Planos de demolir casa para erguer construção de cinco andares tinham sido vetados após protesto de moradores.
Na pacata rua South End, no distrito de Kensington, uma das áreas mais nobres de Londres, no Reino Unido, uma casa se destaca na paisagem.
Quem passa por ali não consegue deixar de notar a fachada coberta por listras vermelhas e brancas, destoando radicalmente das tradicionais construções em estilo georgiano características desta região da cidade.
Mas não se trata de uma excentricidade de um milionário e, sim, de uma vingança.
A dona da propriedade, avaliada em 15 milhões de libras (R$ 60 milhões), tinha planos de demolir a casa e erguer, em seu lugar, uma nova construção de cinco andares, com um enorme porão onde seriam instalados uma piscina e uma academia.
Mas os vizinhos foram à Justiça e conseguiram que o plano fosse vetado. Como consequência, um belo dia, o bairro amanheceu com a casa pintada de listras brancas e vermelhas, destoando de forma gritante do resto das casas da rua.
A casa incomoda os vizinhos não só por sua estética, mas também por atrair turistas ao pacato bairro residencial.
"Há muitas pessoas aqui furiosas com isso", disse ao jornal Daily Telegraph a estudante Saskia Moyle, de 18 anos, que mora em frente à polêmica residência.
"É muito espalhafatoso, uma mistura de barraca de praia e circo. A rua toda está unida pelo ódio por esta casa."
Distúrbio
A autora da vingança é Zipporah Lisle-Mainwaring, de 71 anos, uma milionária que trabalha com incorporação de imóveis e que vive entre Londres e Genebra, na Suíça.
A autora da vingança é Zipporah Lisle-Mainwaring, de 71 anos, uma milionária que trabalha com incorporação de imóveis e que vive entre Londres e Genebra, na Suíça.
Ela teve seu pedido de reforma negado em julho de 2013 perla administração do distrito e Kensington e Chelsea, que avaliou que uma obra tão grande geraria distúrbios na área e que a escavação do solo poderia afetar as fundações de casas próximas. Lisle-Mainwaring entrou com um recurso e conseguiu uma aprovação, que depois foi rejeitada em instância máxima, após ação movida pelos moradores.
Mas, para pintar a casa, não era preciso obter uma permissão. Um porta-voz do distrito confirmou que vários moradores registraram queixa contra a pintura.
Os advogados de Lisle-Mainwarting afirmaram à imprensa britânica que ela não comentará sobre a polêmica
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