“Você vai duvidar da palavra de um pastor?”
Quarta testemunha a prestar depoimento nesta sexta-feira (27) no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) na oitiva realizada pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini em ação que tem Gilmar Olarte como réu, o serralheiro Edmundo de Freitas admitiu que trocou R$ 240 mil em cheques para o vice-prefeito afastado do cargo de prefeito, com promessa de obtenção de vantagem.
Edmundo disse que Ronan Feitosa e Olarte intermediaram serviços para ele com empreiteiras e que levaram cheques de terceiros para ele trocar. “Ficaram saldados três cheques de R$ 4 mil e outros 13 voltaram, deixando uma dívida de R$ 240 mil”, disse o empresário, chorando.
Todos eles teriam se conhecido na igreja onde Olarte era pastor. Ao desconfiar que Rona estaria usando dinheiro em benefício próprio, e não para Gilmar, Edmundo levou o dinheiro diretamente ao vice-prefeito, que reafirmou os repasses a Ronan.
Em setembro de 2013, quando os cheques foram trocados, Olarte teria admitido a Edmundo que assumiria a Prefeitura e que, dois dias depois que isso acontecesse, pagaria a dívida. Ele foi orientado por Olarte a procurar por Rodrigo Pimentel.
“O Rodrigo me disse que quando o Olarte assumisse, ele ia pagar. E ainda falou: ou você vai duvidar da palavra de um pastor evangélico?”, afirmou em depoimento.
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