sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Junto com a disputa pela prefeitura, Marquinhos e Rose lutam por maioria na Câmara Municipal

O próximo prefeito de Campo Grande ainda  não foi definido pelo eleitor. Mas, além da principal cadeira no Paço Municipal, os dois candidatos deste segundo turno - Marquinhos Trad (PSD) e Rose Modesto (PSDB) - disputam também a maioria na Câmara Municipal.
Na teoria, os tucanos levam vantagem, já que conseguiram, pela coligação, eleger 15 dos 29 vereadores de Campo Grande. Marquinhos Trad e seu grupo de partidos elegeram apenas seis legisladores. Se eleita, a tendência é que Rose tenha mais tranquilidade. Porém, após as brigas com Alcides Bernal (PP), a Câmara Municipal não demonstra, nem nos novos eleitos, uma tendência de confronto com o próximo chefe do Executivo.
A relação entre legislativo e executivo é de fundamental importância para ambos os lados. A boa relação gera a aprovação de projetos de interesse da população e é chamada pelos cientistas políticos de 'governabilidade'.
Porém, nos últimos quatro anos, o prefeito Alcides Bernal (PP) não manteve uma boa relação com a Casa de Leis e sentiu na pele o que é ter o plenário da Câmara contra sua administração. O pepista chegou a ser cassado pelo parlamento, em 2014, e chegou a pedir até um segundo processo de deposição, neste ano. Os vereadores aprovaram medidas que 'secaram' o caixa do prefeito, entre eles o cancelamento de multas de trânsito e a cobrança da taxa de iluminação pública.
O fator maioria na Câmara faz diferença, e muito. Na eleição passada, Edson Giroto (PMDB) teria extrema facilidade para governar do que o atual, visto que a coligação dele elegeu 21 dos 29 legisladores. 
Foto: Geovanni Gomes/André de Abreu
Apenas oito vereadores não pertencem às coligações de Rose e Marquinhos e foram eleitos, em sua maioria, por partidos que não colocaram representante para concorrer à prefeitura, entre eles Paulo Siufi e Dr. Loester, do PMDB. 
Na atual gestão, Bernal só teve ao lado os vereadores Cazuza (PR), Luiza Ribeiro (PPS), Paulo Pedra, então no PDT, e Alex do PT. Este último por tempo determinado.
Maioria
Somente em seu partido, o PSDB, a candidata Rose elegeu sete vereadores. André Salineiro; João Rocha;Júnior Longo; João César Mattogrosso; Delegado Wellington; Antonio Cruz e Dr. Lívio. Embora, após o primeiro turno, a candidata tucana tenha recebido apoio dos derrotados Coronel Davi (PSC) e Athayde Neri (PPS), estes dois não elegeram vereadores nessa eleição. 

Foto: Geovanni Gomes
Marquinhos fez em seu partido, o PSD, os vereadores Chiquinho Telles e Enfermeiro Fritz. Na coligação tem mais quatro: Pastor Jeremias (PT do B); William Maksoud Neto (PMN); Vinícius Siqueira (DEM) e Otávio Trad (PTB). Porém, caso seja eleito e mantenha sua aliança com Alcides Bernal e o Partido Progressista, anunciada no último sábado (8), ele terá também o apoio de Dharleng Campos (PP); Valdir Gomes (PP) e Cazuza (PP).  Há ainda a possibilidade da Enfermeira Cida Amaral apoiar Trad, visto que o candidato a prefeito derrotado, Aroldo Figueiró é do PTN, mesmo partido de Cida. 
Entre os candidatos derrotados nas eleições do dia, dois já declararam apoio a Marquinhos Trad. São eles: Adalton Garcia (PRTB), Elizeu Amarilha (PSDC) e Lauro Davi (PROS), todos sem representação na Câmara Municipal.   
O candidato Alex do PT manteve neutralidade e não vai apoiar ninguém nesse segundo turno, assim como Rosana Santos (PSOL), Arce (PCO) e Suél Ferranti (PSTU). 
O segundo turno das eleições acontece dia 30 de outubro, domingo. 

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