Com eventos programados para 47 cidades, as manifestações contra o governo da presidente Dilma Roussef deverão ser puxadas por uma vigília de grupos organizados de oposição ao governo, como o MBL (Movimento Brasil Livre), o Vem Pra Rua e o Revoltados Online, em frente ao Congresso Nacional. Integrantes do MBL estão acampados desde 20 de outubro no local. A previsão é de que a concentração receba ônibus de outras cidades para uma vigília que deve começar às 15h deste domingo (15) e prosseguir até a madrugada.
A movimentação nas redes sociais, no entanto, é mais baixa que nas outras três mobilizações que aconteceram neste ano. Foi por meio delas que as convocações anteriores foram feitas. Em 15 de março, os protestos tiveram em torno de 1,8 milhão de pessoas, segundo as Polícias Militares dos Estados. Em 14 de abril, foram 560 mil pessoas. No último ato, em agosto, 785 mil manifestantes.
Das cidades que confirmaram atos, 17 são capitais. Belém, Manaus, São Luís, Florianópolis, Maceió, João Pessoa, Boa Vista, Macapá, Porto Velho e Rio Branco não haviam confirmado o evento. Goiânia, na contramão, marcou duas manifestações paralelas.
Em São Paulo e no Rio, os protestos irão enfrentar dois fortes concorrentes. A capital paulista abriga o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, em Interlagos (zona sul da cidade), e o Rio, a 20ª edição da Parada Gay. No último ano, o autódromo da capital paulista registrou público de 70.681 espectadores. O transporte público da cidade, por meio da SPTrans, e o metropolitano (os trens da CPTM), adotam operações especiais para quem vai ao circuito. A empresa que gerencia o transporte em São Paulo anunciou alteração em 66 linhas de ônibus especialmente para a prova, prevista para as 14h, uma hora antes do protesto no Vão Livre do Masp, na avenida Paulista.
No Rio de Janeiro, a Parada do Orgulho LGBT está marcada para o mesmo local da manifestação: a avenida Atlântica, em Copacabana (zona sul da cidade). Os dois eventos devem estar separados por apenas duas horas – a Parada Gay está marcada para as 13h, e a manifestação anti-Dilma, para as 15h. Em 2014, a PM estimou uma concentração de 1 milhão de pessoas nas quatro horas de parada.
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