Os policiais civis do Garras (Delegacia de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) já estão circulando pelas ruas de Campo Grande em busca de testemunhas do crime que resultou na morte de Alceu Bueno, ex-vereador pelo PSL. Câmeras de segurança de imóveis que ficam próximos ao local onde o corpo foi encontrado poderão ser o ponto chave das investigações a partir de agora.
Em coletiva de imprensa realizada na delegacia, a informação de que o corpo encontrado carbonizado na manhã desta quarta-feira (21) é mesmo do ex-político não foi confirmada, mas para o IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e familiares não há mais dúvidas. Um detalhe importante para o reconhecimento do corpo foi um pino que a vítima tinha no braço, implantado após uma fratura.
O delegado Edison Santos disse que ainda é necessário que o instituto realize exames de digital para que haja certeza absoluta. “Até o final do dia vamos ter uma posição mais concreta sobre isso, mas há coincidências que ligam o desaparecimento dele com itens encontrados, como o celular queimado e um distintivo que usava quando era vereador, parcialmente queimado também”, disse.
Para Santos, nenhuma possibilidade está descartada e a suspeita é de que a vítima não tenha sido morta no local. O veículo que era ocupado por Bueno, uma Land Rover, ainda não foi encontrada.
A filha do ex-vereador Thaisa Bueno, já depôs à Delegacia de Homicídios, localizada na Cepol (Centro de Polícia Especializada), na companhia da mãe e da advogada. Se for confirmada a identidade do corpo à delegacia, a família será chamada para depor novamente, desta vez ao Garras.
O caso
Uma pessoa foi encontrada com 98% do corpo carbonizado na Rua Avanhandava, no Parque dos Poderes. De acordo com o delegado titular da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga, Camilo Kettenhuber Cavalheiro, a vítima aparentava ser do sexo masculino, entre 30 e 40 anos.
Há indícios que Alceu tenha sido vítima de estrangulamento, uma vez, que o corpo estava com a língua protrusa (para fora). "Mas nós devemos trabalhar com todas as linhas de investigação, uma vez que pode ter sido um estrangulamento, ou uma desova, ou queimado", explica o delegado.
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