Durante o depoimento ocorrido nesta sexta-feira (5), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, o prefeito afastado Gilmar Olarte confirmou a versão contada pela esposa do seu ex-assessor, Márcio Feliciano, Ana Maria Feliciano de que seu marido teria comprado a caminhonete Mistusbishi Triton no valor de cerca de R$ 60 mil, por meio de empréstimo financeiro e ajuda do salário de Feliciano que é de R$ 5 mil. “Trocava às vezes de caminhonete com Feliciano porque a dele é maior para carregar as coisas, no caso quando tinha oração no monte, e precisava levar cadeiras e algo do tipo” disse Gilmar Olarte referindo-se aos cultos da igreja.
No depoimento, Olarte negou ser responsável pela dívida de Ronan e disse que o áudio que aparece em uma gravação do Programa Fantástico teria sido “alterado”, “Eu nunca falei que era responsável da dívida de Ronan. Falei que me sentia responsável pela vida dele e da família, já que eles congregavam na minha igreja e estavam sendo ameaçados de morte, se essa dívida fosse minha eu pagava, mas não é”, frisa.
De acordo com Gilmar Olarte, os cheques começaram a aparecer logo após o término da campanha de Alcides Bernal (PP). “Ronan foi contratado por Bernal e eu não entendi por que ele não foi exonerado se os cheques começaram a aparecer em dezembro de 2012. Eu fiquei sabendo disso tudo em junho de 2013, e pedi para o secretário de governo [ Rodrigo Pimentel] exonerar ele [ Ronan], mas, isso não aconteceu, eu mesmo o exonerei em março de 2014”, ressaltou.
Na oportunidade, Gilmar Olarte voltou a negar que Marly Débora Pereira dos Santos teria sido sua funcionária. “Ela nunca foi minha secretária como disse aqui, eu a conheci no gabinete do Rinaldo[ deputado estadual Rinaldo Modesto], de onde ela foi exonerada por falta de confiança por assuntos que nem quero comentar”, disse.
Em depoimento no dia 27 de novembro de 2015, Marly Débora afirmou que Ronan Feitosa era a pessoa mais próxima que ela conhecia de Gilmar Olarte e que quando o conheceu ele morava de favor na casa de um amigo e suas despesas eram custeadas pelo vice-prefeito. Marly foi uma das pessoas que denunciou Olarte ao MPE. À época, ela disse ter emprestado vários cheques a Olarte, entre valores de R$ 3 mil e R$ 5 mil. Marly Débora Pereira dos Santos, trabalhou com Gilmar Olarte durante a campanha em 2012.
Olarte é réu em ação penal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, resultado das investigações da Operação ADNA, comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). O depoimento de Gilmar Olarte ocorreu na audiência de instrução conduzida pelo desembargador Luiz Claudio Bonassini
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