segunda-feira, 16 de outubro de 2017

IDENTIDADE DE GÊNERO E SEXUAL - SAIBA AS DIFERENÇAS

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   A adolescência é o período que corresponde ao momento de transição da criança para o adulto. Este período abrange a faixa etária dos 12 aos 19 anos aproximadamente; é a fase em que o crescimento físico está se completando. O jovem amadurece sexualmente e começa a estabelecer a sua identidade, separando-se de sua família. A puberdade ocorre durante os primeiros anos dessa fase, quando acontece a maturação sexual, transformando a criança biologicamente, tornando-se capaz de reproduzir. Esse período de crescimento físico é muito rápido e é acompanhado, além do desenvolvimento dos órgãos reprodutivos, também pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, como os seios nas meninas, barba no meninos e pêlos pubianos (ATKINSON, 2002).
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    A maior parte das culturas distingue masculino e feminino através de práticas em quase todas as atividades cotidianas. A cultura pode definir as características de personalidade que são socialmente adequadas. Os comportamentos adquiridos através da cultura, considerados como apropriados para seu gênero, corresponde à Tipificação Sexual, por exemplo, um homem pode ver-se como masculino, mas não evitar todos os comportamentos denominados como femininos. A identidade sexual é um dos elementos fundamentais da identidade geral, ela indica a percepção individual sobre o gênero que uma pessoa percebe para si mesma; já a identidade de gênero é a convicção íntima de cada um quanto ao sexo ao qual pertence (masculino/ feminino). O papel de gênero é a expressão da feminilidade ou masculinidade de cada um de acordo com as normas sociais estabelecidas; e orientação sexual é a preferência da pessoa para estabelecer vínculos amorosos (ATKINSON, 2002).
    Existem algumas teorias que explicam como adquirimos a Tipificação Sexual: psicanálise (Freud), aprendizagem social (Bandura), coginitiva-desenvolvimento (Kohlberg) e a teoria do esquema de gênero (Martin e Halverson).
    Segundo a teoria psicanalítica, as crianças começam a prestar atenção na parte genital do corpo por volta dos três anos, indicado por ele como uma das fases do desenvolvimento psicossexual (fase fálica). A criança se interessa pelo progenitor do sexo oposto e sente certa rivalidade pelo progenitor do mesmo sexo - o que Freud deu o nome de Complexo de Édipo devido à lenda grega de Édipo. Ao amadurecer, meninos e meninas resolvem este conflito ao se identificar com o progenitor do mesmo sexo, imitando seus comportamentos e internalizando suas atitudes, tentando ser como ele, surgindo assim a Tipificação Sexual (ATKINSON, 2002).
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    Na teoria da aprendizagem social, Bandura explica que nós adquirimos a Tipificação Sexual através de duas formas: da instrução direta, onde principalmente os pais (que são os primeiros modelos das crianças) estimulam com recompensas ou punição as crianças por terem um comportamento adequado ou não ao seu gênero. Uma outra maneira de aprender o comportamento sexual tipificado pode ser através da aprendizagem observacional, isto é, ao observar e imitar o progenitor do mesmo sexo, a criança adquire então o comportamento correspondente ao seu gênero. É como se a criança pensasse: sou tratado como menino, portanto, devo ser um menino (ATKINSON, 2002).
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    A teoria cognitivista-desenvolvimental foi desenvolvida pelo psicólogo Kohlberg e é baseada na teoria cognitiva de Piaget. Crianças de 2 anos podem identificar o sexo de um homem vestido de maneira estereotipada, mas elas não conseguem a mesma identificação de um "menino". Aos 2 anos e meio, quando a criança começa a criar uma consciência um pouco mais conceitual sobre gênero, entra então a teoria de Kohlberg. É o fato de comportar-se de acordo com a sua identidadede de gênero que faz com que a criança se comporte de maneira adequada, assumindo assim a Tipificação Sexual de si mesma e dos outros. Segundo essa teoria, dos 2 aos 7 anos de idade, a identidade de gênero vai se desenvolvendo de acordo com os estágios pré-operatórios que a criança vai atravessando, por exemplo, a característica pré-operatória da dificuldade de manter a identidade de um objeto ao ter sua aparência modificada é importante de ser considerada na formação do conceito de conservação de gênero. Para Kohlberg as crianças se socializam ativamente, não são instrumentos passivos da influência social. É como se a criança, neste caso, pensasse: sou um menino, então vou fazer tudo o que puder para descobrir como me comportar como um (ATKINSON, 2002).
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    A teoria do esquema de gênero pode ser denominada também como teoria do processamento da informação, ela descreve como os papéis de gênero podem se originar e persistir. Desenvolvida por Martin e Halverson, ela explica que a criança precisa estabelecer uma identidade de gênero básica que a motiva a aprender sobre os sexos. Ela precisa compreender que esquemas de gênero são conjuntos organizados de crenças sobre homens e mulheres; que os esquemas dentro e fora do grupo permitem a classificação de objetos, regras e comportamentos; e que os esquemas do próprio sexo são informações que ela precisa para que possa realizar os diferentes comportamentos (SHAFFER, 2005).
   
    É o desenvolvimento de uma identidade sexual que permite que o adolescente identifique-se como um ser sexual, reconheça sua própria orientação sexual e forme vínculos românticos ou sexuais. A consciência da sexualidade é um aspecto importante da formação da identidade, influenciando profundamente a autoimagem e os relacionamentos que ele venha a ter (PAPALIA, 2006).
    Por fim, a base para uma identidade de gênero adulta e preferências de papel de gênero estão ligados aos fatores biológicos que entram em cena na puberdade, época em que está ocorrendo a liberação de grandes quantidades de hormônios que estimulam o desenvolvimento do sistema reprodutor, consequentemente, aparecem os caracteres sexuais secundários mencionados no início e os desejos sexuais (SHAFFER, 2005).

Link:    

Referências:
ATKINSON, R. L. Introdução à Psicologia de Hilgard. 13. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
SHAFFER, D. R. Psicologia do Desenvolvimento: infância e adolescência. São Paulo: Tompson, 2005.
PAPALIA, D. E.; SALLY, W. O.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento humano. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Alunos:
Adriano Araújo de Melo (n. 01), Débora Sousa Postigo (n. 15), Hércules Pioli Jr (n. 53), Jenifer Banhato Dimambro (n. 23),


Ler mais: http://psicologiaeadolescencia.webnode.com.br/news/identidade%20de%20g%C3%AAnero%20e%20sexual/

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