Na comparação dos dados oficiais entre 2012 e 2016, vereadores de Campo Grande conseguiram aumentar, e muito, o patrimônio pessoal. Alguns chegaram a ter forte evolução, de mais de 200%, mesmo no atual momento de crise econômica nacional. E o enriquecimento não escolhe partido, é praticamente geral na Câmara Municipal.
Um exemplo: Edson Shimabukuro, do PTB. Em 2012, o atual candidato havia declarado patrimônio no valor de R$ 825,451,02 mil. Em 2016, o valor disparou para R$ 1.878.808,88 milhão. Os valores estão em fundo de investimentos, aquisição de imóveis e veículos, além da aplicação na poupança.
Outro, o vereador Edil Albuquerque, do PTB, também apresentou ganhos consideráveis. Em 2012, Edil havia declarado patrimônio no valor de R$ 1,4 milhão. Neste ano, o valor foi de R$ 2,05 milhões. Entre os bens registrados está um apartamento adquirido no Solar das Flores, Jardim dos Jatobás, cujo o valor declarado de aquisição é de R$ 175,7 mil. Porém, o valor de mercado atualmente gira em torno de R$ 750 mil.
Outra que apresentou evolução patrimonial, foi a vereadora Carla Stephanini, do PMDB. Em 2012, Carla declarou um patrimônio no valor de R$ 378,4 mil e que saltou para R$ 830,9 mil, em 2016. No entanto, um detalhe chama atenção na declaração de bens. Dois imóveis declarados, ambos localizados em um dos endereços mais sofisticados em Campo Grande.
Os imóveis ficam na Rua Euclides da Cunha e foram declarados respectivamente, no valor de R$ 45 mil e R$ 70 mil. Um seria um estabelecimento comercial e outro, uma residência. Em busca rápida por meio de corretoras, um imóvel para compra e venda no Bairro Jardim dos Estados, custa em torno de R$ 520 mil a R$ 3,2 milhões. Para alugar, no mesmo bairro, o aluguel varia entre R$ 2 mil a R$ 10 mil.
De casa financiada pela Caixa Econômica, em 2012, na Vila Carlota, o milionário em 2016. O médico Lívio Viana, do PSDB, apresentou elevação patrimonial considerável em quatro anos. O vereador assumiu a cadeira de Delei Pinheiro, do PSD, que foi cassado em dezembro de 2015.
Em 2012, quando permaneceu como suplente de Delei, o atual presidente municipal do PSDB, havia declarado patrimônio no valor de R$ 620,7 mil, entre os bens, estava uma casa financiada pela Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 66,7 mil naquele ano e que neste foi declarada em R$ 221,1 mil. Atualmente, o patrimônio declarado pelo parlamentar foi R$ 1,1 milhão em 2016, incluindo aquisição de imóveis em João Pessoa e Pitambu, no Estado da Paraíba. Logo que assumiu a vaga, Lívio afirmou que abriria mão de seu salário como vereador e que doaria a entidades filantrópicas.
A reportagem entrou em contato com a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul, que recentemente criou uma comissão para acompanhar o processo eleitoral de 2016. Conforme o presidente da instituição, Mansour Elias Karmouche, explicou que apesar de um parlamentar declarar o valor do imóveis abaixo do preço de mercado, não estaria cometendo nenhum tipo de infração.
"Na realidade, a Receita Federal não permite que a pessoa mude o valor de aquisição de imóveis. Às vezes, a pessoa comprou um imóvel no valor de R$ 15 mil a muitos anos, com isso, não é possível mudar o valor para quanto o imóvel custaria hoje. Mas é isso que nós estamos questionando, mas por hora, não há nada de ilegal ou ato de sonegação", explicou.
Evolução mais simples
Por outro lado, há outros vereadores que apresentaram evolução mais singela, por exemplo, o vereador Coringa, do PSD; em 2012 havia declarado patrimônio no valor R$ 82 mil, e em 2016, saltou para R$ 189,1 mil. Chiquinho Telles, do mesmo partido, havia declaro patrimônio no valor de R$ 37 mil e com a evolução foi para R$ 146,5 mil.
Por outro lado, há outros vereadores que apresentaram evolução mais singela, por exemplo, o vereador Coringa, do PSD; em 2012 havia declarado patrimônio no valor R$ 82 mil, e em 2016, saltou para R$ 189,1 mil. Chiquinho Telles, do mesmo partido, havia declaro patrimônio no valor de R$ 37 mil e com a evolução foi para R$ 146,5 mil.
O vice-presidente Flávio César, do PSDB, havia declaro em 2012, R$ 325 mil, e em 2016, ficou em R$ 385 mil. A vereadora Luiza Ribeiro, do PPS, o valor apresentado em 2012, foi de R$ 98 mil. Em 2016, o valor passou para R$ 245 mil. Otávio Trad, do PTB, de R$ 193,6 mil, em 2012, passou para R$ 293,6 mil em 2016.
José Chadid, do PSDB, saiu de R$ 34,4 mil em 2012, para R$ 375,8 mil em 2016. Um detalhe é que só em jóias, obras de artes e objetos de antiguidade, o parlamentar declarou R$ 78,2 mil.
Redução patrimonial
Por outro lado, a quem apresentou queda na evolução patrimonial, como por exemplo, o presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha, do PSDB, o mesmo apresentou em 2012, patrimônio de R$ 394,7 e a redução foi de R$ 234,5 mil, em 2016.
Por outro lado, a quem apresentou queda na evolução patrimonial, como por exemplo, o presidente da Câmara Municipal, vereador João Rocha, do PSDB, o mesmo apresentou em 2012, patrimônio de R$ 394,7 e a redução foi de R$ 234,5 mil, em 2016.
Outra foi a vereadora Magalli Picarelli, do PSDB. Em 2012, a parlamentar havia declarado patrimônio de R$ 1,5 milhão e em 2016, o valor apresentado foi de R$ 540 mil. O vereador Francisco Luis Saci, do PTB, também havia declaro em 2012, patrimônio no valor de R$ 47 mil, sendo uma casa financiada e neste, declarou ausência de bens. Por fim, tanto em 2012 quanto em 2016, o vereador Roberto Durães, do PSC, declarou ausência de patrimônio.
Dos atuais 29 vereadores, 25 disputam a reeleição neste ano.
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