Segundo Ministério da Justiça, não há registro de interdições totais no país.
Categoria retomou protestos na quinta (23) para pedir reajuste dos fretes.
O protesto de caminhoneiros que interditou rodovias do país nos últimos dois dias ainda mantém sete trechos de estradas federais parcialmente bloqueados no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso, informou o Ministério da Justiça neste sábado (25) por meio de nota. Segundo a pasta, não há mais registros de interdições totais nas rodovias brasileiras devido à mobilização dos caminhoneiros.
Com base em dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ministério esclareceu que, até as 13h deste sábado, havia apenas um registro de interdição parcial no Rio Grande do Sul, em trecho da BR-158, nas imediações do município de Panambi, no norte do estado.
No Mato Grosso, aponta o balanço da PRF, havia bloqueios parciais em seis trechos de rodovias federais: BR-163 (Lucas do Rio Verde), BR-364 (Diamantino), BR-163 (Nova Mutum), BR-163 (Sorriso), BR-163 (Guarantã do Norte) e BR-364 Alto Garças).
A categoria decidiu retomar os protestos na última quinta (23) depois de não chegar a um acordo com o Executivo federal em torno do valor do preço mínimo do frete no país. Esta foi uma das principais reivindicações do movimento de caminhoneiros que se espalhou pelas estradas brasileiras em fevereiro, bloqueando estradas e causando, inclusive, desabastecimento em algumas regiões.No comunicado, o Ministério da Justiça destaca que a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional de Segurança Pública e as polícias estaduais continuam de prontidão para "garantir o adequado fluxo de veículos nas rodovias e o restabelecimento total da população".
Na ocasião, para pôr fim à onda de protestos, o governo federal assinou um acordo com representantes dos caminhoneiros que previa, entre outros pontos, o perdão a multas por excesso de peso aplicadas nos últimos dois anos, a sanção integral da nova Lei do Caminhoneiro e a isenção de pagamento de pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios.
Além disso, foi acertado que representantes do Executivo federal e dos caminhoneiros se reuniriam nos meses seguintes para debater pontos que não haviam sido acordados na época, entre os quais o valor mínimo obrigatório do frete, reclamação que deflagrou as recentes manifestações.
Na quinta-feira, dia em que os caminhoneiros retomaram os protestos, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou uma resolução para dar início à elaboração de uma tabela de referência para o custo de fretes, principal reivindicação da categoria.
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