segunda-feira, 13 de abril de 2015

Em protesto, manifestantes 'esquecem' falcatruas regionais; qual motivo?

Gilmar Olarte está afundado em denúncias e investigações, nas ruas não foi vista uma faixa sequer cobrando a saída do chefe do Executivo municipal

Cerca de 16 mil pessoas foram às ruas ontem realizar o segundo protesto do ano contra a presidente Dilma Rousseff, do PT. A maioria pedia, inclusive, o impeachment da petista. O que intriga é o "esquecimento" das pessoas que participaram do evento. Enquanto, por exemplo, em Campo Grande, Gilmar Olarte está afundado em denúncias e investigações, nas ruas não foi vista uma faixa sequer cobrando a saída do chefe do Executivo municipal.


Lembrando
A administração de Olarte é alvo de pelo menos quatro investigações do Ministério Público Estadual, fora o processo do Gaeco, que revelou áudios, no mínimo, suspeitos do prefeito negociando até 50% da Secretaria Municipal de Saúde. Até a recente administração de Reinaldo Azambuja já é alvo de denúncias. No caso de Dilma é corrupção, nos outros não? fica o questionamento.

Expectativa e realidade
Os organizadores do protesto de ontem em Campo Grande esperavam adesão ainda maior - no primeiro dia, 15 de março, a PM falou em 30 mil pessoas, e a organização em quase 100 mil. Porém, diante de uma grande expectativa, 16 mil pessoas foram às ruas, nos números oficiais, quase metade do público de março. Quem esteve no evento garante que o número ainda foi exagerado.

Sumiço
Após a revelação de "passado duvido" de autoridades que cobravam o fim da corrupção no protesto de março, a situação foi diferente ontem. A classe política sumiu das ruas, e preferiu não se expor. Quem tem telhado de vidro...´

Frio
Na prática, os deputados estaduais conseguiram travar os trabalhos da CPI da Enersul, que investiga desvios de mais de R$ 700 milhões da energia. A Comissão até foi aberta, mas ficou nas mãos de parlamentares com fortes ligações com a empresa. O relator, Beto Pereira, por exemplo, tem como chefe de gabinete ex-funcionário da concessionária, que trabalhou quase 30 anos na Enersul.

Do outro lado
Enquanto 700 milhões de reais foram desviados, e funcionários receberam "abonos" de até R$ 2,5 milhões, o consumidor de Mato Grosso do Sul paga a conta. Em menos de 6 meses, a conta de energia ficou pouco mais de 30% mais cara em 75 das 79 cidades do Estado atendidas pela Energisa, que comprou a Enersul.

Exemplo
A esposa de Gerson Claro, diretor-presidente do Detran/MS, foi flagrada trafegando com carro com documentos atrasados. O veículo foi apreendido após acidente na região de Sidrolândia. Um belo exemplo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário