sábado, 21 de março de 2015

Fundo Partidário: bom negócio


Manoel Afonso

‘QUE FASE!” - Após perder a eleição do Sindicato dos Bancários da capital, figurar na lista da Lava Jato e de parlamentares de maior evolução patrimonial, o deputado Vander Loubet também saiu desgastado com esse episódio do sobrinho na internet.

A PROPÓSITO - Marcelo Heitor ignorou o imaginário popular sobre o atual momento do país. Seu estilo debochado fomentou reações que devem provocar estragos eleitorais à sua família e inclusive ao próprio PT em Porto Murtinho e Campo Grande.
PASSEATAS - Nela estiveram não só os que querem o impeachment, como aqueles que clamam pelo fim da corrupção e da impunidade. Ao desdenhar jocosamente de quem foi às ruas e ao enaltecer a vitória de Dilma, o rapaz acendeu o rastilho de pólvora.
DESAFIOS - Para os políticos, um deles é evitar que os filhos sejam contaminados pelo poder, tornando-se dependentes dele. Só o fato do prefeito Heitor Miranda, de Porto Murtinho, ter que abordar o episódio na mídia, demonstra a fragilidade do filho.
APOSTA - Ricardo Ayashe seria a bola da vez do PT para 2016 na capital. Mas como anda o conceito do partido aos olhos do eleitorado? Ayashe agregaria todas as correntes do PT só pelo fato de ter dona Gilda como candidata a vice? É pra pensar.
LAMENTOS - Para os observadores, o ex-deputado Arroyo tinha chances de se reeleger, mas jogou errado. Tinha bons redutos eleitorais e experiência à frente das campanhas. E quanto às suas chances de chegar ao Tribunal de Contas, parecem se esvair.
OS POLÍTICOS de Mato Grosso do Sul não querem ou não sabem explicar: por quais razões no Mato Grosso o álcool é vendido nas bombas muito mais barato do que aqui? Na tribuna da Assembleia Legislativa o assunto parece tema proibido.
AS JUSTIFICATIVAS são várias. Uma delas é que o Mato Grosso disporia de uma agência da Petrobras para aferir o produto, dispensando a viagem até Paulínia. E produzindo tanto álcool, não temos cacife para conseguir essa agência da estatal?
‘ESQUISITO’ - Ouço teses de arrepiar que envolvem o preço do álcool. É a mesma política de preços dos governos de Zeca do PT e André. Reinaldo fixou-se no diesel e esqueceu o álcool, como se o seu preço não impactasse no nosso bolso.
ACREDITE - Mato Grosso do Sul é vice campeão de preço do álcool. Só no Acre é mais caro. Repito: uma convergência de interesses mantém o assunto como tabu. Mas a população precisa saber dos critérios e fatores que pesam no preço final do álcool.
FRANCAMENTE... - A vontade política aliada a competência técnica resultaram no sucesso daquela CPI contra a Enersul. Mas os deputados – oposicionistas e governistas - também da atual legislatura, ‘ignoram’ a política local de preços do álcool.
ESPERANÇAS - Se reina silêncio entre os deputados federais e senadores sobre o tema, os deputados Marcos Trad e Barbozinha – juristas preparados – poderiam avocar esse desafio . Fica aqui a sugestão. Todos sairiam ganhando com isso.
‘BELEZA-2’ - Esse Governo natimorto que não diminui o número de ministérios, não quer abrir a caixa preta do BNDES, quer o imposto sobre herança e a volta da CPMF. É muito fácil falar em ajuste fiscal enfiando a mão no bolso do contribuinte.
DESESPERO - O pacote contra a corrupção é um embrulho. Ninguém está levando ele a sério. Trata-se apenas de jogada de marketing para desviar a atenção dos escândalos da Lava Jato. O Governo está sangrando e vai se arrastar até 2018. Azar nosso.
‘BELEZA-2’ - Aumentaram o Fundo Partidário de 2015, de R$289 milhões para R$867 milhões. Péssimo exemplo dos congressistas que se aproveitam da atual fragilidade do Governo. Com tanta grana vai aumentar a briga pelos diretórios regionais.
A PROPÓSITO - A turma nova do PV quer tomar a direção do partido de Marcelo Bluma. Dizem que mesmo morando na Bahia, Carlos Leite continuaria sendo homem forte do PV. Portanto, é o Fundo Partidário ‘movendo os ecologistas.’
BOM NEGÓCIO - Mesmo preso, o Roberto Jeferson manda no PTB elegendo a filha - a deputada federal Cristiane Brasil - presidente da sigla, sempre presente no horário eleitoral. O PTB faz o jogo do Governo e seus cabeças levam as vantagens.
AS PREVISÕES nossas confirmaram-se. Na Assembleia Legislativa o silêncio de antes contrastou com o barulho após as passeatas. Vários deputados acordaram com a insatisfação popular e falaram na tribuna. Sempre assim: ‘depois da onça morta...’
INCÓGNITA - Embora sua administração tenha melhorado muito, principalmente na saúde eeducação, o futuro político do prefeito Olarte segue indefinido. Articulado ele segue em frente, cada vez mais cortejado por partidos e lideranças de peso.
SAÚDE - O ousado programa de Reinaldo começa a ser testado. Os resultados iniciais devem passar naturalmente pela avaliação dos especialistas para eventuais ajustes. É claro que uma proposta inédita desta magnitude ganhe a simpatia de todos.
‘MENOS’ - Como num passe de mágica a turbulência havida na Assembleia Legislativa em suas relações com o Tribunal de Contas deu lugar a uma admirável calmaria. O fato provocou comentários irônicos de quem conhece as entranhas do legislativo.
SEU BOLSO - Como não mudar os hábitos? O dinheiro pesa no posto de gasolina, supermercado, nas contas de água, luz e telefone. Reavaliar é preciso: das idas aos restaurantes, compras e viagens. Prometeram a Suiça e nos deram a Venezuela!
“Acabou a corrupção no governo do Brasil”. ( José Dirceu – em abril de 2004)

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