Depois de análise e sob promessa manifesto por parte da família, que já até tinha marcado de ir às ruas neste sábado (07), para clamar pela prisão do ex-PRF, Hyun Su Moon (47), que tinha recebido liberdade provisória apesar de ser réu confesso do assassinato do empresário Adriano Correia do Nascimento (33), no último sábado (31), após briga no trânsito, na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande.
Após toda essa confusão o MPE (Ministério Público Estadual) pediu na manhã desta quarta-feira (04), à Justiça que seja decretada a prisão preventiva do ex-policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, na ocasião, o policial chegou a ser preso, mas foi solto no dia seguinte (1º de janeiro).
Assinado pelos três promotores de plantão, o pedido afirma que decisão de libertar Ricardo não foi “acertada”. De acordo com o MPE, a prisão preventiva se justifica porque foi comprovada a materialidade e autoria, o crime é doloso e possui pena máxima superior a quatros anos e que a prisão é necessária à ordem pública.
O Ministério Público alega que o caso teve circunstâncias especialmente graves e cita fatos que não podem ser “desprezados”. Como Ricardo ser um policial, portanto com dever legal de proteger os cidadãos e que, por ser da PRF, tem um dos treinamentos mais rígidos dentre as forças policiais.
Os promotores também afirmam que não é desprezível o fato de ter sobrado, conforme relato dos policiais militares, apenas quatro munições intactas na pistola. A capacidade da arma é de 16+1, ou seja, 16 munições do carregador e uma na própria arma, pronta para o disparo. Para o Ministério Público, a prisão preventiva é necessária para evitar ameaça a testemunhas ou influência na produção de provas.
“É que, há fortes indícios de que o requerido, por si só e também com o auxílio de outrem inovou artificiosamente o estado de coisa e pessoa, a fim de induzir os órgãos de segurança a erro, bem como obteve tratamento privilegiado pelo Poder Público”.
Favorecido – Segundo o MPE, apesar do registro informar que Ricardo foi conduzido pela PM (Polícia Militar), ele compareceu à delegacia de forma espontânea, onde recebeu a voz de prisão em flagrante. Também é destacado que o crime foi às 5h40 e o depoimento do policial foi encerrado às 12h55. Para a promotoria, “indício de que houve atuação irregular”, em favor de Ricardo.
Coisa estranha e curiosa é de que em vídeos e fotos feitas por populares no momento do crime, o policial aparece de camiseta listrada e a calça da farda. Mas na delegacia já vestia farda completa. Ainda segundo o MPE, o preso deu versões fantasiosas. O pedido de prisão preventiva foi assinado pelos promotores João Meneghini Girelli, Bolivar Luis da Costa Vieira e Allan Thiago Barbosa Arakaki. A defesa alega legítima defesa para a conduta do policial.
No dia - O policial conduzia uma Mitsubishi Pajero e efetuou disparos contra uma Hilux. O condutor da caminhonete foi atingido, perdeu o controle da direção e o veículo atingiu um poste de iluminação pública.
Duas pessoas que estavam na caminhonete com a vítima ficaram feridas e foram socorridas. Segundo relato de uma mulher que chegou ao local logo após os disparos e acidentes, o policial desceu com a arma em punho e discutiu com o rapaz baleado. Ela não quis se identificar.
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