sexta-feira, 24 de abril de 2015

População diz que 'falta vergonha na cara de políticos' da Capital

“Falta de vergonha na cara”, essa é opinião da maioria das pessoas ao serem questionadas sobre o cenário político campo-grandense

Foto: Deivid Correia

Foto: Deivid Correia
Em meio a tantos escândalos que envolvem políticos em esquemas de exploração sexual infantil, polêmicas do prefeito Gilmar Olarte (PP) e o caos de saúde em Campo Grande, a população não vê outra solução a não ser a troca total dos partidos atuantes ou até mesmo a mudança de regime político.

“Falta de vergonha na cara”, essa é opinião da maioria das pessoas ao serem questionadas sobre o cenário político campo-grandense, mas há quem pense que ainda há solução, como a secretária Claudete dos Anjos, de 33 anos. “Tá piorando a cada dia e acho que dificilmente isso vai mudar, só se tirar todos os antigos políticos e colocar uma nova geração”, idealiza.

Crente que a mudança vem dos eleitores, a artesã Marcela Reis, de 23 anos, defende que o problema na política é pela falta de conhecimento da população. “Nós não temos voz nem atitude para mudar com o que está acontecendo. Antes os estudantes sabiam o que reivindicar nos protestos e passeatas, agora só vão para fazer bagunça e quebra-quebra. O que falta mesmo é consciência politica da população” defende a jovem.

O vendedor Davi Reis, de 44 anos, já pensa que a solução deveria ser mais radical. “Acho que mudar apenas de partido as coisas continuarão na mesma. Talvez outro tipo de governo, tipo o militar, porque tudo isso está acontecendo devido a democracia”, afirma. Vale ressaltar que qualquer proposta de volta do regime militar é considerada ilegal pela Constituição de 1988.

Sem querer se identificar, uma vendedora de 36 anos, que pertence ao grupo Testemunha de Jeová, acredita que isso tudo envolve a religião. “Se ele [Olarte] seguisse as principais doutrinas da Bíblia não estaria se envolvendo com esse tipo de política”.

(Algumas pessoas preferem nem opinar sobre política. Foto: Deivid Correia)

Rede de pedofilia

Após investigações da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), o ex-vereador Robson Martins e o empresário Luciano Pageu foram flagrados recebendo R$ 15 mil, oriundo da extorsão do vereador Alceu Bueno. O dinheiro seria para que informações do envolvimento de Bueno com menores de idade não viesse a público.

Gaeco

O prefeito Gilmar Olarte responde processo movido pela Procuradoria-Geral do MPE (Ministério Público Estadual), originado a partir de investigações conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado ). O caso veio à tona após a polícia cumprir mandato de busca e apreensão na casa do prefeito, no dia 11 de abril de 2014. Em seguida, foi descoberto que um dia antes a ‘batida’ na casa do chefe do executivo, o ex-assessor de Olarte, Ronam Feitosa, havia sido preso quando desembarcava no terminal da Barra Funda em São Paulo.

Ronam teria fugido, após a presença de cobradores se tornar intensa no Paço Municipal, uma vez que ele havia angariado em nome do prefeito cerca de R$ 900 mil por meio de suposta lavagem de capitais - dinheiro que teria sido usado – segundo denúncia – para compra de vereadores.

Saúde

O MPE instaurou um Inquérito Civil contra a Prefeitura de Campo Grande para apurar eventual interrupção da Prestação de Serviços Hospitalares pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), em razão da não renovação do contrato com a Santa Casa. O contrato expirou no último dia 7 e desde o dia 8 os atendimentos estão sendo realizados sem a renovação.

Fora isso, Olarte nem a Sesau prestam qualquer esclarecimento sobre a demora e o péssimo atendimento nas unidades de saúde distribuídas pelos bairros da Capital.

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