperança
A boa notícia é que a Secretaria de Saúde estuda fazer uma segunda etapa do programa logo no início de 2017, que ampliar os serviços para atender outras demandas reprimidas como as cirurgias de retina e glaucoma, que não são realizadas na Caravana. Assim como agora, a reestruturação dos hospitais do interior também deve ser prioridade.

Mudanças
Ex-secretário-adjunto de Saúde, o vereador Lívio Viana (PSDB) não conseguiu deixar o trabalho no órgão executor de lado. Mesmo sem nomeação oficial, ele continua atuando nos bastidores com sugestões de projetos e intermediando conversas entre o município e seu ex-chefe, Nelson Tavares. Ele evita falar sobre o assunto, mas a saudade de estar do outro lado é evidente.

Difícil Acreditar
Apesar do nome polêmico, a frente parlamentar de Defesa da Vida e Contra o Aborto deve evitar a discussão sobre o direito da mulher sobre o próprio corpo. Pelo menos é o que garante Lívio Viana. Segundo ele, a intenção é debater melhores condições de acompanhamento da maternidade já que Mato Grosso do Sul possui índices de mortalidade materna comparável a países africanos com baixíssimo desenvolvimento. Vamos aguardar.

Devassa
A prefeitura de Cassilândia está no alvo do Ministério Público Estadual. Nesta semana, o município recebeu diversas recomendações. Entre elas, que “seja efetuado imediatamente o repasse das verbas do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) à instituição privada e filantrópica de educação especial Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) Centro Educacional Raio de Sol”.

Perigo
Se não ficar atento, o gestor municipal pode ser responsabilizado por improbidade administrativa. Departamento de Trânsito e a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) em Cassilândia também devem obedecer às solicitações do órgão se não quiserem responder a ação civil pública. MPE requisitou adequação dos espaços físicos e respeito aos portadores de deficiência e idosos nos dois locais.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Polícia Federal cumpre 15 mandados de prisão e faz batida na casa de Puccinelli

Operação está sendo deflagrada na Capital e no interior

A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (9) 15 mandatos de prisão em desdobramento da segunda fase da Operação Lama Asfáltica. Os mandados estão sendo cumpridos em Campo Grande, Rio Negro/MS, Curitiba, Maringá, Presidente Prudente e Tanabi/SP.
Dentre os mandados de prisão que devem ser cumpridos nesta terça-feira (9) estão André Luis Cance, ex-secretário adjunto da fazenda, João Amorim proprietário da Proteco e Edson Giroto ex-secretário de obras do Estado.
A Polícia Federal chegou ao apartamento do ex-governador André Puccinelli pouco depois das seis horas da manhã desta terça-feira (9). Ainda não há informações sobre a operação.
A organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais, atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolvem mais de R$ 2 bilhões.
A gestão de Puccinelli é investigada pelo Ministério Público Estadual, Polícia Federal e Controladoria-Geral da União. Há suspeita de desvios milionários na gestão de Puccinelli, que aconteceriam em superfaturamento de Obras e favorecimento a empresas em licitação.
Em dezembro a reportagem também conversou com o delegado regional de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Cléo Mazzotti, que garantiu trabalho efetivo.  “Não vamos ficar agindo de forma midiática, pedindo prisão, para no dia seguinte a pessoa estar solta e não atendendo ao anseio da população”, disse o delegado, ressaltando que a Polícia Federal tem compromisso com a condenação, o que necessita de medidas embasadas.
O delegado disse entender o anseio grande da população para ver os mais poderosos presos, como acontece na Operação Lava Jato, mas ponderou que na investigação não há compromisso com prisão de alguém específico.
“Para nós não tem x ou y. O que importa é a condenação de quem fez um eventual crime e que temos que comprovar”, justificou. Sobre o prazo para término, Mazzotti garante que não há preocupação, visto que o inquérito segue desde 2013 e demanda de um amplo trabalho.
A Força-Tarefa do MPE chegou a prender protagonistas da gestão de Puccinelli. O  juiz Carlos Alberto Garcete decretou prisão temporária, por cinco dias, de nove investigados na Operação Lama Asfáltica. Todos eram líderes da gestão do PMDB e ligados a secretaria de Obras do Estado.
Na ocasião foram detidos o ex-deputado federal Edson Giroto (PR), João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, , Elza Cristina Araújo dos Santos,  Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, 

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Puccinelli não será candidato a prefeito de Campo Grande

Waldemar Gonçalves
Lavando as mãos – O ex-governador André Puccinelli não é candidato a prefeito de Campo Grande pelo PMDB este ano. Qualquer conversa diferente desta é especulação ou perda de tempo. O peemedebista direciona seu empenho no processo eleitoral no interior de Mato Grosso do Sul, já de olho em 2018.
De olho em 2018 – A ideia de Puccinelli, nas eleições de 2016, é ajudar ao máximo a eleger aliados em várias prefeituras no Estado para ter em troca o apoio deles na disputa pela sucessão estadual. Voltar ao comando da Governadoria é a meta, portanto.
Situação crítica – Apontado por correligionários como nome mais forte para assumir a Prefeitura de Campo Grande, Puccinelli rejeita encarar a campanha por um motivo simples: acha que a situação da cidade é crítica e sem viés de recuperação em curto prazo. O sucessor de Alcides Bernal (PP) levará ao menos dois anos para consertar os estragos dos últimos anos, avalia o ex-governador.
Na vez – Dentro do PMDB, o projeto das eleições de 2016 ruma para cair nas mãos do deputado estadual Márcio Fernandes. Ele, inclusive, foi para o partido este ano já contando com a possibilidade de disputar a Prefeitura da Capital.
Costurando alianças – Outro nome que poderia representar o grupo do ex-governador é o da deputada federal Tereza Cristina (PSB). Algo que ela não quer. A opção, portanto, recai para Fernandes. Semana que vem, o deputado acompanha Puccinelli em Brasília, onde reuniões podem selar um acordo com outras legendas para o lançamento da candidatura do parlamentar em Campo Grande.
Estátua – Vereadores chegam aos bairros para vistoriar obras munidos de fotógrafos e equipe de filmagem para registrar deficiências no aparelhamento público. O número de profissionais de comunicação é sempre pelo menos o dobro em relação ao de parlamentares. Alguns fazem pose, caras indignadas, levantam o braço indicando as obras e ficam paradinhos, até que muitas fotos sejam tiradas.
Campanha, já? – Nesta quarta-feira, durante a ‘blitz’ semanal dos vereadores em bairros, um dos parlamentares colocou “cinquentinha” no bolso de um dos moradores, “para tomar uma pinguinha”.
Bate e assopra – O prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), tem tentado estreitar a relação com o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Mas, vira e mexe não se contém e dá uma cutucada. Nesta semana, disse ironicamente durante uma agenda pública: “não somos caravana. Aqui em Campo Grande promovemos saúde o ano todo”.
Benefícios ao interior – A ideia de regime de incentivo fiscal diferenciado para que cidades com orçamentos menores consigam atrair investimentos deve chegar em breve à Assembleia Legislativa. Para o deputado estadual Paulo Corrêa (PR), a proposta do governo estadual beneficiará localidades como Japorã, Corguinho ou Rio Negro, que poderão conseguir atrair indústrias com mais facilidade.
Emendas prontas – O líder do governo na Assembleia Legislativa, Rinaldo Modesto (PSDB), disse ontem que os parlamentares já fizeram as indicações de emendas. Resta agora que as prefeituras e entidades enviem suas documentações. “O governador vai assinar as emendas ainda nesse semestre em função da legislação eleitoral”, finaliza o tucano.
(com a redação)

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Puccinelli invade preferencial, bate em veículo de secretária e oferece 'carro reserva'

Acidente aconteceu em cruzamento da Afonso Pena

  • Foto: Luiz Alberto
  • Imagina você estar no seu carro, fazendo seu trajeto de todo dia, quando um veículo colide de frente com o seu e, na direção, está um dos políticos mais conhecidos do Estado. Foi o que aconteceu nesta segunda-feira com a secretaria Elsa Maffei, de 50 anos.
    Ela seguia pela Avenida Afonso Pena, por volta de 13h, quando o veículo que dirigia, um Honda Fit, foi atingido por um Fiat Uno vermelho, em cujo volante estava o ex-governador André Puccinelli, seguindo pela Espírito Santo. Puccinelli admitiu ter invadido a preferencial.
    A primeira reação de Elsa, ao descer do veículo, foi de admiração. Ela disse ter colocado as mãos na cintura e indagado: “Governador batendo no meu carro?” Ela estava a caminho de casa para almoçar.
    Puccinelli ficou no local, ofereceu-se para custear o estrago, na parte dianteira do veículo, e ainda disse que vai fornecer um carro emprestado para Elsa, segundo ele o da esposa, Beth Puccinelli.
    Indagado sobre o acidente, Puccinelli foi suscinto. “Quem cruza a preferencial sempre é o culpado, mas eu assumi essa culpa, desci e fiquei aqui para resolver”, disse.
    Na sequência, completou: “todo cidadão tem que resolver suas situações”.
    Ninguém ficou ferido. Por causa da colisão, duas pistas ficaram interrompidas e o trânsito ficou mais lento. Puccinelli deixou o local, mas um assessor ficou para resolver as pendências. Ele estava indo para um almoço com um amigo, que não ficou no local.
    Com a batida, o carro da secretária ficou com a parte dianteira parcialmente destruída, já o veículo do ex-governador teve a lateral amaçada, porém, sem muitos danos. 
    O Corpo de Bombeiros foi ao local, mas não precisou atender ninguém.

    quinta-feira, 10 de março de 2016

    Bernal e Puccinelli fazem disputa de selfies com população; advinha quem ganhou?

    Os rivais André Puccinelli e Alcides Bernal protagonizaram cena, no mínimo, inesperada em audiência no Juizado Especial de Campo Grande

    Os rivais André Puccinelli e Alcides Bernal protagonizaram cena, no mínimo, inesperada em audiência no Juizado Especial de Campo Grande. Antes de confronto judicial – em que Bernal acusa Puccinelli de calúnia – os dois disputavam a atenção da população que lotava o local, próximo do centro de Campo Grande. A competição ficou clara na quantidade de selfies tiradas pelo atual e ex-prefeito de Campo Grande, e teve direito até a provocações.

    Só contar
    O primeiro a dar aquela cutucada foi André Puccinelli. Abordado por diversas pessoas para a famosa moda, o italiano não perdeu a chance e provocou: "faz uma enquete para ver quantas pessoas tiraram selfie comigo e com o Bernal".

    Melhor não
    Mais tímido no dia, o prefeito radialista acabou perdendo a competição pela atenção do público no Juizado Especial, mas foi devidamente ‘recompensado’ em agenda pública. Mesmo administrando uma verdadeira ‘buracolândia’, Bernal foi cercado por fãs em visita a bairro da cidade, quando chegou até a ganhar presente. Um casal fez questão de entregar um Santo personalizado no México para o prefeito e adivinha o que estava escrito: "Santo Bernal”.

    Piadinha
    A entrega do Santo virou piada na boca pequena. “Só sendo milagreiro pra arrumar a cidade de Bernal e Olarte mesmo”.

    Novo destino
    Paulo Duarte ainda não confirma para qual sigla migrará após deixar o Partido dos Trabalhadores. Porém, importante nome do PDT regional crava: o prefeito de Corumbá é a ‘nova aquisição’ da sigla em Mato Grosso do Sul.

    Só ele
    Pelo andar da carruagem, o PT de Mato Grosso do Sul vai acabar tendo uma única liderança de peso até o fim da janela partidária: Zeca do PT. Grande nome da sigla regional, o hoje deputado federal volta ao passado, quando foi a ‘cara’ do partido por tantos anos. Mas, agora, não é por opção...

    Pizza?
    Termina nesta semana o prazo para a defesa dos envolvidos na Lama Asfáltica receber todos os documentos de acusação encaminhados pelo Ministério Público Estadual ao Tribunal de Justiça. A previsão de conhecedores é que agora a força-tarefa criada no MPE acabe com o trabalho mais do que travado.


    Sempre ela
    Assim como em Brasília, por aqui a esperança de quem luta contra corrupção é a mesma: a Polícia Federal. Porém, a instituição anda calada desde que explodiu a Lama Asfáltica, em junho do ano passado