Luana Rodrigues
Anunciado com apenas 24 horas de antecedência, o reajuste da tarifa pegou os usuários do transporte coletivo de surpresa. Isso porque não houve o tradicional tempo de 10 dias para se preparar para o aumento. O reajuste de 8,33%, decretado ontem(18) pelo prefeito Alcides Bernal(PP), já passou a valer hoje. E o primeiro dia com tarifa a R$ 3,25 foi marcado por reclamações nos terminais e paradas de ônibus de Campo Grande.
"Eu achei um absurdo, porque o meu salário não subiu, só sobe o salário dos deputados, dos vereadores, mas o meu não. Além disso, é lotado, não tem limpeza e alguns ônibus o assento nem existe, só o espaço do banco", disse indignada a diarista Lucimara Lopes da Silva, 58, que mora no Guanandi e tem de pegar dois ônibus por dia.
Já a vendedora Juvenaca Graces da Silva, 22 anos, usa o ônibus só as vezes, porque tem carro. Mesmo assim, também reclama das condições do serviço. "Sempre lotado, as condições dos ônibus são ruins e o atendimento então...", diz.
Conforme o decreto, assinado pelo prefeito Alcides Bernal (PP) e publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), o reajuste nas linhas executivas será de 9,77%, de R$ 3,60 para R$ 3,95.
A tarifa social também terá reajuste de 8,33%, passando de R$ 1,20 para R$ 1,30 e só valerá em seis datas especiais (Natal, Ano Novo, Dia das Mães, dos Pais, aniversário de Campo Grande, Finados e 1º de Maio).
O contador Edemar Rolim, 62, achou o valores justos. "O serviço é bom, o ônibus passa no horário e os motoristas são educados, diferente de antigamente. Eu chego aqui e em três minutos já passa meu ônibus, só é sujo, mas isso é normal com tanta gente usando", considera.
O aumento é inferior à inflação dos últimos 12 meses, que está acumulada em 9,57%, e abaixo dos R$ 3,50 solicitados pelo Consórcio Guaicurus. Atualmente, cerca de 200 mil passageiros são transportados pelos ônibus na Capital.
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