Prefeitura será investigada por cortar ponto de professores e administrativos
A prefeitura de Campo Grande será investigada por cortar ponto e descontar salários de professores e administrativos que realizaram greve no primeiro semestre do ano. As informações são do vereador Eduardo Romero (Rede), autor da denúncia.
Segundo o parlamentar, o prefeito Alcides Bernal (PP) está agindo com revanchismo contra as categorias que reivindicaram seus direitos. “Tem cozinheira que ganha um salário mínimo e está tendo o salário cortado pelos dias de greve”, revelou.
Romero recebeu diversas denúncias de funcionários do município que tiveram o cartão de ponto cortado e enviou ofício solicitando apoio para o Ministério Público Estadual em 25 de maio.
Nesta segunda-feira (1), o MPE transformou a denúncia em procedimento preparatório que será coordenado pelo promotor Fernando Martins Zaupa, da 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social.
Quando as denúncias surgiram, em abril, os servidores denunciaram que as folhas de ponto estavam sendoentregues juntamente com o termo “paralisação” na Semed (Secretaria Municipal de Educação), mas o portal do servidor registrava os dias como falta.
Romero enfatiza que a greve foi considerada legal pela Justiça, então os dias de paralisação não poderiam ser descontados dos salários dos servidores. O mesmo teria ocorrido com os servidores da área de saúde.
Em junho, o Sisem (Sindicato dos Funcionários e Servidores Municipais de Campo Grande) entrou com uma ação na Justiça contra os descontos na folha de pagamento de servidores que aderiram a paralisação para pressionar reajustes salariais.
Com o corte de ponto em dias paralisados, funcionários chegaram a receber quantias como R$ 2,57 e R$ 15,14. O valor médio de desconto foi de R$ 430, conforme comprovado em 44 holerites anexos ao documento encaminhado à Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.
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