Renata Volpe Haddad e Mariana Rodrigues
Operação tapa-buracos ainda não chegou na avenida Presidente Vargas, onde buracos estão cada dia maiores. (Foto: Fernando Antunes)
Os buracos tomaram conta das ruas de Campo Grande e por três meses a população precisou redobrar a atenção para não arcar com prejuízo maior de cair em um deles, outros precisaram gastar dinheiro para desamassar rodas e arrumar pneus. Porém, em alguns bairros, a operação tapa-buracos ainda não chegou, e a chuva só faz piorar a situação.
Este é o caso do bairro Santo Amaro e na avenida Presidente Vargas, os buracos se tornaram crateras. Em frente ao Colégio Militar, a avenida cruza a rua Engenheiro Américo Carvalho e ali, não há condições de trafegar normalmente.
Em frente ao Fort Atadista, os buracos estão enormes e cheios de água, devido a forte chuva de ontem (20). Moradores sinalizaram o buraco com um pedaço de pau e uma sacola para alertar os motoristas.
Auxiliar de serviços gerais, Rosimeire Leiva, 42 mora no bairro há anos. Ela comenta que acompanha a evolução dos buracos. "Eles estão aumentando muito, só que o que mais me preocupa, é o acúmulo dessa água e eu acho que pode até virar criadouros de dengue", afirma.
O frentista do posto de gasolina localizado na avenida Presidente Vargas, Adélio Gomes de Lima, 45, conta que já presenciou muita gente caindo em buraco e ganhando prejuízo. "Muitas pessoas chegam aqui no posto com pneu rasgado e roda amassada. Soube que começaram a operação, mas até agora, ninguém passou tapando buracos por aqui", avalia.
Vendo as constantes situações, Adélio resolveu tomar uma atitude. "Quebrei um vaso de cerâmica em pedaços minúsculos e coloquei em alguns buracos por aqui", alega.
O auxiliar César Alves Rebelo, 25, conta que já viu um ciclista cair em um buraco. "A situação está caótica e só piora devido a quantidade de carros que passam e as constantes chuvas. A população tem dever de pagar os impostos em dia, mas a prefeitura não repassa o nosso dinheiro para o que deve ser feito na Capital", avalia.
Cinco empresas devem receber R$ 2 milhões por mês e concluir a "Operação Chega de Buracos e Lama" em 90 dias, segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Amilton Cândido.
A operação será executada pelas empresas Selco, Pavitec, Gradual, Wala e Diferencial, mas o número pode ser maior, porém o secretário Amilton Nascimento, da Seintrha, não dispunha dese total.
Cada empresa tem entre uma e duas equipes, com 29 funcionários cada, entre técnicos e fiscais, incluindo os da prefeitura, que irão vistoriar o andamento das obras.
A lama asfáltica será fornecida pela Usimix. O prefeito Alcides Bernal (PP) destacou que serão investidos R$ 2 milhões na operação. O secretário o corrigiu e informou que serão R$ 2 milhões por mês, ou seja, R$ 6 milhões em 90 dias.
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