Ruiter Cunha é réu em ação judicial por participação em quadrilha que manipulava margens consignáveis de servidores
O ex-prefeito de Corumbá pelo Partido dos Trabalhadores, Ruiter Cunha de Oliveira presta depoimento nesta quarta-feira (27), no fórum do município pantaneiro, distante 444 quilômetros de Campo Grande, para prestar esclarecimentos sobre seu possível envolvimento em escândalo que ficou conhecido como a máfia dos consignados.
Ele é réu em ação judicial por participação em quadrilha que assediava funcionários públicos e manipulava margens consignáveis de servidores para a obtenção de empréstimos junto à Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Assim como outros envolvidos, o ex-prefeito teve os bens bloqueados por decisão judicial.
De acordo com o portal Correio de Corumbá, as investigações, que foram conduzidas pela Polícia Federal, Ministério Público e 5ª Promotoria de Justiça Federal, mostraram que o servidor era atraído ou obrigado a participar do esquema através de gratificações irreais que seriam oferecidas pela prefeitura entre 2007 e 2012.
Assim, o funcionário realizava o empréstimo e entregava nas mãos dos criminosos, sendo que o esquema era formalizado através de alterações nos holerites dos servidores. Em um dos casos, a Polícia Federal descobriu um empréstimo de R$ 350 mil e o prejuízo para os cofres públicos foi estimado em pelo menos R$ 15 milhões.
(Carro da Polícia Federal em frente a Prefeitura Municipal de Corumbá quando deflagrou a Operação Cornucópia - Foto: Reprodução/TopMídiaNews)
A quadrilha foi desmantelada pela Operação Cornucópia, que é o símbolo da abundância na mitologia grega e deu nome à operação em alusão à riqueza criminalmente obtida pelos envolvidos. Por causa da possível participação no esquema, o ex-prefeito Ruiter Cunha foi indiciado por falsidade ideológica, formação de quadrilha e peculato.
Pré-candidato à prefeitura de Corumbá, Ruiter ainda é citado nos desdobramentos da Operação Decoada, que investiga eventual desvio de verbas públicas, superfaturamento de obras, pagamento de propinas e corrupção ativa e passiva de servidores do município. Neste caso, o processo tramita em sigilo de Justiça.
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