A história girava em torno de uma milionária, na década de 60 , cega de nascença, que só tinha um objetivo na vida: Enxergar. No desenrolar da trama ela é descrita como " uma serzinho diabólico e sem coração". Esta Senhora ouve falar sobre a possibilidade de vir a enxergar através de um transplante de nervo ótico, que só tinha sido experimentado em laboratório ,em animais,e que devolveu -lhes a visão por um pequeno espaço de tempo.
Decidida a realizar tal experimento em si, convocou seu médico e explicou-lhe seus planos. O Doutor retrucou dizendo-lhe que a mesma teria dois problemas: Arranjar quem resolvesse ficar cego para que ela tivesse alguns minutos de visão e encontrar um cirurgião que fizesse um procedimento
tao absurdo.
Ela informou que já tinha a pessoa que faria a doação e que ele faria o transplante, já que ela tinha em mãos documentos que poderiam arruinar sua vida como médico.
Coagido pela chantagem da pequena senhora, o médico foi ao encontro do advogado da mesma, que estava com o doador em seu escritório. O encontro entre os três foi marcado por um monólogo em que o doador "desgraçado em sua vida e devendo até os olhos" , fez ecoar quão injusta é a vida de quem vive sua pobreza honestamente. O dinheiro do cego não ficaria com ele.
Ao realizar o transplante, o doutor explicou ao ser egoísta que, ela teria apenas onze horas de visão.
Retirando-se do lindo apartamento, deixou a mulher a sós. No momento em que ela retirou as vendas que lhe cobria os olhos ocorreu um black out e a mesma acreditou que continuava cega.
Nesta agonia , em que buscava consolo em sua situação " triste e emotiva, digna de pena!" Realizando monólogos egoístas e focando todas as atenções para suas dores, a mulher seguiu noite adentro sem ninguém para orienta-la, gastando suas horas em total escuridão. Sentada em sua poltrona caríssima começou a notar os primeiros raios de sol surgirem por trás dos edifícios. De seu apartamento, onde era a única moradora de um prédio inteiro na famosa 5ª Avenida, contemplou o nascer do sol. Um nascer esplendoroso que a fez delirar e devanear sobre sua beleza. Ao poucos sua visão foi ficando turva e ela notou que estava voltando a ficar cega. Desesperada ela caminhou até a janela como se caminhasse até o sol e, em sua situação de fúria e decepção , como se lograda pelo próprio dinheiro, acabou caindo da janela de sua cobertura, em uma morte trágica. Sem ninguém para chorar sua perda.
MORAL DA HISTÓRIA
Os leitores devem estar se perguntando: Qual a relação desta história com todo o processo que esta acometendo os Servidores Públicos Municipais?
Existe uma ferida exposta no Cerne da Administração Municipal que, como esta ambiciosa senhora cega, busca sanar suas dores a qualquer custo. Essa ferida foi aberta durante anos de Administrações problemáticas e hoje esta infeccionada, louca para poder se mostrar e revelar seus odores fétidos. Não existe importância em ser apenas um número ou algo mais obscuro, aqui: "Os fins justificam os meios"
Os Servidores Municipais são esse homem : "desgraçado em sua vida e devendo até os olhos", que detém algo que , muitos querem mas pouco tem coragem de obter : A atenção da população.
A impiedosa mulher ( Administração Municipal) resolve então arrancar os olhos de quem lhe faz pouca diferença (Os Servidores), buscando alcançar seus objetivos. Como se estivesse lidando com algo descartável e sem importância retira-lhes fontes importantes de sustento: Plantões, gratificações, salário digno e até mesmo sua alimentação nos dias de trabalho. Usa seu trabalho (olhos) para obter o máximo, as custas de suor e luta. Esses "olhos", que diariamente trabalham na eminência de sofrer mais uma uma agressão, são apenas algo que a Senhora Mesquinha mantem para poder alcançar seus objetivos.
Acontece que, como no caso do desgraçado, ao arrancar-lhe os olhos, um novo problema surge, que é transplantar esses olhos para a Mulher Ambiciosa. Esses olhos são transplantados, a altos custos , para os comissionados (contratados) que fazem essa Senhora tentar enxergar no escuro.
Perdida , a Senhora odiada, passa a ser guiada por cegos, em um black out e o que acontece podemos ver com o Caos na Saúde Pública Municipal.
A Mulher enxerga
A mulher sacrificou o desgraçado por poucos minutos de visão, segundos talvez. Assim também a Administração Municipal sacrifica seus Servidores para poder obter algo além, efêmero, que é , segundo alguns , uma possível reeleição, para outros é apenas uma forma de encobrir uma má gestão. Dentro de tantos dizem-que-me-dizem, nada de proveitoso foi apresentado pela Prefeitura que justificasse tais ações. Na contra mão, a mulher , agora no escuro, continua a utilizar olhos alheios para não enxergar absolutamente nada. O dinheiro "inexistente", esse dinheiro do cego, circula em mãos que não vão devolver a visão aos administradores.
O que se observa é que não há limites para "A mulher mesquinha" , ela esta disposta a arrancar os olhos de quem for , para usar e deixar o corpo apodrecer. O corpo nada mais é que a própria população que, em meio a horas de espera e deficiências gritantes no sistema, não tem o que fazer a não ser reclamar.Esse corpo apodrecido começa a se deteriorar, e , sem olhos, começa a debater-se , atingindo quem estiver por perto. Primeiro os Servidores, logo após ele caminhará até a mulher com olhos. Essa está perdida em meio à escuridão.Seus únicos gestos são gritar e colocar a culpa nos outros. Seus olhos caros (comissionados contratados) negam-se a enxergar o óbvio: Se o Servidor não esta contente, a população , logo, não ficará contente . E uma população furiosa pode lhe arrancar os olhos, antes de serem usados.
Essa Administração terá poucos segundo de visão, e nesses segundo , como aconteceu com a mulher em questão : ... Após uma noite de agonia , em que buscava consolo em sua situação " triste e emotiva, digna de pena! Atira-se-a do prédio mais alto na esperança de continuar a ver ou , no caso da Atual Administração Municipal, continuar no poder.
O HOMEM NÃO PRECISA VENDER SEUS OLHOS
Os Servidores Públicos Municipais podem mudar essa história. Como no filme, ao homem foi lhe dado o poder de escolher enxergar ou não. Nesse momento ele usa uma frase de peso : "Aqui eu perco os olhos, lá fora eu perco a vida!" Esse derrotismo não pode tomar conta da classe, todos devem unir-se para que os olhos não sejam vendidos. Se a administração resolveu colocar cegos para guiar cegos, os servidores não são obrigados a lhes doar os olhos.
Sem luta não se vence batalha. Pergunto ao Servidor: Você tem medo de que? O que te mantém quieto , sentado em sua cadeira, sofrendo os abusos da "mulher sem coração"? Quando foi que lhe cortaram a língua? Os dedos? As Mãos? Os pés?
Não deixe que a opressão lhe cale! Todos os fatos que estão ocorrendo são da conta de cada um dos servidores. Um por um deve buscar armas para que seus olhos sejam preservados. Se você se calar... Logo chegará o dia em que todos os ideais de sua vida ficarão resumidos no que você deixou de fazer.
LUTE! POIS SÓ VENCE QUEM LUTA!
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