quinta-feira, 20 de abril de 2017

Após suicídio de Servidora colegas de trabalho alertam sobre graves problemas de saúde enfrentados pelos profissionais da SESAU

Com a notícia de um suposto suicídio da técnica em enfermagem Maria Clara Sayd Bonfim, que foi encontrada morta no último sábado na UPA do Universitário, uma discussão sobre os problemas enfrentados pelos profissionais de saúde da Capital veio à tona. Os amigos da técnica contestam a versão de suicídio, mas assumem que ela era viciada em medicamentos e, por isso, aconteceu a morte. 
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“Não foi suicídio, ela era dependente química, era viciada em medicamentos e tinha acesso a eles, por ser profissional da área, sem contar que se tratava contra depressão e sentia muitas dores nas costas devido a uma cirurgia, por isso tomava muito remédio”, contou uma amiga, que pediu para não ser identificada. "Era uma profissional muito humana, amava o que fazia, era uma pessoa sensacional, mas tinha muitas dores e acabou ficando viciada", 
Entre os profissionais de saúde, a reclamação é que mesmo com os superiores sabendo dos problemas enfrentados pelos colegas, nada é feito para evitar tragédias como a de Maria Clara. 
“Já tínhamos retirado as morfinas da emergência por problemas com ela. Ela usava tudo e nesse caso foi supostamente fentanil. Não foi suicídio não, era o vício mesmo, já estava fora de controle”, contou um colega lamentando a morte precoce da mulher que tinha 34 anos. O fentanil é um potente analgésico derivado do ópio e tem poder viciante 80 vezes maior que a heroína. 
Segundo quem conviveu com a vítima “tirando o vício, ela era uma ótima profissional”. “Mas tinha acesso aos medicamentos, e isso foi fatal para ela”. 
Problemas psíquicos
Entre os que trabalham na área de saúde da Capital, em especial nos postos e UPAs o assunto rendeu indignação e um alerta para um problema maior. “Aqui no Tiradentes, uma técnica tomou um monte de medicamentos controlados e se cortou toda ontem, está aqui encaminhada para o Nosso Lar”, contou uma trabalhadora da rede. 
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Sesau (Secretaria de Saúde) e da  Prefeitura para questionar se há algum trabalho com profissionais de saúde que estão doentes, além dos números de servidores afastados para tratamento, porém até o fechamento desta matéria não havia sido enviada a resposta. 

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