sábado, 18 de abril de 2015

O besteirol do candidato ao Supremo é mais indecifrável que o dilmês


Luiz-Edson-Fachin-1- (1)
À primeira vista, o parágrafo abaixo transcrito parece pinçado da mais sofisticada antologia do dilmês erudito. Depois de meia dúzia de releituras, bate a suspeita de que o trecho de um artigo do advogado Luiz Edson Fachin é o embrião de um novo subdialeto concebido em dupla pela filósofa de hospício Marilena Chauí e pelo poeta onanista Tarso Genro. Tão indecifrável quanto o espanto linguístico inventado por Dilma Rousseff, o fachinês lembra um rascunho da bíblia que acabou no lixo porque nem Deus entendeu o palavrório de hospício. Confira:
“Partindo-se de uma análise crítica que arrosta a primeira modernidade – entendida como o legado eurocêntrico de um sistema patriarcal, codificado e arrimado em um Estado-Nação – a segunda modernidade – identificada em uma sociedade econômica regulada por leis próprias, na qual os direitos fundamentais deixaram o campo do debate da efetividade para consubstanciar um hiperconsumo das ideias destacadas da cidadania e da democracia –, buscar-se-á investigar como a complexidade do real e a mácula do aparente convivem sob uma Constituição dirigente, que proclama a emancipação do indivíduo e funda uma ordem pautada em princípios democraticamente erigidos. Com isso, pretende-se demonstrar que entre os significados da equidade, democracia e direitos humanos entroniza-se a compra e venda que tudo transforma em mercadoria, fazendo-se premente a construção de um novo direito,pautado em novos códigos e novos discursos,estruturados em uma principiologia axiológica de índole constitucional.” (FACHIN, Luiz Edson. Entre duas modernidades: a constituição da persona e o mercado. Revista de Direito Brasileira, v. 1, p. 101-110, 2011).
Fachin foi indicado por Dilma para a vaga aberta no Supremo pela partida precoce de Joaquim Barbosa. Na sabatina a que será submetido pelo Senado, só escapará da reprovação caso um parlamentar oposicionista não se disponha a desmontar a farsa com dois disparos letais. O primeiro seria a leitura em voz alta desse besteirol de rábula de hospício. Ninguém vai entender nada ─ nem Fachin. O segundo consistiria na exibição do vídeo em que o candidato a ministro capricha na discurseira de cabo eleitoral do PT. Todo mundo entenderia tudo.
O Supremo vai sendo progressivamente degradado pela politicagem. Mas ainda não virou palanque. Nem liberou o uso de uma estrelinha vermelha para enfeitar a toga.

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