sexta-feira, 27 de março de 2015

Comissão da Câmara endossa aditivos da Prefeitura a empreiteiras


'Para a Prefeitura e para nós não teve dolo', diz vereador
  • Valtemir de Brito durante reunião com vereadores, no começo desta semana (Divulgação/Câmara Municipal)
  • “Para a Prefeitura e para nós não teve dolo e nem fraude”, resumiu o presidente da comissão de obras da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlão (PSB), quando questionado sobre o fato de a Prefeitura ter prorrogado contratos com empreiteiras, inclusive referentes a operações tapa-buracos. O serviço é alvo de uma série de denúncias sugerindo desperdício de dinheiro público.
    Segundo Carlão, laudo comprova que não houve irregularidade no tapa-buracos e, além disso, a Prefeitura ampliou a fiscalização sobre o setor. “Hoje tem um fiscal em cada caminhão”, diz o vereador.
    Nos próximos dias, a comissão deverá entregar relatório sobre o que foi apurado desde o surgimento das denúncias. Isto inclui o resultado de reuniões com o secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Valtemir de Brito, que levou aos vereadores cópias dos contratos entre a Prefeitura e as empreiteiras.

    Já a oposição, que não conseguiu emplacar a CPI do buraco, reagiu à decisão da Prefeitura, de injetar mais R$ 3 milhões nas empreiteiras, incluindo acordos para tapa-buracos. “Os contratos são todos irregulares, se é regular não tem porque fazer aditivo”, diz Paulo Pedra (PDT), que identificou falhas na fiscalização dos serviços executados.
    Segundo ele e Luiza Ribeiro (PPS), a bancada de oposição levará ao chefe do MPE (Ministério Público Estadual), Humberto Brites, pedido de investigação nesta área. Na visão da vereadora, as suspeitas vão além dos supostos ‘buracos fantasmas’ nas ruas, indicando desvios mensais da ordem de R$ 8 milhões por conta de relações nebulosas entre o Executivo municipal e empreiteiras.

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