Revisão ocorre após mudança da perspectiva da nota de crédito do Brasil.
Agência avalia que lucro dos bancos deve ser menor em 2015.
A agência de classificação de risco Fitch revisou nesta segunda-feira (13) a perspectiva da nota dos bancos brasileiros, de estável para negativa. As revisões envolvem diversos grupos financeiros, incluindo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As notas do Bradesco e Itaú permanecem um degrau acima das de bancos controlados pelo governo como Banco do Brasil, BNDES e Caixa.Segundo a Fitch, as ações de rating seguem a recente revisão da perspectiva da nota de crédito do Brasil, também de estável para negativa, e a análise divulgada no último dia 6 de que os bancos brasileiros enfrentarão "tempos difíceis" este ano e deverão lucrar menos em 2015.
"A Fitch continua a acreditar que os perfis de crédito, tanto do Bradesco como do grupo Itaú atendam aos critérios para serem classificados acima do rating soberano, devido à sua diversificada e estável captação, à forte lucratividade no Brasil, em comparação com outros bancos em todo o mundo, ao seu diversificado mix de negócios, sólidos e adequados recursos, boas tendências da qualidade de ativos, suportados por forte provisionamento para perdas de crédito e capital suficiente", destacou a agência.
A Fitch ressalva, porém, que os dois bancos [Bradesco e Itaú] deverão continuar sendo afetados pelo desenvolvimento do mercado financeiro brasileiro, "resultando em mudança estrutural de sua lucratividade e tendências de capitalização".
Lucro menor
Na última semana, a Fitch divulgou um relatório prevendo que os bancos brasileiros devem lucrar menos em 2015, mas que essa queda será "administrável" e dentro de faixas aceitáveis para os ratings da maioria dos bancos.
Os bancos públicos deverão ser os mais afetados, seguidos pelos de pequeno e médio porte, segundo a agência. A lucratividade menor, disse a Fitch, se deve ao aumento nas despesas de provisionamento (reserva que os bancos guardam para cobrir calotes), em razão do fraco ambiente operacional.
Na última semana, a Fitch divulgou um relatório prevendo que os bancos brasileiros devem lucrar menos em 2015, mas que essa queda será "administrável" e dentro de faixas aceitáveis para os ratings da maioria dos bancos.
Os bancos públicos deverão ser os mais afetados, seguidos pelos de pequeno e médio porte, segundo a agência. A lucratividade menor, disse a Fitch, se deve ao aumento nas despesas de provisionamento (reserva que os bancos guardam para cobrir calotes), em razão do fraco ambiente operacional.
Confira a relação de bancos envolvidos nas ações de rating:
Banco da Amazônia S.A. (BdA)
Banco do Brasil S.A. (BdB)
Banco Votorantim S.A. (BV)
BV Leasing Arrendamento Mercantil S.A. (BV Leasing)
Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB)
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Caixa Econômica Federal (Caixa)
Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (Banrisul)
Banco Société Generale Brasil S.A. (BSGBr)
Banco Cacique S.A. (Cacique)
Banco Pecúnia S.A. (Pecúnia)
Banco Santander (Brasil) S.A. (Santander Brasil)
Santander Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (Santander Leasing)
Banco Safra S.A. (Safra)
Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (Safra Leasing)
Banco Bradesco S.A. (Bradesco)
Bradesco Seguros S.A. (Bradesco Seguros)
Itaú Unibanco Holding S.A. (IUH)
Itaú Unibanco S.A. (Itaú Unibanco)
Banco Itaú BBA S.A. (IBBA).
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