‘Conselho jurídico achou melhor’
Wendell Reis
O vereador Edson Shimabukuro (PTB) exonerou no começo deste ano o sócio dele na imobiliária Oshiro Imóveis, Artur Oshiro. Ele estava nomeado no gabinete do vereador desde 1º de janeiro de 2013, quando Shimabukuro assumiu o mandato.
Agora, após três anos recebendo como “assessor parlamentar 1”, que segundo portal de transparência da Câmara rende um salário mensal de R$ 2.344,05, o vereador achou melhor exonerá-lo do cargo.
“O conselho jurídico achou melhor ele não ficar com a gente”, justificou o vereador. Ele admitiu que é sócio de Oshiro na empresa há algum tempo. “Tenho uma pequena participação de tempos remotos. Somos amigos de infância”, contou.
Apesar da exoneração, o nome do servidor ainda não saiu do portal da Câmara. Lá também consta o currículo do vereador, que inclui no histórico a sociedade na empresa. Antes de falar com o vereador, a reportagem ligou na imobiliária e a secretária anotou recado para o vereador. Porém, quando questionada sobre a sociedade, preferiu dizer que não saberia dizer.
Consultado pela reportagem, o advogado André Borges afirmou que não encontrou legislação vedando a prática, que avaliou como estranha. Entretanto, disse que é necessário saber se o sócio era gerente ou administrava uma determinada empresa. “Aí sim existiria vedação, porque leis dos servidores públicos proíbem o ingresso no serviço público de quem exerce esse tipo de função (exceto a atuação como cotista)”, concluiu.
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