Mario Cesar informou que vai aguardar o delegado se pronunciar para avaliar o nível de comprometimento do vereador antes de tomar qualquer providência
O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Mario Cesar, do PMDB, informou que vai esperar o titular da DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto se pronunciar nesta quarta-feira (21), durante coletiva de imprensa, para avaliar o nível de comprometimento do vereador Alceu Bueno (PSL), sobre o caso de pedofilia e extorsão investigado pela Polícia Civil.
"Nós precisamos ter cautela, apenas escutamos ou ouvimos falar sobre o caso, mas até o momento nós não tivemos a materialidade dos fatos. Nós vamos esperar o delegado se pronunciar, após oficializar, vamos analisar o nível de comprometimento do vereador. Então, só na quinta-feira (22), durante a sessão ordinária é que vamos nos pronunciar", declarou o presidente.
Mario Cesar ainda classificou a situação como 'desagradável' justamente quando a população vive um momento de descontentamento com o cenário político do país. "É uma situação pontual, que não atinge os demais vereadores. Mas é completamente constrangedora e sem querer julgar ninguém, nos coloca numa situação desagradável".
O parlamentar ainda comentou que recebeu muitas mensagens da população de Campo Grande que ficou chocada com o escândalo de pedofilia envolvendo o vereador Alceu Bueno. "A população está completamente estarrecida. É claro que ela não vê com bons olhos até mesmo pelo fato em si. Mas é como eu disse: é preciso separar o joio do trigo, porque afinal, são 29 vereadores ao todo ".
Comissão de Ética - Conforme o presidente, o caso precisa ser avaliado com 'cuidado' e até o momento a Câmara Municipal não tomou nenhum posicionamento sobre o assunto. Porém, considerando a hipótese, que o nível de comprometimento de Alceu Bueno seja alto, uma Comissão de Ética poderá ser criada pela Câmara Municipal de Campo Grande. A partir daí o rito funciona da seguinte maneira:
"Caso seja comprovado, isso considerando a hipótese, de falta de decoro parlamentar, a Câmara poderá criar a Comissão Especial. A proposta será encaminhada para o plenário e precisa de maioria absoluta, dois terços, 20 votos para ser aprovada. Após, é feito um sorteio onde três parlamentares ficarão responsáveis pela investigação. O rito segue normal e garante a ampla defesa. O tempo para apurar o caso será de até 90 dias. Caso, na situação hipotética, seja comprovada, volta para a apreciação do plenário e precisa novamente de maioria absoluta", explicou Mario Cesar.
A partir daí, Alceu Bueno pode ser cassado, como ocorreu com o ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), que perdeu os direitos políticos em 2014. Com isso, ele fica oito anos sem poder se candidatar e permanece inelegível. A outra hipótese, para evitar a perda dos direitos políticos e Alceu pode optar pela renúncia do mandato, mas neste caso, ele perde o foro privilégiado e pode se complicar na Justiça comum.
Tudo isso, ocorre paralelamente a investigação policial aberta pela Polícia Civil e pela DPCA (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente) que ao final, devem encaminhar as duas investigações para o Ministério Público Estadual.
Investigação - A polícia começou a desvendar o esquema de prostituição depois que a mãe de uma adolescente do interior do Estado registrou boletim de ocorrência por sumiço da filha que, na verdade, estava em Campo Grande se prostituindo.
A adolescente entrou em contato com uma prima que mora na mesma cidade que sua mãe e fez convite para que também viesse para a Capital para fazer programas sexuais com homens da ‘alta sociedade’, que envolvia políticos e empresários. Com o objetivo de saber o paradeiro da desaparecida, o convite foi aceito.
Ao invés de vir para a Capital em busca do serviço de prostituta, a prima da adolescente passou o endereço para a mãe da adolescente, que veio a Campo Grande e encontrou na casa de sua filha vasto material fotográfico e filmagens dela mantendo relações sexuais ou sem roupa com políticos. Alceu Bueno e o ex-deputado Sérgio Assis (PSB) aparecem no material.
A partir da denúncia da mãe e com o material em mãos, a polícia civil iniciou as investigações e começou a desvendar uma teia de prostituição. Quando o vereador Alceu Bueno acionou a polícia denunciando que estava sendo extorquido por Luciano Pageu e Robson Martins, a polícia já tinha o material que o envolvia no esquema de prostituição. Leia mais clicando aqui.
PITACAS DO BLOGUEIRO
O Presidente da Câmara dos vereadores deve saber que a população esta estarrecida a muito tempo. Não é o primeiro caso absurdo que surge naquela casa de leis.Só da mesma estar apoiando algumas acoes do PREFEITO da Capital é suficiente para os cidadãos estarem a beira de um ataque de nervos. O caso do Vereador apenas desvia o foco de algumas coisas bem mais graves que ocorrem em Campo Grande, como é o caso do "Caos na Saúde Pública Municipal".
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