Objetivo é cortar R$ 20 milhões do custo da folha do funcionalismo
A Prefeitura de Campo Grande quer cortar R$ 20 milhões da folha de pagamento dos funcionários e sabe por onde começar: gratificações de cargos comissionados. A medida é uma das justificativas do Executivo para prorrogar conversas sobre reajuste salarial do funcionalismo.
“Não é corte, é um ajuste”, justifica o secretário municipal de Administração, Wilson do Prado. Segundo ele, o objetivo é identificar onde é possível diminuir benefícios pagos a quem ocupa cargos em comissão, sejam eles servidores concursados ou não, verificar a “importância e necessidade” da função.
Este levantamento está sendo feito pelas secretarias e deve englobar autarquias e órgãos da administração indireta. Segundo Prado, são 1.057 comissionados atualmente na Prefeitura, sendo 540 concursados em cargos de chefia – alguns recebem até 100% de gratificação.
Já o secretário adjunto da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle), Ivan Jorge, revela que atualmente a folha de pagamento do município custa R$ 98 milhões mensais. Este valor, continua, já extrapola o limite prudencial da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) – pela lei, este patamar compreende 95% do gasto máximo no setor, de 49% da receita corrente líquida.
“Estamos agindo com responsabilidade, o momento é de dificuldade para o país inteiro”, indica Jorge. Prado, por sua vez, descarta reduzir o número de funcionários, já que há déficit neste setor.
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