Os vereadores estavam inconformados com termo de doação assinado pelo prefeito, sem a aprovação da Casa de Leis
Os vereadores de Campo Grande ficaram inconformados com a atitude do prefeito prefeito Gilmar Olarte (PP) de assinar um termo de doação de área para o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso do Sul (Setlog/MS), nesse final de semana. O ato ocorreu durante o evento da Formula Truck. Entretanto, a doação não passou pela Câmara, que precisa autorizar esse procedimento.
O vereador Paulo Pedra (PDT) usou a tribuna para fazer a reclamação e foi seguido por muitos parlamentares, inclusive pelo presidente da Casa, vereador Mário César (PMDB). Pedra disse que o prefeito fez ‘gracinha’ quando decidiu doar um terreno no bairro Chácara Cachoeira, um dos mais nobres da cidade, a um sindicato, desrespeitando e afrontando os vereadores.
“Essa doação de terreno não passou pela Casa. O prefeito está fazendo gracinha com os bens públicos, doando como se fossem dele. Doou uma área nobre para um sindicato em flagrante afronta a essa Casa”, criticou.
O vereador Ayrton do PT também criticou a postura de Olarte. “Não está fácil. Ele (Olarte) anda toda semana fazendo gracinha com a coisa pública. Temos que cobrar o prefeito. Ele está doando o que á do povo”, disparou.
A vereadora Carla Stefanini (PMDB) também foi contra a atitude do prefeito. “Olarte fez a doação de terreno de uma região nobre para o sindicato, não vou discutir a importância do sindicato, que é de transportes. Mas a atitude do prefeito, que precisa de autorização da Casa de Leis para tanto. Antecipo que outras áreas existem para isso e o fato de ser em frente ao Sest Senat não justifica”, frisou.
Por fim o presidente da Casa informou aos demais vereadores que recebeu uma ligação de Olarte pedindo apoio para votar a doação até a sessão de quinta-feira (9), e que não tendo conseguido, passou por cima da legislação como se a Câmara estivesse pacífica a tudo.
“Ele me ligou e queria esse projeto fosse votado até quinta, antes da Fórmula Truck. Não sabemos o teor do projeto, o que está colocado de contrapartida, nem a forma como isso foi colocado. Parece que a Câmara está pacífica a qualquer coisa que venha para esta Casa. Houve desrespeito pela opinião de cada um dos vereadores. A Casa tem toda a isenção e autonomia e não pode ser colocada em bola dividida”, declarou Mario César.
Além de doar terreno público sem autorização da Câmara, os vereadores reclamavam ainda que foram colocados em uma posição que parece serem contra os empresários.
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