Pode-se dizer que o ano de 2016 não foi bom para o casal, Gilmar e Andreia Olarte, personalidades da política campo-grandense que estamparam em peso os principais noticiários policiais do Estado e do País. O casal foi preso após a operação denominada Pecúnia identificar irregularidades cometida pela dupla.
No dia 15 de agosto deste ano, Olarte e Andreia foram presos na sua residência, alvos da Operação do Gaeco. Essa foi a terceira operação em que Gilmar Olarte enfrentava em menos de dois anos, a sua segunda prisão, e primeira de Andreia.
O Gaeco chegou até ao casal após os agentes analisarem o sigilo bancário de Andreia Olarte, entre os anos de 2014 e 2015, período em que Olarte comandava a prefeitura de Campo Grande. Na ocasião, a ex-primeira-dama adquiriu vários imóveis, em nome de terceiros. A compra era incompatível com a renda do casal e paga em volumes alto, sendo em dinheiro vivo, transferências bancárias e ou ainda via depósito. Tudo isso, acabou chamou a atenção das autoridades.
Durante a investigação, o Gaeco apontou o corretor de imóveis, Ivamil Rodrigues de Almeida, considerado como braço-direito de Andreia e Olarte, e do comerciante Evandro Farinelli, que forneceu o próprio nome e o da esposa para ser laranja do casal.
No momento em que o casal foi preso, Andreia deixou a residência 'aos gritos', afirmando que se tratava de uma perseguição política. Na época, a mesma pretendia registrar a candidatura para disputar a vereança da Capital, pelo PROS. A qual meses depois, o casal foi desligado do partido. Ambos ficaram presos por 42 dias e foram soltos, após pagar fiança. O advogado Jail Azambuja deixou o caso recentemente.
Andreia ao deixar a residência. A imagem viralizou e chegou a ser 'meme' na internet. Foto: Geovanni Gomes.
Manobra jurídica
Para tentar se livrar de uma eventual condenação e ganhar mais tempo, inclusive, nas outras investigações que tramitam na Justiça. Gilmar Olarte que assumiu a prefeitura a qualquer preço, teve que abrir mão dela, justamente para salvar-se de eventual condenação na Justiça.
Com data de 6 setembro de 2016, mas só divulgado no dia 8 do mesmo mês, ainda preso, Olarte renunciava ao cargo que tanto almejou. Por meio do advogado Jail Azambuja, comunicava à Câmara Municipal, a sua renúncia a prefeitura de Campo Grande. O comunicado trazia a seguinte mensagem.
"Gilmar Antunes Olarte, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Execelência, RENUNCIAR, para todos os fins de direito, ao mandato para qual foi eleito no ano de 2012, e vice-prefeito e, por consequência, ao de Prefeito, no qual tomou posse no dia 13 de março de 2014, por força da cassação do então prefeito eleito", que foi entregue ao presidente da Casa de Leis, vereador João Rocha, do PSDB.
Após a renúncia, o ex-prefeito que antes tinha foro privilegiado, teve os processos remetidos à Justiça Comum, ganhando assim, mas tempo juridicamente. No dia 27 de setembro, depois de pagar fiança de R$ 30 mil, dinheiro obtido por meio de 'vaquinha' de amigos, o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, revogou a prisão preventiva, mas colocou restrições.
O casal que permaneceu 42 dias preso, teve que utilizar tornozeleiras eletrônicas e estão proibidos de deixar a Capital. Eles ainda tiveram que entregar os passaportes à Justiça. O magistrado também impediu que ambos tivessem qualquer contato com os outros envolvidos no esquema. E o caso segue tramitando na Justiça estadual.
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