sábado, 28 de março de 2015

Medida evita déficit e pode garantir revisão salarial

Pedro Heiderich e Juliana Rezende


  • A partir de agora, os médicos que ultrapassavam quantidade de plantões por mês farão no máximo 18. (Fotos: Juliana Rezende)
  • A Prefeitura de Campo Grande confirmou nesta sexta-feira (27) corte e adequação nos plantões de médicos e demais servidores da saúde. A decisão foi tomada durante reunião da Prefeitura, vereadores e Conselho Municipal de Saúde no IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande).
    A partir de agora, os médicos que realizavam 28 plantões por mês farão no máximo 18. Os demais servidores, enfermeiros e administrativos, farão até 10 plantões por mês.
    “A gente tinha conhecimento de médicos que faziam até 32 plantões no mês. Entendemos que havia a necessidade de enxugar e fazer essas adequações”, explica o vereador Paulo Siufi (PMDB), presidente da Comissão de Saúde da Câmara.
    Além de adequar os plantões, foi revogado decreto que autorizava 300% do salário dos médicos do Cempe (Centro Municipal Pediátrico) de 100% dos demais servidores do Centro de Pediatria. As unidades móveis também terão cortes. A previsão é que as adequações e mudanças nos plantões causem impacto nas UPAs, UBS, Cempe e unidades móveis.
    Todas as mudanças, segundo Gilmar Trevizan, secretário-adjunto da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), 'não devem causar prejuízos para a população'.

    Necessárias
    “Se não houvesse essas adequações, o possível reajuste salarial dos servidores datado para maio poderia ficar comprometido”, revela o secretário de Administração Wilson do Prado.
    Além disso, o gasto com o alto número de plantões poderia trazer déficit para a Prefeitura, conforme explicado por André Scaff, secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle. “Se não enxugássemos, o déficit poderia ser de R$ 339 milhões”.
    Contas
    Ainda de acordo com Scaff, é necessário cortar de R$ 6 milhões a R$ 8 milhões da folha de pagamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e da Semed (Secretaria Municipal de Educação).
    Juntas, as duas consomem 76% da folha de pagamento da Prefeitura, que oscila entre R$ 98 milhões e R$ 104 milhões/mês. “É preciso reduzir cerca de R$ 20 milhões para trabalharmos com folga”, finaliza o secretário, que classifica a situação financeira da Prefeitura como “preocupante”.

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