Sibá Machado classificou a prisão do tesoureiro como 'política'.
Vaccari é investigado em operação que apura corrupção na Petrobras.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), informou nesta quarta-feira (15) que o partido convocou uma reunião de emergência para discutir a prisão do tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto.
O tesoureiro petista foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta em sua casa, em São Paulo. Ele é investigado por denúncias de operar parte da propina no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato. Além de prender Vaccari, a PF tem mandado para prender a cunhada dele e ouviu depoimento da esposa do tesoureiro na residência do casal.
O encontro entre os integrantes da cúpula petista será na sede da sigla, em São Paulo, ainda nesta quarta, segundo Machado. Ele informou, no entanto, que uma eventual decisão do partido só será tomada em reunião do diretório nacional, que já estava marcada para esta quinta (16). “Hoje [quarta] terá uma reunião de emergência, mas a deliberação mesmo é do diretório”, afirmou Sibá.
“Estou aguardando ainda a decisão da Executiva, que vai se reunir amanhã [quinta-feira], e vamos fazer uma nota pública sobre a nossa posição formal”, disse Machado.
'Operador'
Para o líder do PT na Câmara, a prisão de Vaccari é "política". Ele criticou as delações premiadas e disse estar "desconfiado de que existe uma orientação deliberada (...) para prejudicar o PT".
Em entrevista coletiva concedida em Curitiba, a Polícia Federal afirmou que o tesoureiro do PT tem praticado crimes envolvendo desvio de dinheiro da Petrobras possivelmente desde 2004.
Para procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Publico Federal, Vaccari tem no esquema de corrupção da Petrobras um papel semelhante ao do doleiro Alberto Youssef, também preso na Lava Jato. "Ou seja, um operador”, disse Santos Lima.
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