quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Cheque em branco: defesa apresenta alegações finais e Bonassini analisa denúncias

Autor: Dany Nascimento 

Com as alegações finais, o desembargador deve analisar o caso, formar um voto e levar o processo para a sessão criminal

As partes envolvidas no processo de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, decorrente da chamada Operação Adna (sigla da Assembleia de Deus Nova Aliança, igreja de Olarte) tem o prazo de 15 dias para juntar as alegações finais ao processo, levando em consideração que oitivas foram realizadas com diversas testemunhas e com o ex-prefeito afastado da Capital, Gilmar Olarte (PP por liminar), que é réu. O caso, conhecido como 'cheque em branco' pode resultar, inclusive com a prisão do prefeito afastado.

De acordo com o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), após as alegações, o desembargador Luiz Claudio Bonassini deve analisar todo o processo e formar seu voto. Em seguida, o desembargador leva o processo para a sessão criminal, para ser votada.

Sobre um prazo para que o processo seja votado, o TJMS informa que não existe tempo estipulado para a análise do desembargador, já que o processo é extenso. Durante interrogatório, Olarte detalhou com precisão qual era a sua relação com o ex-servidor da prefeitura, Ronan Feitosa, que segundo o prefeito afastado, teria sido usado como massa de manobra para lhe prejudicar. "Seria como a estratégia em novembro de 2013", comentou.

Olarte afirmou que conhecia Ronan da igreja e que ele havia dado problema por lá - onde era pastor. Para a Justiça, o prefeito afastado garantiu que, assim que assumiu a administração, exonerou Ronan imediatamente dos quadros da instituição pela sua conduta. O prefeito afastado nega envolvimento com os cheques distribuídos por Ronan e afirma que tentou ajudar o servidor após tomar conhecimento das ameaças que o mesmo sofria.


Ronan também foi ouvido e afirmou que o dinheiro que levantou com os cheques em branco, seria para pagar dívidas da campanha do prefeito reconduzido ao cargo, Alcides Bernal (PP).

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