quinta-feira, 16 de abril de 2015

Vereador desconfia de maquiagem de Olarte para emplacar reeleição

Presidente da Câmara cobra demissões

O presidente da Câmara de Campo Grande, Mario Cesar (PMDB), está preocupado com a falta de atitude de Gilmar Olarte (PP) frente a alegada crise financeira da Capital. Na avaliação de Mario, o discurso do prefeito entra em contradição com a prática.
O presidente da Câmara afirma não entender qual a razão do prefeito manter tantos cargos comissionados mesmo reclamando diariamente de dificuldade financeira. A contradição faz o vereador desconfiar de um truque para turbinar último ano da gestão de Olarte.
“Teria que reduzir. Ele sabe onde aperta ou então a crise é uma grande mentira, com números que não são verdadeiros. Pode ser uma grande maquiagem para criar um grande desgaste e ano que vem dizer que fez uma boa gestão. Podem estar criando um cenário de terror para no ano que vem mostrar que está tudo bem”, analisou.
O vereador questiona o número de comissionados de Olarte, mesmo com a crise. Ele compara a situação a de uma empresa. “Se você tem 15 funcionários, na primeira crise você reduz para dez e, se for o caso, contrata de novo depois”, justificou.
Mario lembra que na gestão de Alcides Bernal (PP) as críticas tinham como foco a falta de comissionados, o que não acontece nesta gestão, onde há excesso de cargos. Ele entende que este exagero é um dos maiores problemas da alegada crise, visto que o prefeito pode estar gastando até R$ 93 milhões anuais com comissionados. Ele chega a esta conta ao multiplicar os R$ 7 milhões alegados por 13,33, considerando os 12 meses de salário, décimo terceiro e 1/3 de férias.
Na avaliação de Mario Cesar, não há dúvidas de que a prefeitura enfrenta problema sério de má gestão, que acaba se aliando a redução no repasse do Fundo de Participação dos Municípios e de ICMS. Ele entende que “As duas coisas colaboram. Se tiver má gestão e dinheiro entrando, consegue superar isso. Mas, quando não tem dinheiro e a gestão não é eficiente, a situação fica pior”, concluiu. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário