sexta-feira, 13 de maio de 2016

Na mira da PF, Puccinelli teria fazenda em Bonito em nome de afilhada política


Suposta laranja do ex-governador possui rebanho de gado com iniciais do 'chefe'

Um dos sete pecados capitais, a vaidade pode ser o calcanhar de Aquiles de poderoso e, até agora, considerado ‘intocável’ político sul-mato-grossense. Marca encontrada em animais de uma fazenda localizada em Bonito lembram muito as iniciais de ex-governador atolado em investigações da Polícia Federal. 


Brand
O ‘AP’ gravado na pele dos animais poderia ser assinatura de muita gente, não fosse um detalhe intrigante: o rebanho teria ‘residência fixa’ em propriedade de afilhada política do ex-governador André Puccinelli (PMDB). Durante visita à sede da Polícia Federal, o peemedebista já se adiantou e garante que não possui laranjas. Comprovar se ele está falando a verdade ou blefando, isso é história para outro dia.

Lembrando
O uso de fazendas para a lavagem de dinheiro de suposto esquema de fraude em obras públicas seria tão importante que batizou a 2ª Fase da Operação Lama Asfáltica: Fazendas de Lama. Além da prisão de 15 investigados, que aos poucos deixam as celas para responder em liberdade, outro ponto interessante da nova investida da Polícia Federal está na rede familiar criada entre os suspeitos.

Corleone
Edson Giroto levou para o ‘xilindró’ consigo a esposa, Rachel Rosa, e o cunhado Flávio Henrique Garcia. João Amorim levou as três filhas, Ana Paula, Ana Lúcia e Renata, além da secretária e sócia, Elza Cristina. Já Beto Mariano levou a filha, a médica Mariane de Oliveira enquanto André Cance carregou a ex-esposa Ana Cristina Pereira, e um dos sócios, o ex-superintendente de Rio Negro Evaldo Furrer Matos. Apenas Maria Vilma e Hélio Yudi Komiyama entraram ‘sozinhos’ na fria.

Obstáculos
A agenda de maio, em Campo Grande, da Caravana da Saúde deve finalizar a primeira etapa do serviço itinerante realizado pelo Governo do Estado. O motivo? O início da corrida eleitoral, que já quase impediu a instalação do serviço na Cidade Morena. A gestão tucana quer evitar o uso eleitoral das conquistas da secretaria, que tem sido usada em gestões passadas como palanque de chefes do Executivo com baixa aprovação no interior de Mato Grosso do Sul.

Esperança
A boa notícia é que a Secretaria de Saúde estuda fazer uma segunda etapa do programa logo no início de 2017, que ampliar os serviços para atender outras demandas reprimidas como as cirurgias de retina e glaucoma, que não são realizadas na Caravana. Assim como agora, a reestruturação dos hospitais do interior também deve ser prioridade.

Mudanças
Ex-secretário-adjunto de Saúde, o vereador Lívio Viana (PSDB) não conseguiu deixar o trabalho no órgão executor de lado. Mesmo sem nomeação oficial, ele continua atuando nos bastidores com sugestões de projetos e intermediando conversas entre o município e seu ex-chefe, Nelson Tavares. Ele evita falar sobre o assunto, mas a saudade de estar do outro lado é evidente.

Difícil Acreditar
Apesar do nome polêmico, a frente parlamentar de Defesa da Vida e Contra o Aborto deve evitar a discussão sobre o direito da mulher sobre o próprio corpo. Pelo menos é o que garante Lívio Viana. Segundo ele, a intenção é debater melhores condições de acompanhamento da maternidade já que Mato Grosso do Sul possui índices de mortalidade materna comparável a países africanos com baixíssimo desenvolvimento. Vamos aguardar.

Devassa
A prefeitura de Cassilândia está no alvo do Ministério Público Estadual. Nesta semana, o município recebeu diversas recomendações. Entre elas, que “seja efetuado imediatamente o repasse das verbas do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) à instituição privada e filantrópica de educação especial Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) Centro Educacional Raio de Sol”.

Perigo
Se não ficar atento, o gestor municipal pode ser responsabilizado por improbidade administrativa. Departamento de Trânsito e a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) em Cassilândia também devem obedecer às solicitações do órgão se não quiserem responder a ação civil pública. MPE requisitou adequação dos espaços físicos e respeito aos portadores de deficiência e idosos nos dois locais.

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