Oposição promete analisar conteúdo de investigação
Os parlamentares da oposição reuniram-se na segunda-feira (9) e decidiram pedir à Justiça uma cópia do processo. A denúncia foi feita ao TJ pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e, em síntese, revela que o prefeito levantou dinheiro com agiotas, ainda enquanto vice-prefeito, prometendo conceder cargos e vantagens quando chegasse ao cargo máximo do Executivo municipal.
“Falamos desde sempre que é um golpe”, aproveita Luiza Ribeiro (PPS) ao comentar a denúncia. O conteúdo ainda não foi acatado pelo TJ, ou seja, Olarte e os outros citados no processo não são processados judicialmente pelo apontado na investigação do Gaeco, até o momento.
Assim que receberem a cópia do caso, os vereadores prometem colocar seus assessores jurídicos para estudar o assunto “para saber o que a Câmara pode ou deve fazer”, diz Luiza. Na visão dela, cabe ao Legislativo decidir sobre o afastamento dos envolvidos no caso – além de Olarte, o secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel, também é citado.
A atual situação do Executivo, à beira de uma CPI sobre problemas nas ações de tapa-buracos e com a demanda do Gaeco aguardando crivo de um desembargador, vê os opositores engrossarem o discurso. “Do jeito que está a administração, nem precisa de CPI, eles vão ter de pedir para ir embora, pegar a malinha deles e vazar fora. Aí assume o Mario Cesar (PMDB, presidente da Câmara) ou quem for, para ver se Campo Grande sobrevive”, ataca Airton.
Na visão de Alex (PT), é preciso fazer um “estudo profundo” no conteúdo da denúncia do Gaeco e, “a partir daí, tentar alguma coisa do ponto de vista político”. Esta análise, segundo o petista, deve levar pelo menos uma semana.
“Essas denúncias só prejudicam a cidade. Não tenho conhecimento do processo, mas o prefeito está se defendendo e tranquilo. Temos que aguardar passo a passo a investigação, não podemos prever nada”, analisa o líder de Olarte na Câmara, Edil Albuquerque (PMDB).
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