Governo do Estado rejeitou proposta de reajuste de 16,14% e só garante abono de R$ 200
A reunião do Governo do Estado com os representantes de sindicatos estaduais dos 45 mil servidores de Mato Grosso do Sul terminou, agora a pouco (11), sem acordo.
A reivindicação de reajuste salarial de 16,14% foi negada, com isso, os representantes ameaçam iniciar greve geral no dia 2 de maio, casos as negociações não melhorem. Por enquanto, o governo mantém a declaração oficial de abondo de R$ 200.
A vice-governadora, Rose Modesto, representou o governador do estado, Reinaldo Azambuja, para definir os novos rumos, durante reunião na Sad (Secretaria de Estado e Administração). “Não é por falta de vontade, vamos manter o diálogo com todas as categorias”, destacou.
O presidente do ABSSMS (Associação Beneficente dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul), Thiago Mônaco Marques, contou que a categoria fez sua solicitação, mas que a reunião foi apenas para ouvir as reivindicações. “É uma decepção. Nós, servidores, não queremos a greve, pois é um ponto extremo. Se não houver acordo, a saúde, segurança pública e administrativos podem parar”, desabafou.
Presidente do ABSS-MS, Thiago Mônaco. Foto: Geovanni Gomes
A intransigência do Governo preocupa sindicalistas. “O reajuste é importante. O abono não agrega o salário e pode ser cortado a qualquer momento”, complementa Jacilene Brandini da Sindafaz (Sindicato dos Servidores de Apoio à Administração Fazendária de Mato Grosso do Sul).
Presidente da Sindafaz, Jacilene Brandini - Foto: Geovanni Gomes.
O Estado alega que o motivo de não haver acordo é a questão econômica e a crise nacional. “Vamos manter o diálogo com cada categoria. Estamos agindo de forma transparente. Na próxima reunião, as categorias poderão ter um contraponto” destacou o secretario de administração do Estado, Carlos Alberto de Assis.
Secretario de administração do Estado, Carlos Alberto de Assis - Foto: Geovanni Gomes.
Já o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), André Santiago, fez questão de informar a possibilidade de paralisação. “O governo ouviu as categorias e foi pressionado pelos sindicalistas. Hoje, os dois lados foram apresentados. Cada um falou o que achava. Em minha opinião, a greve é unificada, tem que ter negociação”, destacou.
Presidente do Sinsap, André Santiago - Foto: Geovanni Gomes.
Haverá outra rodada de negociações. A princípio, a reunião já está marcada para a próxima segunda-feira (18), às 9h, no Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
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